“Salve cuspidores de ácido! É, pois se você está a procura de um dragão para enfrentar seus heróis uma ótima pedida é o filhote do negro! Mas isso é assunto para outro dia…Então você está cansado do estilo D&D que o grupo sempre usa para resolver as coisas e põe toda a culpa no sistema? Então você veio ao lugar certo. Dentro da Dungeon acerta em todas as esquivas e trás mais um assunto para a mesa de debate e para uma possível solução.”
Muito já foi falado sobre o estilo D&D de solucionar os problemas; matar, pilhar e destruir… Quando todos os heróis não morrem, claro!
A proposta
Após propor e enfrentar todos os perigos sugeridos pelos livros básicos e suplementos, ou não, o mestre e o jogador passam a querer algo mais próximo a realidade e que faça parte do cotidiano como negociatas e intrigas políticas, por exemplo. Algo de errado nisso? Nunca! A mesa está para que os desafios sejam propostos e se o desafio é convencer o Rei Gigante de Gelo a dar abrigo e passagem por suas terras ao grupo sem derramamento de sangue, tudo bem. Porém é complicado mostrar isso aos jogadores que estão sempre dispostos a testarem suas armas e magias.
Por mais desafiadora que seja a serpente gigantesca que percorre cavernas subterrâneas, os jogadores muitas vezes tentarão enfrentá-la sendo incapazes de pararem por algum tempo e tentarem outro modo de superar o desafio e saírem ilesos dali.
A proposta da aventura deve ser bem clara! “Vocês devem ir ao acampamento inimigo que está ocupado por suas forças e conseguirem o máximo de informações sobre uma suposta aliança com outro inimigo nosso”. A partir daí os jogadores se sentirão forçados a elaborarem uma estratégia para não chamarem a atenção das tropas inimigas e saírem vivos com tudo que possam saber. Tudo bem, mas quando não gira em torno de uma aventura? E quando no meio da dungeon um desafio pode ser superado apenas com uma conversa?
Imaginação + rolagem de dados = desafio superado!
“No antigo subterrâneo os heróis encontram um espírito que vaga perdido pelos corredores em busca de uma saída, o que vocês fazem?” Não da para sair por aí simplesmente encarando todos que surgem a sua frente. Podemos apelar para as tendências e regular os jogadores, mas além de atrapalhar o fluxo do jogo com discussões infindáveis o problema não se resolverá, apenas será retardado até a próxima discussão.
Mas e se a situação do grupo estiver igual a do espírito? E se estes querem chegar a lugares diferentes? Uma troca de informações é a única alternativa para a saída de ambos. As cooperações dentro do grupo juntamente com uso da imaginação para superar as dificuldades devem ser exploradas a todos os níveis.
Apele para as necessidades dos jogadores, a espada vorpal +5 não irá tirá-los do labirinto. Bola de fogo não funciona enquanto a sala de enche de água. A imaginação é muitas vezes a solução para resolução das complicações, apesar dos jogadores estarem sempre olhando para as estatísticas do seu personagem.
Nem sempre tudo que move deve morrer
Cobre o máximo de interpretação dos seus jogadores quando for preciso. Explore as situações onde apenas uma boa conversa pode salvar o andamento do jogo. Nem tudo que está dentro da dungeon é para morrer. Os bêbados na taverna não têm nada a ver com você e o valentão que vão se enfrentar, eles estão ali apenas para tomar cerveja após um dia cansativo na lavoura. Além dos desafios propostos, outras pessoas, pessoas comuns estão levando a vida enquanto tudo que acontece. Ou para quem você acha que heróis vão salvar o mundo? São justamente para esses pessoas que fazem o mundo girar. Faço-os entender isso. Após uma cansativa missão o grupo chega de volta a cidade e são recebidos como heróis pelas pessoas comuns e não pela princesa. São carregados nos braços, premiados e reconhecidos. Faça com que o grupo perceba a utilidade dessas pessoas e a sua importância para o mundo. Aos poucos eles perceberão e vão pensar duas vezes antes de sacarem as armas.
A culpa é do sistema
É fato e notório que alguns sistemas enfatizam as jogadas de dados e matam a interpretação… Alguns mestres se recusão a usar as regras da casa, soluções simples e rápidas, e querem que o sistema por si só faça todo o trabalho. Mas será que toda a culpa é do sistema?
A interpretação varia de acordo com cada jogador e mestre. Existem os que preferem falar enquanto outros preferem rolar dados e partirem para cima dos monstros. Atualmente mestres e jogadores estão bem servidos e podem fazer suas próprias escolhas. A imensidão de cenários e sistemas chegou a níveis altíssimos e temos RPG para todos os gostos. Porém a adequação dos saudosos sistemas são feitas nas mesas mundo a fora. Não da para simplesmente parar de jogar aquele sistema ancestral ou aquele cenário maravilhoso. Fica a cargo da mesa saber qual tipo de jogo será jogado, interpretar ou matança.
Um meio-termo pode ser aplicado com um pouco de dedicação de ambas as partes, apesar do trabalho e tempo que devem ser dedicados. Mas sem trabalho não há recompensa e é válido experimentar.
Não desanime, jogue outros sistemas, não deixe de jogar RPG e bons dados!
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