Dentro da Dungeon #11 – Meu querido ladino

“Salve jogadores! O objetivo do Dentro da Dungeon dessa semana, e de outras que possam vir pela frente, é apresentar e dar mais um pouco de informações para as classes usadas na grande maioria dos cenários medievais aos novos jogadores. Notei a necessidade de uma apresentação devido à dificuldade de alguns novos jogadores em entender o papel de cada classe. Então peguem seus kits de ferramentas de ladrão e divirtam-se!”

O bom e velho ladrão batizado há décadas atrás é um dos personagens imprescindíveis em uma aventura cercada de perigos, suas habilidades vão muito além dos pequenos furtos. E como definir as habilidades do destemido gatuno? Qual é a hora certa de utiliza-las?

“Ok mestre, eu tomo a frente da fila e tento procurar algo perigo no corredor…”

É comum em um grupo de aventureiros explorando uma velha ruína que haja sempre um ladrão entre eles. Apesar da pouca resistência é ele que na maioria das vezes lidera o grupo diante do perigo eminente. Seria loucura pensar que logo ele, o mais “frágil” entre todos deveria tomar a frente, mas o que define sua posição é uma das suas habilidades mais afiadas, encontrar armadilhas. Além de encontrá-las ele é o mais apto a desarmar e danificar esse perigo mortal.

Apenas o pior se pensa quando os jogadores descobrem que outro jogador é um ladrão. A simples menção do nome pode causar desanimo nos jogadores que já pensam no perigo que seus itens estarão correndo. Mas não é apenas dentro da dungeon que ele se mostra eficiente. Na movimenta cidade o recém-chegado grupo de aventureiros necessita de informações sobre o lugar para saberem onde não devem pisar e onde encontrar o que estão à procura. A rede de informações é extensa e pode ser bem aproveitada. A formação de guildas é comum e ninguém melhor que o ladino para ter acesso e evitar encrencas desnecessárias.

Lábia, blefe ou a boa conversa fiada faz parte do repertório do gatuno e não é necessário ser mau para roubar. Alguns roubos são por uma boa causa e não “perturbar” seus companheiros pode ser uma grande qualidade. Apesar do valor, a Vingadora Sagrada do paladino não deve ser importunada.

“Procuro por ouro! Existe ouro em algum lugar?”

Não há fechaduras que não possa abrir e segredos que não possa libertar, a principal ferramenta do ladino está na cabeça, e não é um elmo, é o conhecimento. Ele sempre está um passo a frente e tentará tirar vantagem em tudo sempre que possa. O terror dos tesouros reais, a ganância do ladrão é uma das suas características. Geralmente ele vem de uma infância humilde e não desfrutou dela tentando sobreviver e não é difícil culpar os que têm mais pela desigualdade social.

Ter uma vida melhor pode ser uma das justificativas, mas a sede de poder e riqueza motiva qualquer um e principalmente o ladino. O ser que tem as ferramentas a mão para conseguir o que quer da maneira mais fácil. Ele não precisa subir na hierarquia de um exército ou bajular um nobre para possuir cargos de influência, ele simplesmente vai lá e pega! Na maioria das vezes a sua sede é tanta que ele perde a noção dos seus atos e não deixa nada passar, até de forma inconsciente ele rouba, por precisão ou para a simples satisfação.

O trabalho árduo não chama sua atenção, sempre procura algo menos cansativo e que exija menos, ou quase nada, dos seus músculos, quase nenhum. Até mesmo durante uma viagem criará meios para livra-se do peso das quinquilharias, porém ele faz questão de aliviar o peso das riquezas conquistadas.

“Ataco pelas costas”

Diz um velho ditado que “um ladrão só tem honra com outro ladrão”, mas não se iluda caso você tenha algum amigo de profissão. Entre os equipamentos utilizados pelo ladino, a sua arma preferida é a boa e velha adaga, se ela tiver um veneno oculto melhor ainda! Uma arma leve, fácil de esconder e nas mãos certas, mortal. Em uma batalha, sua posição é: levar vantagem. Dificilmente ele encara o inimigo de frente, esconder-se e atacar pelas costas é a sua especialidade. Usará tudo ao seu alcance para vencer, caso não possa com o oponente não ficará para ver o resultado final, a fuga é sempre uma saída. Não tem afeição por magia, a menos que essas possam ajudá-lo no seu objetivo.

“Ok mestre, o meu personagem é assim:”

Roupas leves para fácil locomoção, boas botas ou até mesmo descalço, uma capa com capuz para passar despercebido quando a guarda o procurar e por baixo de tudo isso um bom colete, só por prevenção. Enquanto uns se vestem de forma mais simples para se misturarem com a multidão, assumindo uma aparência humilde, outros são espalhafatosos e fazem questão, ou por necessidade, de serem vistos e identificados usando tecidos caros e coloridos de acordo com sua personalidade.

“Ladrão! Ladrão!”

Apesar de toda presteza que um ladino possa ter ele nunca será reconhecido, ou será que alguém já viu um ladrão sendo homenageado por roubar ou invadir algum palácio… As lendas são poucas, assim como o tempo de vida dos mais incautos. As cabeças daqueles mais atrevidos podem ser vistas penduradas nas paredes do quartel da milícia ou na sala de algum lorde cruel.

Seus atos heroicos para com seu grupo só serão reconhecidos pelos próprios companheiros e mais ninguém. A arte de fazer desaparecer é muito apreciada por alguns e até sussurrada em alguma cantiga de ninar, mas esse peso o ladino carregará sempre sozinho e talvez o seu maior desejo seja ser visto e reconhecido pelos seus feitos, motivando-o cada vez mais se arriscar até o fim da sua vida.

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Sobre Antunes Rocha

Pai, administrador, abcdista, rpgista e tentando ser escritor. Gostou? Siga @old_paladin