Vampiros (sem brilho) vs Lobisomens (maiores)

Desde quando ouvi falar sobre o primeiro Underworld (Anjos da Noite) fiquei eufórico pela idéia de ter um filme que representasse a luta de vampiros x lobisomens. Não existia ainda...

Underworld RPG

Desde quando ouvi falar sobre o primeiro Underworld (Anjos da Noite) fiquei eufórico pela idéia de ter um filme que representasse a luta de vampiros x lobisomens. Não existia ainda a modinha dos vampiros purpurinados nem lobisomens sexy-apelativos. A maior referência cinematográfica de vampiros ainda eram Drácula e Entrevista com Vampiro; e dentre os lupinos teríamos Van Helsing no ano seguinte (que inclusive contamos com Kate Beckinsale como Ana Valerius), até então nenhum filme retratara bem os metamorfos.

Os jogadores de Vampiro e Lobisomem (Mundo das Trevas) ficaram divididos: uns veneravam a produção, enquanto outros repudiavam. Eu fiquei no meio termo. Tinha boa produção, mas o roteiro era fraco. Uma guerra centenária acontecia entre as duas espécies. Os vampiros pensavam estar ganhando a guerra nos dias atuais, mas surge o líder dos lobisomens com forças organizadas e buscando um mortal: criariam um ser supremo, uno entre as duas espécies; algo repudiado pelos vampiros, pois eles o temem, chegando a chamar a criatura de abominação. A lenda é conhecida entre os rpgístas como total overpower.

O segundo Underworld, de 2006; tinha um desafio maior a superar e conseguiu. O primeiro filme termina com a possível ressurreição de Marcus, o mais poderoso dos vampiros. E agora muito mais potente, após ser nutrido com sangue de lobisomem. – Outra lenda rpgística sobre a potência obscena de se beber de um lupino. Marcus chega a assumir uma forma que os amantes do clã Tzmisce adoraram, ao menos eu fui um deles: saqueador quiróptero.

O terceiro, para mim é o mais fraco da franquia. Não acrescentou em quase nada. Apenas remexeu e alongou o que já havia sido contado. Talvez por levar em conta a maior abordagem aos lobisomens. E repetir a mesmisse dos demais filmes. As criaturas mesmo com o seu poder faz-se uso constante de armas. O uso constante de “potência/ ímpeto” e “fortitude/resiliência”, parece que não conhecem outros dons. Agora em 2012, nove anos após o primeiro filme, temos o Underworld – O Despertar, o qual permanecem os mesmo defeitos. Embora tenham inovado algumas tecnologias, porém.

O longa se passa após a humanidade ter obtido conhecimento das duas raças sobrenaturais e iniciado uma guerra contra os mesmos. Os vampiros evadiram e os lupinos foram praticamente extintos. A protagonista desperta (daí o nome) em meio a este caos, sem o seu amado e sem saber o que estava acontecendo.

Resident Evil 2 Apocalipse RPG

A primeira metade do Ato 1 resume-se a Resident Evil – O Apocalipse (2006), FATO. Só faltou ela dizer “my name is Selene and I remember everything”. O que alias é algo a ser comentado ela NÃO diz o seu nome o filme todo. É tratada como Cobaia nº 1 e apenas no Ato 3 um policial a chama pelo nome diversas vezes (embora eles não tenham se apresentado formalmente).

As seqüências de ação em 3D ficaram bem legais. Vi muita gente virando o rosto com o sangue e estilhaços vindo em direção à tela.
Pela primeira vez um lobisomem digno surge na saga. Diga-se de passagem são as partes mais interessantes de combate. Selene mesmo muito poderosa (após fatos recorrenes do 2º filme) leva uma surra para o lupino grandalhão.

Samara (O Chamado) fez uma participação especial? Porque a Objeto nº 2 ficou MUITO igual a garota do poço (outro personagem sem nome, mas este tem o seu motivo).
Tywin Lannister também estava presente… Thomas (Charles Dance) é o líder do que restou do clã de vampiros na cidade. Para mim é um ancião, mas na trama tanto ele, quanto o seu filho David (Theo James) não receberam uma abordagem bem trabalhada para inserção de novos personagens.

Achei um primeiro ato longo e com informações desnecessárias. O que foi repetido por flashbacks ao longo da projeção, logo poderia ser omitida esta primeira parte, até para os espectadores irem juntando as peças e, da mesma forma que a protagonista, concluir o que estava acontecendo.

No geral daria uma nota 8,5. O filme parece uma prévia para uma continuação. Embora Scott Speedman não tenha aparecido como Michael Corvin, apenas em lembranças, pois é visível que o personagem ficou oculto ou com o rosto parcialmente coberto. Creio que ele retorne num possível Underworld 5 – A Reconquista ou qualquer coisa similar.


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