Campanha para Vampiro a Máscara #2

Esse post é continuação do post Campanha para Vampiro A Mascara: Revolução do Sangue.

Parte 1.2: Plot histórico e trama

A noite se arrastou, pesada e lenta, com cada suspiro e respiração sendo contados e pesados. Minha mesa paralela ao balcão do taverneiro me permitia ver toda a taverna, que era quadrada e e curiosamente sem janelas. Era um prédio mal acabado com piso de tábuas e uma estreita escada para o segundo andar, onde haviam cinco quartos apertados. Tudo exalava um mal cheiro de descuido e descaso, quando o mulatinho se aproximou de mim esperando que eu pedisse algo.

- A questão é que existem dois inconvenientes em se ler uma história contada depois de muito tempo por um vampiro, um é que eu invariavelmente sobrevivi e outro é que você pode não sobreviver a ela se não souber manter segredo. Mas isso não vem ao caso agora, né?

O fato é que eu olhei profundamente para o garoto e ele não se moveu, ficou em silencio, como uma gárgula, só me olhando, como se todo seu cinismo e sarcasmo fossem suficientes para sustentar alguns séculos de existência e de fato não foram, pois o jovem rebaixou o olhar e nunca mais me olhou diretamente a partir daquele momento.

- Então meu jovem, como é o seu nome e qual sua idade? – Perguntei com meu sotaque portuário da capital.
- Tenho 15 anos senhor e me chamo João. – Ele falou olhando para o chão, mas apesar de ter parado de olhar nos meus olhos, o resto da taverna agiu da forma exatamente oposta, pois ao que pareceu eu chamei a atenção.

Em frente ao balcão, além da minha mesa, mais duas mesas estavam instaladas e em uma delas alguns jovens de auras pálidas [os jogadores], atrás deles em uma mesa em um canto sombreado a frente da escada estavam homens de meia idade que tentavam ocultar sua presença dos jovens…

Não consigo lembrar bem como foi a conversa, mas pedi uma taça de vinho ao garoto João e sentei na cadeira vazia dos jovens com todo o peso da minha idade. Não lembro bem como foi o papo, mas como sempre fui deflectivo e só queria desviados da evidente chacina que estava para acontecer, pois os homens semi-ocultos pelas sombras com seus auras brilhantes e em fortes tonalidades de vermelho não tinham a menor intenção de permanecer passivos frente aos jovens que não conseguiam disfarçar sua presença. A noite se arrastou rápido e uma conversa intediante com jovens que não eram capazes de entender aonde estavam era algo entre divertido e cansativo. Foi então que em um dado momento com a lua em seu ápice que a taverna começou a esvaziar, quando por fim ficamos apenas nós e os três homens fortes. O primeiro da direta, quase encostado no balcão era o mais barbudo com um babar que parecia um cacto redondo pendurado em seu nariz e um nariz adunco característico da grécia. Já os outros dois eram mais jovens, mas um deles era bem moreno e tinha uma barba bem acabada e um peito descunalmente largo, por fim o que estava de frente para o balcão era o mais enigmático, pois tinha passado dos 40 anos e tinha um queixo bem marcado. Os olhos de nenhum dos três eram visíveis pois usavam chapéus no estilo norte americano.

Quando o terceiro quarto da noite foi alcançado os dois mais jovens se levantaram e aquilo foi a deixa perfeita para eu fazer meu papel de Membro mais idoso ali presente… quando me levantei os jovens não me questioram nem puderam me seguir, pois algo em suas mentes (eu) lhe dizia isso. Quando abri a portinhola, já tinha pago minha taça de vinho e todos meus sentidos se aguçavam e cada gotícula do orvalho da madrugada era como uma tempestade no meu rosto. Pensei por um instante nos jovens e no velho lobisomem dentro do bar com eles, será um teste de força e grupo para os neófitos.

Caminhei pela rua do centro e me deixei seguir pelos homens que agora podiam sentir claramente minha presença, me dirigi para frente da minha nova residência, abri a porta da frente que estava destrancada e entrei na sala. As janelas seladas não deixavam nem um fresta de luz da lua passar e os móveis ainda estavam cobertos com lençóis brancos, o que intensificava o tom fantasmagórico do ambiente.

Do escuro, agora completamente oculto eu sorri pela ingenuidade dos dois entrando na minha casa e os provoquei:
- Bem vindos vira-latas!

Quando o mais afoito, de barba mais espessa que trajava um pesado sobretudo cinza incompatível com o clima quente de Nova Tupiniquim avançou crescendo a cada paço. Eu avancei sem exitar com um castiçal de prata que eu já estava em busca quando me dirigi para casa, dei dois passos largos e fiquei entre os dois, mas em posição privilegiada em relação ao barbudo. Girei meu quadril flexível e usei minha força sobrenatural impulsionada pela minha técnica para cravar a base ponti aguda onde a vela é presa na nuca do vira-latas. O outro já transformado em uma máquina de matar parte para cima de mim e no instante de seu ataque jogo o vinho em sua cara. Essa distração é suficiente para eu agarrar sua jugular com minhas presas.

[Nota para o mestre: O jogadores tem um lobisomem relativamente experiente caçando eles. Mas existe algo mais? Qual o sentido disso? Eles simplesmente enfrentarão essa criatura? Ele irá emboscar os jovens ou só segui-los? As possibilidades são muitas].


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Sobre Lord Raphael Santz

Mago/Ladino de plantão do #sonaopodetirarum.com.br; troubleshooter nas horas vagas e gaúcho!