Ground Zero – Parte II

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Bom dia, boa tarde e boa noite senhores dos dados!

Este post é a continuação do projeto Ground Zero. Trata-se de uma série de posts com o intuito de mostrar como construir um RPG praticamente do zero, caso você não tenha lido a primeira parte, acesse clicando aqui.

No post anterior eu falei um pouco sobre algumas questões da adaptação do sistema (storytelling) que fiz para melhor suprir minhas necessidades uma vez que trata-se de uma campanha de fantasia medieval, mas hoje vou trazer um pouco da criação mundo, um pouco da história deste novo universo.

No mundo que estou criando a magia é tratada como algo bastante raro. Seres como elfos, anões e dragões não passam de mitos e lendas. Assim foram instruidos os jogadores para que eu pudesse através de um elemento surpresa, um enorme dragão vermelho, revelar que tais criatura existem e o equilíbrio que antes existia no silêncio agora está ameaçado por uma tremenda guerra entre os povos que antes eram desconhecidos.

Essa película entre lendas, mitos e realidade, que é uma constante nos jogos de storytteling, eu resolvi manter. Acho que é importante que os jogadores reconheçam que são heróis, mas que ser um verdadeiro herói tem suas dificuldades, e que eles como mortais são limitados frente a um poderoso mago que passou mais de mil anos aperfeiçoando a habilidade de torçer a realidade ao seu favor.

Imagine você, um guerreiro que sempre enfrentou iguais, espada por espada se dar de frente com uma pessoa capaz de explodir outro ser com apenas o estalar de dedos? Capaz de fazer surgir bolas de fogo das mãos? Seria uma visão aterradora e é isso que eu quero que o jogo seja: Uma fantasia medieval onde a magia é realmente algo poderoso e raro e não algo simples e banal que pode ser feito por qualquer um.

Outro ponto, que sempre achei fundamental, é trabalhar com as questões econômicas e sociais dentro dos reinos. Existem cidades que dominam portos e passagens entre continentes, sendo assim detentoras de quase todo tipo de comércio que circula entre reinos. Sendo assim, como deve ser a população dessa cidade? Como de fato funcionará sua economia? E agora que se descobriu que outros seres existem, como irá ser a aceitação deles na sociedade humana já estabelecida?

Como o objetivo desse post é ser uma espécie de diário de bordo, espero que minhas experiências e indagações façam com que vocês pensem em pontos muitas vezes esquecidos na hora de criar sua aventura, seu mundo, pois muitos deles podem fazer com que o seu jogo seja um sucesso ou um fracasso.

No próximo post abordaremos as questões de funcionalidades técnicas das profissões, fazendo as devidas associações do sistema e usando como exemplo os personagens que estão participando dessa aventura. Então, até a próxima =]

 


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