A Síndrome de Ronaldo e os Gamers Solitários

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Olá, leitores do Só Não pode Tirar 1! Durante minha vida de gamer, muitas vezes assisti gente ser enganada por “meninas” que na verdade eram caras aproveitadores, extorquindo itens e dinheiro de jogadores incautos. Nunca peguei nada de ninguém, mas também sofri um bocado com gente que não acreditava que eu era mulher mesmo que eu falasse no Skype.

A surpresa que se seguia e a situação em geral são meio engraçadas. Porque afinal, como os caras caem tão facilmente nos encantos das “aproveitadoras” mas são tão teimosos em aceitar quando você está de boa?

Eu tenho uma teoria. Um jogador solitário é muito propenso a acreditar no que ele quer, quando o sexo oposto está envolvido. Imagino que seja muito mais esperançoso acreditar que aquela elfa bonitinha vai lhe dar atenção se ele lhe der um item do que simplesmente aceitar que é um cara querendo dar um golpe.

E porque eu e outras meninas reais causam dúvida?

Bem, que graça tem uma menina que não quer seus itens? Que não irá mostrar interesse não importa o que você faça, e pior, ainda te ganha no PvP de vez em quando? Eu não sei quantas vezes fui acusada de “com certeza é gorda e feia, sem vida, pra ficar jogando em casa.”

Enfim.

E aí vem a pergunta que muitos amigos já me fizeram e eu nunca soube exatamente como responder: Como saber se a pessoa está me enganando ou se ela realmente está interessada?

Eu não tenho como explicar, porque é basicamente uma questão de bom senso. Mas acredito que uma pessoa com essa dúvida possa analisar alguns fatores.

1. Interesse. Aquela elfinha vive mandando umas piscadinhas pra você, de conversinha doce. E ela te pede tudo. “Me ajuda na quest de lá? Tem como você por favorzinho me emprestar esse item aqui?” E quanto cara eu já não vi bufando no chat, dizendo que fulana de tal pegou item emprestado e sumiu?

Regra básica? Não seja otário. Se você cede algo de boa vontade a alguém e ela some, você será o único culpado.

2. Linguagem. Em um servidor de ragnarok que joguei, tinha essa “menina” chamada Vaca. Bem, aí já não é muito disfarce, porque que menina que iria usar um apelido desses? Vadia, Gatinha, Sakurazinha, sempre é muito suspeito. Mas daí ainda tinha gente que tinha a dúvida. Eu não tinha dúvida alguma; no fórum, a criatura falava bem igual  ”us mâno”.

Aí, a criatura uma vez disse que ia falar no Skype. Rufam os tambores, virou o evento do servidor; e era voz de mulher! Pra muitos, foi a prova cabal de que a tal da Vaca era moça. Mas qual não foi a surpresa desses de saber que na verdade era a prima do moço falando?

3. Acessibilidade. A pessoa vive sumindo. Só aparece quando quer alguma coisa, ou pra perguntar se você ainda tá namorando. Quando você precisa, ela sempre tem algo mais importante pra fazer. Lição pra vida aqui: Ignore essa pessoa. Não importa o universo, uma pessoa que só aparece pra pedir coisa nunca merecerá seu esforço.

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Primeiro eu ri, mas espero que seja só uma piada, ou é na verdade bem triste.

 

O amor vence tudo?

Continuando a falar em jogadores solitários, poxa, até eu era. Eu costumava jogar Ragnarok a maior parte do dia e fiz amigos assim. Até hoje falo com alguns deles! Claro que é ótimo ter amigos em outros lugares, conhecer pessoas diferentes. É um ponto alto dos jogos online, e da internet em geral. Mas um “relacionamento virtual sério” não é uma coisa que você chega num fórum e faz exigências como nos classificados.

Na internet, uma pessoa pode ser o que quiser. Você pode não estar falando com quem acha que está. A pessoa pode mentir qualquer coisa, na verdade. Muitas vezes esse tipo de conduta pode levar a coisas mais sérias. Lembro que mais pro início do Ragnarok no Brasil, uma moça (que era mais provavelmente um moço) vendia sexo virtual por itens e deu um auê daqueles, ainda mais por ser um jogo com faixa etária infanto-juvenil.

O que quero dizer é que, ainda que eu tenha vários amigos online, sempre haverá uma barreira. Amigos serão amigos, mas o que eu aprendi foi que um relacionamento amoroso apenas online será ilusório, ou no mínimo danoso pra uma das partes. Muita gente vai me dizer que o amor vence tudo, mimimi. Mas uma coisa é você conhecer a pessoa online, depois conhecer ao vivo, e assim criar um relacionamento real. Ou um relacionamento à distância em que você já encontrou a pessoa e tal. Mas namoro online, de ficar falando em skype e webcam? Sai dessa, gente. É roubada.

Vamos sair um pouco de casa, olhar um pouco ao redor. Descobrir que a vida não é só as 10h que você passa jogando League of Legends. Pode parecer bem difícil, mas depois de passar anos e anos só trancada em casa jogando, percebi que equilibrar sempre é bom. E o amor pode estar do lado, enquanto você perde tempo olhando fixamente pra uma tela!

Nem sei como descambei pra filosofar sobre relacionamento online, mas acho que também é utilidade pública, né.

Voltando ao assunto. Jogando com amigos, é claro que um vai querer ajudar o outro, ceder itens, ajudar a limpar dungeons, esse tipo de coisa. Mas suspeite de quem você não conhece. Uma relação de amizade nunca deve ser unilateral. Você ajuda o cara aqui, ele te ajuda ali… E assim um grupo é formado com pessoas diferentes, com os mesmos interesses. Esse é o objetivo de um game online, afinal.

Mas nunca acredite em alguém que só vai gostar de você se você der presentes, ou só fala com você quando for conveniente. Pode parecer uma forma fácil de conseguir amor e atenção, mas nunca vale à pena no final.


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