Dentro da Dungeon #27 – Mais RPG em família

Como já havia relatado no Dentro da Dungeon 24, nessa semana da criança resolvi trazer mais um pouco da experiência de jogar com crianças – tentem é muito divertido –, logo, trago um dos recursos que encontrei para melhorar a ambientação, o entendimento na mesa de jogo e a compreensão para os pequenos jogadores daquilo que está se passando no jogo, estou falando das imagens.

Como todo bom e velho mestre, sempre fiz – e ainda faço – questão de descrever cenas, principalmente aquelas que eu achava relevante para o andamento do jogo. E com o passar do tempo e o adendo da internet a minha vida tem ficado cada vez mais fácil nesse quesito. Com os excelentes ilustradores, nacionais e gringos, espalhados pela grande rede, basta digitar o que deseja e “puf!” lá estão as belíssimas imagens.

Na primeira sessão que joguei com meus filhos, por inúmeros motivos emperramos em alguns trechos da aventura. A principal dificuldade é a razão por estar escrevendo esse texto. Quando falei goblin e mostrei a miniatura correspondente, meu filho Pedro logo a batizou de “criaturinha verde”, que não deixa de ser, porém a dificuldade estava na descrição de uma área/ambiente e não nos monstros ou NPC. Como vou explicar o que um pântano para os jovens padawans? Insisti com a ideia, porém tudo acabou com gargalhadas – vocês precisavam ver os rostinhos com dúvidas. Também usamos o grid de combate, mas não deu muito certo. Foi então que assistindo a um episódio de Hora de Aventura no Cartoon Network – fazemos isso todos os dias – que Pedro viu uma caverna e rapidamente a identificou, “papai, uma caverna, olha!”.

Usamos as imagens. Tentei encontrar as melhores, algo com o jeitão Hora de Aventura. Sim, algo mais animado e leve, com cores fortes e traços simples. Nossa segunda sessão foi um sucesso! A cada novo ambiente explorado, as cavernas, rios e uma floresta, tudo ficava mais claro com as imagens e era evidente em seus olhares.


Crianças: elas só precisam de um empurrãozinho

Importei essa ótima experiência para a mesa presencial que gerou bons frutos, já que alguns jogadores são novatos. Aos poucos estou levando para a nossa mesa online, através do Roll20.net que nos dá recursos necessários para a exibição de imagens, já que o tempo não é o suficiente para grandes descrições.

Para a nossa terceira sessão estou preparando algumas imagens de criaturas, alguns monstros menores e mais leves para apresentar para eles. Nada de lichs e caniçais por enquanto. Vamos devagar, pois afinal de contas são crianças.

Como dito no Dentro da Dungeon 24, gostaria de compartilhar o progresso que Pedro tem tido com o problema na dicção do “B” acompanhado do “R”. Tenho focado nessa união com cores e objetos, tem dado certo. A tia da escola também percebeu e está querendo todo o crédito da evolução – desembainhando a Vingadora Sagrada… Brincadeira –, mas provei para ela que tenho, junto com o RPG, uma parcela na melhora.

Por enquanto é isso, aventureiros. Você pai: “não compre eletrônicos para seus filhos. Jogue bola, RPG ou se sujem com areia.” Fiquem ligados, futuramente posso trazer mais relatos e ideias das nossas aventuras em família. Bons dados!


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3 Comments

on “Dentro da Dungeon #27 – Mais RPG em família
3 Comments on “Dentro da Dungeon #27 – Mais RPG em família
  1. Gostei muito a matéria ^^

    Realmente para ensinar criança é necessário usar de métodos lúdicos constantemente para que elas entre na atmosfera do jogo de forma mais fácil.

    O interessante é que a aplicação de algumas dessas idéias em mesas de RPG(com adolescentes ou adultos) também pode dar certo, principalmente se eles estiverem entrando no mundo do Roleplay

    • Obrigado pelo comentário e que bom que gostou.

      Começando do zero da para identificar em quais pontos é preciso melhorar e foi isso que fiz. Após detectar, solucionei o problema. Agora é continuar o jogo já que chegamos a um entendimento.

      Aplicar as ideias na mesa é muito válido. E claro que não fui eu quem criou esse método.

  2. Nunca mestrei para crianças, mas imagino que a dificuldades pela falta de "experiência de vida" seja um empecilho e tanto (como no exemplo do pântano).

    Porém isto até ajuda a crescer enquanto Mestre, além do uso diferenciado do RPG estimulando aprendizado variado.

    Enfim, parabéns (e não deixa os créditos do avanço ficarem todos com a professora hehe).

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