Grande galera, estamos aqui mais uma quarta feira e desta vez iremos passar para uma análise de filme. Indicado ao Oscar em algumas categorias, incluindo na de melhor filme, Django Livre, a mais nova obra de Quentin Tarantino consegue manter o estilo tradicional do diretor e serve de boa pedida para os amantes de cinema faroeste ou de seu diretor.
Para aqueles que não conhecem ainda, Django é um escravo que enquanto está sendo transportado por seus donos, conhece o caçador de recompensas alemão, Dr. King Schultz. Schultz é um caçador de recompensa e está a procura de Django, pois este é o único que pode reconhecer os sanguinários irmãos Brittle para que sejam capturados em troca de sua recompensa e pela sua ajuda, ele será alforriado.
Com sua liberdade, Django pretende encontrar sua esposa, que fora separada dele após uma tentativa frustrada de fugirem de seus donos e serem vendidos separadamente. E para isso, ele está disposto a tudo (e eu digo tudo MESMO).
O filme possui um visual excelente, que permite ao telespectador uma imersão visual completa na obra. Não sei se foi só no cinema em que vi a sessão, mas os tiros e gritos das pessoas baleadas pareciam estar bem acima do volume normal do filme, o que pode ter apenas sido uma das características marcantes de Tarantino, que é o exagero em certas situações para causar impacto.
As atuações também são um destaque positivo do filme, que contava com um elenco excelente, tanto de personagens principais, como secundários (que eram diversos atores de séries famosas lá fora), fornecendo a trama boas atuações individuais e em conjunto. Jamie Foxx conseguiu dar um tom excelente ao personagem principal, conseguindo demonstrar quem era Django e suas nuances. Christoph Waltz realmente mereceu sua indicação de melhor ator coadjuvante pelo papel de Dr. Schultz, sem comentar que Leonardo DiCpario e Samuel L. Jackson também tiveram participações excelentes no filme, fechando o elenco principal da trama (não considero a Broomhilde, muito bem interpretada por Kerry Washington como do elenco principal). A participação de Quentin Tarantino no filme foi, no mínimo, interessante e cômica.
A história do filme é muito interessante, porém ela anda bem até cerca dos últimos 15 a 20 minutos do fim, quando dá uma boa acelerada no final, deixando os telespectadores (ao menos eu) pensando se o filme teria alguma continuação. Num geral, o enredo consegue mostrar bem como funcionava a época em relação aos escravos, tanto do ponto de vista dos escravos quanto do ponto de vista oposto. Vale ressaltar que a utilização do inglês e sotaques da época foi excelente.
Levando em consideração todos os aspectos do filme, acho que entendo as indicações que este recebeu para as estatuetas douradas, mas creio que a de melhor filme está longe de ser mais que indicação. Tarantino e suas extrapolações básicas (é sangue pra tudo quanto é lado, mas nenhum sem sentido) foram muito bem dosadas (estranho dizer que extrapolações são bem dosadas, mas se tratando de seu diretor, é por ai mesmo) e o alívio cômico do filme foi perfeitamente empregado. Django Livre é um ótimo filme, mas não o melhor de 2012.
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