“Salve escavadores de ruínas! Já pararam para pensar em seus personagens? Como eles são, o que usam e o principal, como os outros o veem? Não! Então #DentroDaDungeon vem para salvá-los mais uma vez, fiquem atentos!”
É sempre prazeroso realizar sonhos impossíveis e o RPG nos da essa possibilidade. Aqui podemos sobrevoar desertos em tapetes voadores, cavalgar dragões ou até mesmo conversar com eles e isso tirado tudo da nossa imaginação. Mas como viver você? Como viver o seu personagem? Como dizer a um jogador que dentro da taverna existe um anão ruivo, raivoso e doido por uma boa briga? Porque os jogadores apreciariam vislumbrar uma elfa desnuda banhando-se numa cachoeira? O que tudo isso têm de fantástico, ou até mesmo incomum?
As dúvidas se dissipam a partir do momento em que o jogador escolhe um personagem para encarar essa aventura, como ele é?
Seres fantásticos existem aos montes e dependendo do cenário onde estão jogando ele pode ser composto por apenas estes seres, deixando a raça humana para trás ou em minoria.
Cada personagem é capaz de trazer consigo traços únicos que possam identificá-lo no meio de uma multidão. O Espiro Fura-Olho, por exemplo, a simples menção do nome já da para ter uma ideia do que ele é capaz, pois além de espirar propositalmente para chamar atenção ele nunca perdeu uma competição de encarar.
Bem, além das características secundárias que cada personagem, é sempre bom estar claro o que os NPCs têm a sua frente quando avistam os personagens. Não é apenas a visão de um capitão da guarda que impõe respeito e não é apenas o vampiro sanguinário que causa pavor, os jogadores também são capazes se assim desejarem quando derem vida aos personagens ou no decorrer do jogo.
Imagine a comoção que um grupo de aventureiros pode causar ao entrar no grande mercado ou na singela taverna, onde entre eles está o altivo elfo, o imponente anão e o corajoso humano. Suas aparências devem ser valorizadas de acordo com que os jogadores propõem ao jogo na hora da criação das fichas.
Partindo para o lado oposto, no meu jogo, valorizo muito bem cada raça e classe, ou a aparência de um modo geral, sempre com as anotações para não perder nenhuma oportunidade a ser explorada. O que um regente orgulhoso, para não dizer teimoso, faria diante de uma audiência inesperada de um grupo tão mesclado assim, como ele reagiria? E se no meio desse grupo estiver presente uma raça mais incomum do que as que já temos? Não é fácil estar no dejejum e dar de cara com um elfo negro na sala. Por mais que ele tenha as melhores intenções e diga que está aos serviços de uma divindade bondosa e apreciada na região.
Nas aventuras onde ao invés de invadirmos tumbas e ruínas protegidas, passamos a encarar NPCs de frente nos grandes salões reais ou em ruas movimentadas, é importante ter em mente essas várias possibilidades de interpretação de ambos os lados. Apesar de ser fã da improvisação, sempre preparo algo que possa ser útil. Essa improvisação não quer dizer que devemos criar tudo naquele instante, essa improvisação zela pelas muitas possibilidades que podem gerar uma discussão e ter a mão algo pronto facilitará qualquer decisão dando seguimento ao jogo.
Além das orelhas pontiagudas, barbas concretadas de tamanhos extravagantes, algo que deve ser encarada com importância é o que essas raças trazem ou o que usam. Veja o exemplo do tiefling que recém-chegado do seu plano natural ou mesmo sendo criado neste mundo carrega consigo ferramentas que denunciam sua origem, sem contar com o seu aspecto, claro! Suas armas, armadura e até suas roupas causam impacto aonde chega. Talvez até outros tieflings tenham sido vistos por ai, uns poucos reparados devido aos seus disfarces e outro na companhia de heróis conhecidos ou servindo algum feiticeiro local.
Explorando o cenário sempre deixo bem claro qual é o tipo de lugar de onde a campanha partirá. Primeiro analisando o que os jogadores criaram e o que eu tenho pronto para eles enfrentarem. Em aventuras prontas não, pois o perigo é eminente e por mais que as raças sejam estranhas o importante e frear a ameaça, focando mais no que é para ser feito.
Jogadores devem criar boas descrições dos seus personagens e os mestres devem cobrá-las.
Bons dados!
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