“E dando prosseguimento ao nosso show, senhoras e senhores, o Boitatá!”
Os machados trabalhavam incansavelmente. Seus hábeis manejadores, homens grandes, estocavam com força suas ferramentas de trabalho nos troncos gigantescos. O sol já se punha e eles estavam ali desde cedo. Não demorou muito para a noite cair dando por encerrado o árduo dia de trabalho. O seu aparente líder rugiu ordens e todos prontamente rapidamente recolheram seus pertences dando inicio a marcha de volta ao lar. Entre eles, um mais baixo, tragava um grosso rolo de fumo, a fumaça parecia incomodar os demais, mas ninguém se disse algo contra. Ainda estavam nas imediações da mata quando o fumante atirou o que sobrara do rolo de fume ainda aceso. Um curioso observador acompanhava toda a cena por detrás dos troncos espessos, a gigantesca serpente de fogo arrastava seu corpanzil por entre as folhagens, mas suas chamas não tinham nenhum efeito sobre as folhas. Seus grandes olhos se estreitaram quando o rolo de fumo aceso atingiu algumas folhas secas no chão, suas chamas sim fariam mal a tudo aquilo. E foi o que aconteceu: a pequena chama já estava do tamanho de uma fogueira e o vento ajudou a alastrar. A serpente partiu para cima do fogo com um ataque poderoso na tentativa de apagar o fogo. Seus olhos explodiram em chamas, e ele pôde ver ao longe toda a extensão do incêndio. Subiu rapidamente em uma das grandes árvores e inflou sua barriga e um sopro gela foi expelido por entre as afiadas presas. Aos poucos o incêndio foi contido e mais uma vez os olhos esbugalhados se estreitaram ainda em chamas e agora ela visualizou o grupo de homens que sorriam e conversavam ao longe. Ainda por cima nas árvores o boitatá começou sua perseguição ao causador do eminente incêndio. Não demorou quando caiu alarmando a todos na frente do grupo. Com os machados em riste, os homens começaram a se aproximarem para golpear a serpente flamejante. A maioria ficou espantada, porém eram as suas vidas que estavam em jogo e não podiam amolecer agora. Um a um o boitatá ia desviando os golpes e fintando os agressores, só o último deles o interessava, o fumante. Logo percebeu o que a serpente queria e desesperadamente ele partiu em fuga para dentro da mata, seu primeiro erro. Se conseguisse sorrir, talvez ela tivesse feito. Os homens o alertaram sobre a criatura no seu encalço. Ainda correndo ele retirou o belo machado afiado e ficou de tocaia atrás de um tronco, seu segundo erro. Ouviu um baque surdo por trás do tronco e as lágrimas começaram a descer, urinou-se também, estava tremendo quando olhou para cima sem motivo e de lá viu a serpente flamejante pronta para o bote. Os homens foram em busca do companheiro, mas este nunca mais foi visto.
- Manuscritos de Priméria.
DESCRIÇÃO
Uma serpente de olhos grandes e presas ainda maiores. Seu corpo exala chamas conforme sua vontade. Seus olhos também, servido como faróis. Quando está içada parece caminhar elegantemente.
CONHECIMENTO DO BOITATÁ
Um personagem tem a seguinte informação após um teste de Natureza bem sucedido.
ND 30: Boitatá só reage quando se sente ameaçado. Protetor das florestas, ela não permite que intrusos se instalem no lugar.
BOITATÁ
O protetor das florestas, boitatá vive para lutar contra incêndios e mau feitores. Suas chamas só ferem quando ele deseja. Abaixo informações:
Tenha um bom “encontro”…
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