Atenção: Cheio de Spoiler.
Então pessoal, quando falaram “olha, vão relançar o filme do homem-aranha” eu me perguntei : mas pra quê? O do Tobey – tirando o lixo do 3 – ficou tão direitinho. Então me explicaram que seria um reebot, um recomeço, uma nova perspectiva, que já vão contar mais sobre a vida do Peter e seus pais. Ok, a gente pode engolir essa e ver no que vai dar.
Porém o filme não cumpre com o acordado. Tudo bem que, “pela primeira vez nas televisão” a gente vê a cara dos pais do aranha; contudo pouco se fala de interessante nesse primeiro filme. O que mais se vê é um rapaz vendo fotos e descobrindo coisas do pai que bastava googlear pra encontrar. Ou seja: em resumo o filme foi quase por completo um “mais do mesmo” do filme de 10 anos atrás.
Melhor dizendo: o filme é mais do mesmo apenas em sentido de história, pois o Peter desse filme está mais revoltado, mais respondão, menos bundão, mais 2012; também achei o quatro olhos nesse filme está mais fiel ao da revista: voltou a ser o menino gênio, que constrói o lançador de teias, que ajuda o professor croco em suas pesquisas, etc.
Sobre o aranha, nesse filme ele está mais zoador, mais ágil, mais habilidoso em geral com as teias e os balanços, além de agir mais como uma aranha, tornando sinceramente mais interessante e mais fiel do que o antigo.
Contudo a construção do filme é péssima: a história se arrasta muito até o Peter virar o aranha. Houve um foco muito exagerado nos personagens “coadjuvantes” da vida do rapaz. Nossa, chega a ser sacal você ter que esperar bastante tempo pra ver uma história que você já viu! O diretor/roteirista foi bem infeliz nessa parte.
A história também é negativamente influenciada pela péssima escolha como inimigo: o Lagarto. Para um filme ele é insosso, visto que ele não tem um por quê óbvio ou consistente para lutar contra o Peter, a Gwen mal fica em uma situação no filme de risco, visto que o vilão caga para ela; ele tem vínculos empáticos com o aranha e esse nem maligno é já que no filme mesmo demonstra que ele só está fazendo aquilo pois está influenciado pelo soro reptiliano.
Ou seja: não tem o clima de “salve a mocinha”, não tem o “mate o bastardo do vilão”, tem um pouco de “salve a cidade”, mas isso nem foi tão claro ou emocionante assim.
Portanto o filme teve seus pontos positivos, mas foi em geral chato, sacal. Provavelmente (assim espero) só vai servir de ponte para um homem aranha 2. Vale a pena ver, mas só como elemento introdutório, não vá esperando um filme “Espetácular”, pois não é.
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