Todos nós alguma vez na vida já nos deparamos com esta discussão, e com certeza já possuímos nossas opiniões formadas. Eu mesmo já possuía a minha, mas uma tarde dessas, eu estava jogando o último arraza quarteirão da indústria dos games, o super badalado The Elder Scrolls 5: Skyrim e percebi uma coisa. Eu estava interpretando!
A maioria de nós já conhece este game (e se não conhece, perdoe a ousadia, deveria) com seu mundo grandioso, texturas incríveis (no caso de PC, se o seu permitir), sensação de liberdade narrativa, possibilidade de criação de QUALQUER tipo de personagem e é claro DRAGÕES!
Não estou aqui para falar da qualidade de Skyrim, mas de uma coisa que percebi enquanto jogava. Os milhares de enredos presentes em Skyrim suportam com maestria o tipo de jogo a qual este game se propõe. A quantidade de “Quests”, (ou missões, ou aventuras) contidas no game é absurda. Adicionando o fato de você poder agir como quiser a qualquer momento, eu me deparei com o fato de que eu seguia um determinado código de conduta moral, e minhas ações surgiam de acordo com uma personalidade pré-determinada, ou seja, meu personagem estava vivo, não na minha ficha de xérox copiada de uma folha de livro, nem com atributos definidos por uma jogada de dados, mas dentro da minha cabeça e com o auxílio eletrônico. Percebi que eu estava jogando RPG, pois ao interagir em um game de tal qualidade, a narrativa ganha tons épicos e muito reais.
Eu escolhia não me envolver numa missão que claramente prejudicaria personagens com o qual me importava; descobrindo um plano contra uma cidade, me envolvia de tal forma que até parecia que eu havia nascido lá de verdade; a emoção que dá quando começa a música que anuncia a presença de um dificílimo Dragão; não conseguir resistir quando a Lydia diz: “Olhe é uma caverna, o que será que tem lá dentro?”
Isso me relembrou uma época negra em minha vida, onde eu fiquei uns anos longe do RPG por falta de possibilidade. Meus grupos ou se afastaram ou escolhiam horários que não batiam com os meus, e para manter viva a chama daquilo que eu mais gostava de fazer para me divertir, eu mergulhei em games que poderiam me proporcionar este tipo de experiência. Não é esse o objetivo do RPG? Diversão através de interpretação, com a possibilidade de assumir papéis diferentes de sua verdadeira personalidade?
Ponto para os excelentes Game Designers de Skyrim. Eles conseguiram transpor esta EXPERIÊNCIA, e apesar de muita gente ter preconceitos dizendo que games não são RPG de verdade, se nos permitimos utilizar nossa imaginação e capacidade de envolvimento em uma interação com alta taxa de imersão como em Skyrim, os resultados podem não ser os mesmos de uma tarde agradável com nossos amigos ao som de dados, e com muita Coca-Cola, mas com certeza serão bastante satisfatórios.
Olhando para trás, percebi que não era apenas em Skyrim que eu agia desta forma, mas em diversos tipos de RPGs diferentes. Me lembrei do famoso Baldus Gate 2, dos meus adorados mas esquecidos pela maioria Ice Wind Dale 1 e 2, dos antigos mas nem por isso menos importantes Chrono Trigger, Final Fantasy 6, meu preferido Final Fantasy Tactics e tantos outros, não esquecendo que até mesmo em Ragnarok OnLine!
Sim, eu interpretava em Ragnarok Online… Tempos difíceis, meus queridos!
E vocês, concordam com isso? Que tipo de experiências tiveram?
Deixem nos comentários suas opiniões, experiências e me digam se vocês criam personagens (e personalidades!) somente nos jogos de mesa, ou também os para seus avatares eletrônicos!
Créditos de Imagem:
01 FraGatsu ( http://bit.ly/JpHeWV )
02 IACG ( http://bit.ly/HZlmkU )
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