Introdução
Esse post é o primeiro de uma série de posts inspirados em uma crônica que eu tive a oportunidade de narrar em Vampiro: A Máscara e inicialmente não foi planejada. Esse post é o post inicial e a crônica que será escrita do ponto de vista dos personagens com algumas dicas (marcadas entre colchetes) aos mestre que queiram se aventurar na Revolução do Sangue.
Parte 1.1: Plot histórico e ambientação
Caro amigo Monroy,
Estou partindo para o Entreposto Comercial de Nova Tupiniquim, pois estive em contato com o companheiro Miragaia dos Sangue Azul e a situação política não me parece muito promissora. Espero te encontrar por lá antes do fim desse mês.
São Paulo, 1º junho de 1932.
O ano de 1932 é extremamente importante para a história do estado de São Paulo e para todo o Brasil, pois foram das revoluções políticas, militares e civis desse período que se originou um Brasil mais organizado logisticamente, apesar de tudo de ruim que houve…
A história que vou lhes contar se passa no Entreposto Comercial de Nova Tupiniquim, um pequeno povoado que fica exatamente onde hoje é divisa de Rio e São Paulo. Esse povoado tinha como única coisa relevante, sua estação de trem e nada mais. A estação era administrada pelo Sr. Reginaldo Faria, um jovem administrador de apenas 28 anos e que na prática era responsável por todo o povoado, um sujeito bem interessante conforme explicarei mais para frente.
Nova Tupiniquim tinha na época cerca de 200 fazendeiros (contando todos os membros de suas famílias), umas 40 casas na vila, uma taberna no centro da cidade, uma igrejinha, um armazém que pertencia a estação e algumas construções depauperadas nos arredores da cidade. Eu cheguei nessa cidade no dia 3 do mês de junho de 1932 fugindo dos eventos que se desenvolveriam em São Paulo, pois fiquei sabendo antecipadamente através de alguns contatos.
Hoje estou completando 501 anos desde que fui abraçado e todos esses anos passei no Brasil, pois não existe lugar melhor no mundo para um membro prosperar e Nova Tupiniquim foi onde tudo começou a ter novos ares. Eu cheguei lá bem guardado em um engradado no começo da manhã do dia 3 de junho e fui aguardado adequadamente em uma casa na Rua Quintalilha, a única rua que qualquer um da vila sabia o nome. A casa era até confortável e custou um considerável investimento para construir um porão adequado, mas isso se provou muito útil dias depois.
Nova Tupiniquim, segundo minhas informações, seria onde as armas para uma revolta passariam, por isso achei conveniente o investimento já que na época vender armas roubadas era tão fácil e prático como carros 1.0 hoje em dia. Lembro claramente da ansiedade instalada no meu peito quando despertei naquela noite… segui direto para a taverna com a alegação que eu tinha chegado de carruagem do Rio de Janeiro há pouco e foi a sensação mais atroz que tive na vida, pois a taverna deveria ter de humano apenas o garçom, um jovem mulato meio pálido e com profundas olheiras. Eu não saberia descrever o que vi, pois tive que estreitar meus olhos para entender a quantidade de auras pálidas, rodopiantes, psicodélicas e brilhantes. Foi então que constatei, nenhuma guerra ou revolução poderia ser tão perigosa quanto estar ali, meus ossos velhos rangeram e me dirigi à única mesa vazia para ver o espetáculo.
[Nota para o mestre: A crônica começa com os personagens jogadores nessa mesma taverna, preferencialmente reunidos e entendendo exclusivamente o que seus sentidos lhes permitirem descobrir e a única informação detectável é que o jovem garçom provavelmente é rebanho de algum Membro sem muito controle.]
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