Espada longa? Só pra caveiras e guardinhas…

Fala galera, esses dias eu estava trocando uma idéia com a galera no twitter sobre como é raro ver personagens usando espada longa em nossas mesas de jogo. E quando digo usando, digo usando efetivamente e não somente carregando na bainha para qualquer eventualidade em que não possa usar sua bastarda ou seu machado. Vou falar aqui basicamente do d&d, mas a idéia pode ser transportada e adaptada para qualquer outro sistema, só usando um pouco do bom senso.

Você já percebeu que na maioria dos nossos jogos só quem usa espada longa, adaga, gládio e etc. são guardinhas de cidades, esqueletos e npc’s de menor importância? A menos que haja uma dessas armas com um poder mágico muuuuito interessante, elas não passam de alternativas para quando os personagens perdem suas armas principais.

O fato é que realmente não é interessante você utilizar uma arma de 1d8 de dano quando pode usar uma de 1d10, 1d12 ou 3d6. Sim, a espada longa nos permite usar também um escudo, mas nada que uma bastarda também não o permita mediante o gasto de um talento que, vamos combinar, o guerreiro tem de sobra! Fora isso o uso de um escudo não é tãããããão benéfico assim, visto que seus bônus de CA, de acordo com o livro, são de +2 em média, podendo chegar a +4 no escudo de corpo, que seria o único realmente atraente. Mas como 90% dos guerreiros querem mesmo é cair pro pau, tanto o escudo quanto a espada longa realmente caem no esquecimento. Mas como resolver este problema?

Eu lembro que no AD&D havia um sistema de velocidade da arma. Não lembro muito bem como funcionava, mas acho que podemos utilizar esse conceito pra criar umas regrinhas interessantes. O que pensei foi exatamente atribuir uma velocidade para cada arma, e essa velocidade influenciar tanto na iniciativa quanto no ataque do personagem. Vamos pegar alguns exemplos de armas e suas respectivas velocidades (sugeridas por mim e sem maiores pesquisas! XD): Adaga 4; espada longa 1; machado de duas mãos 0.

Então um guerreiro com bonus base de ataque 5 e força 18 (+4 de modificador) e destreza 12 (+1 de modificador) teria normalmente +9 para acertar e +1 para rolar a iniciativa. Caso ele usasse uma adaga passaria a ter +13 para acertar e +5 na iniciativa; com a espada longa teria +10 para acertar e +2 de iniciativa e com o machado de duas mãos teria +9 para acertar e +1 de iniciativa.

pensamos em uma amplitude de modificadores de 0 a 4, acho que com isso conseguimos abranger os diferentes tipos de armas sem desequilibrar.

Além dessa da velocidade das armas pensamos também em uma regrinha para ajudar nesse caso. Um talento chamado Golpe Rápido que precisaria de bônus base de ataque +1 e Destreza 15 e funcionaria da seguinte forma:

Ao comprar o talento (Golpe Rápido) o jogador poderá usar armas consideradas mais leves (De uma mão e sem nada na outra) com maior habilidade e velocidade. Lembrando que não pode usar a arma com as duas mãos para receber o benefício do talento.

A partir de então o jogador poderá dar dois golpes com a arma obedecendo os seguintes benefícios:

- Armas pesadas de uma mão (Espadas longas, bastardas com o talento para uma mão, machados e maças): Dois ataques com penalidade de -2 para cada.

- Armas leves de uma mão (Espadas curtas, cimitarras, sabres, …): Dois ataques com a mesma penalidade, porém com um bônus efetivo no uso da arma de +1 nos ataques e +2 na iniciativa.

- Armas muito leves de uma mão (adagas, adagas de soco, sai, desarmado, garrafa quebrada, etc): Dois ataques com a mesma penalidade, porém com bônus efetivo de +2 no ataque e +4 na iniciativa.

Notem que o combate com duas armas não será penalizado, já que o mesmo ainda evolui e permite mais ataques por turno. E ainda, esse talento poderá ser usado por lutadores com duas armas, mas o ataque adicional não acumula, somente os bônus com tais armas serão usados. E ainda assim veremos nossos tradicionais guerreiros com armas de duas mãos, já que o dano maciço é muito requisitado em níveis mais altos devido às RDs e a enorme vantagem do x2 no ataque poderoso.

olhando em princípio pode parecer que a coisa vai ficar muito overpower, mas se formos assumir que quase todos os personagens terão algum tipo de bônus, muitos deles vãos e anular. A idéia em criar essas regrinhas é dar uma valorizada naquelas armas de dano pequeno e que são muito raras de serem usadas em mesa de jogo, mas que se formos olhar num contexto era pra serem as mais comuns nos mundos medievais.

Bom galera, fica aí mais uma ideia de regra caseira para debatermos, o que vocês acham? As duas regras são interessantes e podem ser utilizadas? Apenas uma delas? Vamos chegar a um consenso….ou não! =p

abraços e até a próxima!


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Sobre Lord Raphael Santz

Mago/Ladino de plantão do #sonaopodetirarum.com.br; troubleshooter nas horas vagas e gaúcho!