Crítica – O Hobbit Uma Viagem Inesperada

Há 9 anos o último barco élfico partia da Terra Média e com ele o final de O Senhor dos Anéis (SdA) deixava um gostinho de quero mais no mundo...

Há 9 anos o último barco élfico partia da Terra Média e com ele o final de O Senhor dos Anéis (SdA) deixava um gostinho de quero mais no mundo inteiro. E agora O Hobbit veio para suprir este gostinho. E logo no início temos a figura do velho Bilbo Bolseiro demarcando como seguirá a história; apontando para o expectador o que estava por vir.

Uma Viagem Inesperada é a primeira parte da trilogia do Hobbit, que tem como principal foco de narrativa a reunião dos anões para salvar o reino na Montanha Solitária, mas também como Bilbo encontrou o Um Anel. E um ponto fortíssimo no longa apresentado foi a roteirização para servir sim como um prelúdio de SdA. Então vemos o Conselho Branco original reunido. É interessante ver Sauruman ainda servindo do lado do bem da Força. Galadriel, a noldor (leiam o Silmarillion) que demonstra enorme poder, surpreendendo até mesmo o istari Gandalf e grandes surpresas, antes suprimidas no SdA e agora reveladas no Hobbit.

A narrativa começa amarrando pontos importantes para os velhos e novos fãs da saga. Os primeiros planos para recuperar o reino anão, a apresentação dos anões (todos os 13), de Bilbo e Gandalf. É possível perceber a atenção minuciosa dada a cada um dos anões. O penteado, traje, porte e arma de batalha. Não são apenas um grupo de anões, cada um têm sua função e é muito bem mostrado na telona.

Assim como em SdA o filme tem uma fotografia linda, a Nova Zelandia detém paisagens lindíssimas que conferem um ar antigo, selvagem e paradisíaco: é a Terra Média. É emocionante ver tomadas panorâmicas de passagem do tempo. Montanhas distantes, os campos, fendas, rios e cachoeiras. Tudo parece ter saltado diretamente das páginas de fantasia e transportadas para o cinema.

As sequências de ação são de tirar o fôlego e mantém o ritmo das 2h49m de duração da projeção. Não deixando ninguém desgrudar os olhos nenhum segundo sequer.  Se na Sociedade do Anel o filme demorava a ganhar ritmo, no Hobbit é ação sem limites o tempo inteiro. São poucos os minutos passados entre descansos e interações sociais. A trama está em movimento constantemente, sempre movendo a história para frente e amarrando todos os pontos para não deixar ninguém perdido na narrativa.

Se no SdA os rpgísticas piraram! No Hobbit serão delírios coletivos. Desde a aparição dos anões em seu reino a formação de um grupo visando invadir o covil de um dragão e recuperar o tesouro.

Uma característica marcante no Hobbit são os idiomas. Aos que não sabem J.R.R. Tolkien foi (além do autor da obra) professor de linguística e criou histórias de fantasia apenas para que pudesse utilizar os idiomas por ele inventado. Tudo tem seu próprio idioma. E no Hobbit vemos os orcs falando em Orcrist, os anões em Khuzdhul e obviamente os elfos em Sindarin.

Espero não ter me alongado muito e nem soltado muitos spoilers. Creio que não seja muita novidade (para quem já leu), mas o cinema sempre reserva surpresas para todos. Espero que tenham uma boa sessão de filme e sintam o mesmo que eu senti: que poderia ser uma sessão de 9 horas de filme, do começo ao fim toda ela, a história inteira contada de uma vez, valeria a pena!

Dou a nota 9 para o Hobbit, ainda que não tenha existido nenhum defeito aparente, senti uma pegada ruim nos goblinóides e trolls apresentados. Enquanto no SdA tinham uma aparência monstruosa, verdes, grandes olhos e ferocidade. Os do Hobbit assemelham-se a seres distorcidos e inchados apenas. Não sei o real motivo ainda.


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