Salve os que nos consagram!
Pode parecer jargão, mas tenho que repetir: “todo dia, é dia do Mestre.”
É isso mesmo, companheiros, mas não vamos fazer um martírio desta postagem e data tão especial. Porém, pensem e foquem: quem compra os livros, dados e acessórios para as nossas divertidas sessões? Nas mãos de quem está toda parte pesada do trabalho? – reflitam.
Talvez fosse nessa data, 4 de março, que os jogadores pudessem se reunir e surpreender seu querido – para alguns – Mestre, e poder recompensar todas as horas dedicas a fomentação do nosso querido hobby. São horas dedicadas ao profundo estudo nos tomos onde as criaturas se fazem presentes, revelando tesouros para recompensar os destemidos heróis, e mais, sempre exercitando a narrativa, para que seus personagens ganhem vida e vivam o imaginário. Mas só de existir uma data comemorativa, GMs Day, para este Mestre já é o bastante, já que se trata do aniversário de morte de Gary Gygax, pai de todos os Mestres.
A figura do Mestre é algo especial na mesa de jogo. Não que sem ele o jogo não ocorra, pois outro pode assumir seu lugar, mas não sem preparo e dedicação. Digo isso, pois foi assim que me tornei Mestre, e por acaso estava preparado.
Meu primeiro Mestre – que a Divindade o tenha… – marcou de forma positiva a minha vida rpgistica, e ainda lembro de suas “lições” e a forma como conduzia nossas aventuras. Tivemos alguns problemas nas primeiras sessões, pois éramos novatos insaciáveis, mas não era nada que o Cavaleiro Branco não pudesse resolver. Foi a partir daí que quis ser Mestre, igual ao Cavaleiro Branco.
Entre tantas outras obrigações onerosas, como aquisição de livros, o papel do Mestre consiste em começar a contar uma história. Sim, “começar a conta a história”, pois se ela é vivida por todos na mesa, nada melhor que jogadores para compartilhar e da narrativa.
Em conversa com o amigo Paulo, sobre uma época longínqua e nebulosa, lembramos dos nossos primeiros passos da carreira de Mestre. E nessa data especial, GMs Day, nada melhor que recordar…
“Vontade é tudo! Mas não dá para começar a jogar sem livros e dados.”
Qual é o problema? Temos tudo aqui! Traga os dados do seu WAR e façam as fichas em folhas de caderno, que meu Mestre emprestou a xerox…
Nem sempre a vida foi esse mar calmo, com blogs disponibilizando material gratuito, editoras com material gratuito (fichas e fastplay) e a maldição da pirataria e seu interminável acervo, e a internet que facilita as compras para aqueles que não encontram livros e acessórios de RPG em suas cidades. Antes dependíamos da boa vontade dos que possuíam os livros, xerocados ou originais. Aliás, nem dinheiro para fazer cópias tínhamos, e foi aí que comecei a produzir o meu próprio material.
Só de vislumbrar a capa do Monstrous Manual de AD&D, já quis fazer fichas para as criaturas daquela capa. Meu Mestre usava uns blocos pequenos – que nunca me deixou tocar – que continham as estatísticas, e após tanto enfrentá-los, por não ter outros, eu passei a conhecer e povoar minhas dungeons. Confesso que quando os comparei ao manual não ficou nada bom.
Hoje em dia as coisas estão boas e tudo está mais acessível ao Mestre e ao jogador, e várias histórias eu poderia contar no início da vida de Mestre, mas esse pequeno texto já esboça o que é ser Mestre. Levar a mesa, animar a galera, não deixar o jogo cair, aprender regras, se reciclar diante dos novos sistemas e desafios. Mas vamos ficando por aqui. Valorize o tempo dispensado ao jogo e horas que o Mestre dedica a uma boa aventura… Não faltem as sessões e feliz GMs Day!
“DM, GM e Mestre. Várias denominações para o mesmo objetivo: se divertir e divertir a mesa.”
Bons dados!
Fique ligado na nossa Fanpage, adicione nosso Feed e siga nosso Twitter @sonaopodetirar1 que você terá todas as atualizações do Só não pode tirar um!.
Pingback: E quando a responsabilidade pesa? | Só não pode tirar um!