Dentro da Dungeon #7 – Perdendo a empolgação

Salve mestres! E como #DentroDaDungeon não pode parar, trago para vocês a ruína de muitas mesas mundo à fora! Sim, hoje o assunto é polêmico e já sinto o cheiro...

Salve mestres! E como #DentroDaDungeon não pode parar, trago para vocês a ruína de muitas mesas mundo à fora! Sim, hoje o assunto é polêmico e já sinto o cheiro da discussão no ar. Então abra bem os olhos e veja o que você está fazendo na sua mesa!

Com o passar do tempo é normal que rotina tome conta de tudo. Você sistematicamente e inconscientemente vai fazendo e fazendo e fazendo… Essa regra se aplica em tudo na vida, mas como o nosso negócio é roleplay vamos a ele!

TODOS DORMINDO

A falta de motivação pode acabar com tudo! Como já disse, ela é contagiante e pode ter consequências fatais. Deixar o jogo empolgante não é obrigação apenas do mestre, apesar da sua parcela ser maior. A sessão não pode cair, e até pode em alguns momentos, pois nem sempre todos estão animados e alguns fatores podem contribuir e muito. Uma cidade cadavérica e a beira do caos com NPCs motivados a comer seus suprimentos não são empolgantes… Empolgante é uma perseguição à pé dentro dessa cidade, onde os personagens são obrigados a se esconder dentro de um celeiro e em busca de uma rota de fuga encontram uma entrada no subterrâneo para uma dungeon. Um simples fato pode se tornar divertido e empolgante se o mestre assim desejar ou se os jogadores se sentirem atraídos.

O jogador também deve fazer sua parte: como reagiria o paladino ao presenciar toda uma cidade faminta e não poder tomar uma atitude enquanto seus companheiros se recusarem a ajudar? Um civil poderia questionar o paladino quanto as suas intenções para ver até onde ele iria. Não dá pra exigir muito numa situação dessas, mas dá para esperar o máximo possível para observar as reações do paladino, do grupo e dos civis.

Ambos, mestres e jogadore, tem o poder de tornar o jogo atrativo e divertido, basta por em prática o que cada um escolheu para si. Jogadores podem estar às vezes desatentos ao que está ocorrendo na sessão e esse é um ponto importante! Saber onde seus companheiros se encontram e o que fazem durante um combate também. Uma simples exploração numa área pode ser envolvente enquanto cada um realiza sua ação, porém é fácil perder-se durante o jogo enquanto sua mente não está pensando em RPG. A atenção é tudo e durante a sessão de jogo ela deve estar voltada para aventura.

O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

Nunca foi uma das minhas preferências até por falta de oportunidade, mas ultimamente tenho experimentado o skype para jogar, e já estou com duas mesas semanais. O programa se mostrou muito bom para mestrar até certo ponto. Você deve se esforçar um pouco mais quando joga online e apesar da disponibilidade de algumas ferramentas, os jogadores não estão presentes e é muito difícil manter o nível da mesa. Quando digo “se esforçar mais” quero dizer que é fácil deixar o jogo cair de produção quando se joga sem ver quem são seus jogadores, não dá para observar suas reações para ter certeza que a aventura está no caminho certo.

A falta de assunto sobre o rumo dos personagens também é um termômetro para identificar o que está acontecendo. Quando a aventura é empolgante os jogadores querem marcar a próxima sessão mesmo antes de acabar a que está acontecendo, prevendo os próximos níveis e os desfechos dos vilões. Não deixe essa empolgação acabar, continue se esforçando para manter esse ritmo e premie seus jogadores com sessões ainda mais espetaculares. Faça cumprir os seus desejos e motivações. Eles sempre soltam uma “dica” do que eles esperam que aconteça e mesmo que não esteja em seus planos, variar é a melhor solução. Não é porque está escrito que você deve seguir a risca. Deixe o elfo ranger encontrar com seus parentes na perigosa floresta, temida por todos para tonar a travessia mais fácil.

SOLUÇÕES…

Uma boa descrição mesmo daquilo que os jogadores não estão esperando sempre atrai a atenção de todos na mesa. Escrever o que será dito é importante. Elaborar uma aventura é importante. Anotar os principais pontos é uma forma de descrever aventuras criadas para serem rápidas, porém no caso de aventuras mais extensas não é aconselhável levar tudo na improvisação. A descrição de um novo cenário vai ajudar os jogadores na adaptação no que está passando ao seu redor e fará com que todos curtam mais o cenário. Não é obrigado a ser um novo cenário, mas um cenário sempre bem descrito fica na mente dos seus jogadores.

Um pouco de espaço para respirar e viver é sempre bom. Dar oportunidade para que hajam de acordo com seus personagens é importante. Porque você exige um background se não da oportunidade de colocá-lo em prática? Não tem lógica ser o único de uma raça se os outros elementos do jogo não dão a mínima para você. Um meio-orc clérigo de uma divindade bondosa será um personagem normal e nada estranho se você não der a devida importância para o caso.

Decore, anote ou pergunte sobre os que eles estão fazendo naquele momento de distração. Não da para um druida se comportar normalmente em uma grande capital. Aceitar costumes alheios não é uma das suas qualidades e o simples amontoado de pessoas pode trazer pânico para sua mente!

Dentro da descrição, outro fator importante é o tom de voz usado. Tudo tem sua hora e as diversas situações exigem um certo nível descritivo. A descrição do desmoronamento do templo não pode ser de qualquer jeito. Os ruídos, os gritos, alertas, tudo isso deve fazer parte da descrição de uma cena.

Já que o meu beholder não é capaz de enfrenta-lo vou inventar outro mostro ou outro perigo. Os personagens provavelmente não sobreviveriam ao desmoronamento do templo sob a grande montanha. O medo empolga, e com proporções astronômicas.

“Dos seus olhos saem faíscas e o chão a sua volta começa a congelar…” Mas isso assunto fica para outro dia.

Bons dados!


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Sobre Antunes Rocha

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