A Touch of Evil

Fala ai galera. Seguindo a temática de discussão acerca de jogos menos conhecidos, hoje estaremos analisando um board game cuja temática principal é o terror, que se chama A Touch of Evil, outro jogo da empresa Flying Frog, como o last night on earth, já analisado anteriormente.

O enredo é bem simples. Uma cidade por volta de 1800 é assombrada por um mal aleatório (pode ser um vampiro, um espantalho, um lobisomen e diversos outros) e alguns indivíduos recém chegados, cada um com seu background específico, começam a explorar a cidade, afim de conseguir equipamentos e informações que os auxilie no triunfo contra o vilão.

Os personagens são sorteados de forma aleatória, cada um com suas habilidades e características específicas. Todos dispõem de 4 atributos, que são o Cunning, o Spirit, o Combat e o Honor, que serão utilizados a medida em que eventos ocorrem, para as mais diversas tarefas.

O jogo funciona com um sistema de cada um por si, podendo também ser jogado com regras especiais de duplas. O mapa funciona mostrando localidades da cidade, como a igreja, o médico, a hospedaria e outros. Cada um destes possui seus efeitos específicos, sendo que alguns possuem um baralho próprio, que no momento em que um player chega a esta localidade, ele deve virar a primeira carta para ver o que o espera, podendo achar itens especiais, passagens secretas, criaturas a enfrentar dentre outras opções.

Esta mecânica de exploração através da movimentação (que é aleatória, sendo rolada em um d6) e a competição com outros jogadores para ver quem derrota o chefão primeiro não é o suficiente para acelerar o jogo, que as vezes pode se tornar maçante, então este possui um baralho especial de acontecimentos ruins, que a medida em que a rodada se completa, uma carta é sacada, representando um acontecimento que afeta a todos os jogadores e a cidade (são eventos dos mais variáveis).

Outro fator importante no desenrolar da trama é que existe um contador que começa no 20 e a medida em que se desenrola a partida, este vai descendo, e quando ele chegaria abaixo de 1, o jogo se encerra, tendo ninguém como vencedor. Ressalta-se também que quanto mais baixo no número no contador, mais cartas de acontecimentos ruins são sacadas por rodada.

A cidade em que os eventos ocorrem possuem 6 cidadãos especiais, os Town elders, cada um destes possuidores de um segredo e habilidades especiais. Quando um jogador for enfrentar o chefão, ele pode convocar 2 deles para ajuda-lo com suas habilidades, e por isso é importante durante a partida ir descobrindo quais são os segredos que eles possuem, para saber se conferem mais alguma habilidade especial, ou se o cidadão especifico serve o boss, o que significa que você convocou mais um adversário para lutar contra você.

Existem algumas expansões para o jogo, sendo a Something Wicked, The Coast e 2 Hero’s Pack, além dos suplementos The Madness e The Allies que acrescentam diversos elementos ao jogo e até mapas extras para ser utilizado ao inicial.

Em um resumo, A Touch of Evil é muito bom, porém pode ficar um pouco maçante. Surpreende a quantidade de coisas que o jogo traz relativo a seu preço, e é recomendável para jogadores que prezam mais a estratégia ao dinamismo. As expansões ajudam a proposta do jogo, mas o torna um pouco mais demorado, porém apresentam diversos novos elementos, monstros, personagens e ajudam na imersão do ambiente. No geral, vale muito a pena, mas é preciso ter uma certa disposição para se terminar a partida.


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