Na gravação de um dos nossos podcasts um convidado chamado Huan afirmou não ter vivido a época de ouro do RPG no Brasil. Isso me fez pensar em quantos outros novos RPGistas não viveram nessa época de ouro do RPG, então decidi trazer alguns jogos que foram lançados nessa período e logo lembrei de um jogo de RPG que foi uma sensação: Street Fighter: O Jogo de RPG,
Isso mesmo Street Figther teve uma adaptação oficial para RPG, em meados de 1999 a Editora Trama lançou aqui no Brasil este RPG, ele foi desenvolvido pela White Wolf e utilizava o sistema Storyteller. Para quem não conhece o sistema Storyteller, ele foi criado por Mark Rein Hagene e serviu como base para o Mundo das Trevas (World of Darkness), cujos principais títulos eram: Vampiro: A Máscara, Lobisomem: O Apocalipse, Mago: A Ascensão.
A extinta Dragão Brasil fragmentou o livro básico em 3 revistas (Dragão Brasil Especial) que eram mensais, imagina comprar um livro de RPG e esperar 3 meses para poder jogá-lo, foi um masoquismo admito, mas naquela época a internet estava engatinhando, ou seja, não tínhamos muitas escolhas. Lembro que era muito difícil adquirir estas revistas, pois logo se esgotavam, eu mesmo ia todo dia às bancas para ver se já estavam disponíveis.
Vamos ao que interessa, a jogabilidade era a mesma dos outros cenários da White Wolf, com algumas mudanças é claro, saem os Dons e Disciplinas entram as Manobras Especiais que eram divididas em 6 categorias (Soco, Chute, Bloqueio, Apresamento, Esportes e Foco), só vou explicar três destas categorias, pois as outras são auto-explicativas:
- Apresamento: Estas manobras envolvem agarrar o oponente e então fazer algo com ele, você pode jogar ele para fora da arena, asfixiá-lo ou até morder (lembrou do Mike Tyson, né);
- Esporte: Estas manobras envolvem movimentos acrobáticos que deixaria muitos atletas com inveja, é o caso dos giros de Blanka (Esta manobra é chamada de Beast Roll);
- Foco: “É a capacidade de focar a energia Chi e realizar efeitos miraculosos”.
As Manobras Especiais como o Hadouken e Sonic Boom, por exemplo, custam pontos de Chi para serem utilizados e outras manobras como Best Roll de Blanka consomem Força e Vontade, também existem Manobras Especiais que consomem ambos.
Existem outras pequenas diferenças entre o sistema usando no Mundo das Trevas e em Street Fighter: O Jogo de RPG, mas a principal diferença acontece na hora do combate. Em Street Fighter existem as Cartas de Combate sobre a alegação de tornar os combates mais rápidos e cheios de estratégias. Cada jogador deve ter um maço entre nove e quinze cartas representando seus golpes básicos (soco, chute e bloqueio) e suas Manobras Especiais, nelas os jogadores preenchem informações sobre Velocidade, Dano e Movimento, novamente só vou explicar o que não é auto-explicativo:
- Velocidade: Não existe iniciativa, acerta primeiro quem é mais rápido ou executa uma manobra mais rápida. A velocidade é determinada pela soma da destreza do personagem e o modificador da manobra. Cada manobra desde as mais simples, como socos ou chutes até as manobras especiais como o Hadouken possuem em suas descrições o seu modificador de velocidade.
- Movimento: Esta informação indica a distância que o personagem pode se movimentar antes ou depois de executar sua manobra.
Outra novidade que o jogo possuía era possibilidade de jogar com personagens clássicos como Ruy e Ken, pois o livro possuía as fichas de todos os personagens do Street Fighter II, exceto Bison que só era apresentado em outro suplemento.
Acho que conseguiu pontuar as principais diferenças do jogo, não da para explicar todas as regras de um livro que contem mais de 177 paginas em um post só. Quem estiver alguma duvida ou apenas curiosidade e quiser falar comigo meu twitter é @devonSNPT1.
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