Dentro da Dungeon #15 – Pai rpgista é mais feliz!

“Salve aventureiros! Um Dentro da Dungeon extra e diferente. A pedido do companheiro @savioyoda trago um breve relato dessa vida de filho, mestre e pai. Espero que curtam e deixem...

“Salve aventureiros! Um Dentro da Dungeon extra e diferente. A pedido do companheiro @savioyoda trago um breve relato dessa vida de filho, mestre e pai. Espero que curtam e deixem suas opiniões.”
Nos primórdios

No começo, a minha relação com meu pai era meio conturbada, sempre puxava para o lado da minha mãe por achá-la indefesa e cheia de obrigações caseiras. Com mais obrigações que meu pai. Sempre dando duro em casa e meu pai saia para o trabalho, esse fato me fazia acreditar que ele não fazia tanto quanto ela.
Aos poucos tive a oportunidade de conhecer e acompanhar o trabalho dele. Muitas responsabilidades e pouco tempo para nós. E à medida que crescia entendia cada vez mais a necessidade da sua ausência, ele saia de manhã e voltava à noite ou não, só no outro dia. Raramente estava conosco.

Minha mãe pouco falava sobre ele e quando eu e meus irmãos reclamávamos, ela o defendia. Foi então que comecei a tentar me aproximar dele, já que ele nunca teve muito jeito para a coisa.

Trocando os papéis

Sempre achei que fosse obrigação do meu pai nos dar afeto, mas até os dias de hoje ele trava quando tenta chegar perto de nós. Foi difícil entender isso e até pensei que ele não gostasse da gente. Mas não, um belo dia escutei uma conversa entre ele e minha mãe sobre essa falta de afetividade que tinha conosco e foi então que tive a grande ideia.

Eu e meu irmão do meio começamos a participar e curtir os gostos do meu pai no pouco tempo em que ele estava presente. Músicas de sua juventude, ver futebol juntos e ler. As vezes era engraçado, nós, duas crianças cantando aquelas músicas, minha mãe achava engraçado. No futebol, achávamos chato e sempre dormíamos no meio das partidas. Na leitura só eu segui o coroa, meu irmão nunca será um leitor (risos). Então começamos a ter coisas incomuns e assuntos que nos interessavam. Esse apego cresceu tanto que minha mãe foi ficando de lado…

Eu jogando de pai

Meu pai é um profeta ou viveu o suficiente para conhecer as coisas da vida. Na minha vida ele acertou em tudo! Disse como eu começaria e como viveria, só falta dizer o final. Tudo que ele disse que sentiria quando fosse pai e dono de casa aconteceu. Tudo! Pena que ele não tenha seguido os próprios ensinamentos e fomos nós que tomamos a iniciativa. Para que meu filho não passasse por essa árdua caminhada resolvi tomar a frente da coisa. Claro que sim. A obrigação de chegar é do pai e não do filhote. Então passei a ensinar a ele coisas que eu gosto de fazer, mas também estou atento para saber do que ele gosta.

Nunca tive videogame, só depois que comecei a trabalhar foi que comprei o X-BOX. Até porque nunca fui muito fã de games, mas acabei comprando para jogar Final Fantasy, NFS e PES. Logo meu filho ficou fissurado pelos games e à medida que fui adquirindo outros jogos, ele aprendeu rápido e passou a jogar sozinho. Aos poucos fui perdendo a atenção dele para os games e chegando a esta conclusão fui radical, guardei o X-BOX! No começo até a mãe dele chiou, pois era uma das maneiras que ele tinha para se distrair e ficar quieto, mas não era a única. Ele curte jogar bola e ir à praia, mas isso exigia a presença de outra pessoa para acompanhá-lo e nem eu tenho disponibilidade de tempo para ir a praia jogar bola e nem a mãe tem paciência. Foi então que apresentei minha coleção de miniaturas de D&D/ Pathfinder…

Usando RPG

De cara ele ficou encantado! Bonequinhos coloridos e bem legais logo chamaram sua atenção e com os tiles então foi um tiro certeiro. Os dados ficaram para depois e o efeito foi o mesmo. Números e formas diferentes, formas iguais às ensinadas na escola. Ele foi matando forma a forma, só faltou o retângulo…

Ele não interpreta e não é um prodígio, mas fica quietinho observando as sessões que acontecem aqui em casa. Não sei se ele entende, mas sempre está fazendo sinal de positivo com a cabeça. O grupo da muitas gargalhadas observando ele sério e só o tempo vai dizer o que ele acha do RPG. Fico feliz com a sua presença na mesa. O simples fato dele estar ali ao meu lado me faz querer tornar as sessões cada vez mais divertidas.

Bons dados!


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Sobre Antunes Rocha

Pai, administrador, abcdista, rpgista e tentando ser escritor. Gostou? Siga @old_paladin