Olá, leitores do Só Não Pode Tirar 1! Depois de mais uma longa espera (ainda menos que longa que a anterior), temos finalmente em nossas mãos a nova expansão de Starcraft II: Heart of the Swarm!
E depois de jogar, eu digo: Nhé.
Mas criatura, nhé? Como assim, nhé?!
Eu tinha uma expectativa lá em cima por essa expansão, ainda mais sendo a expansão da minha raça preferida. Eu adoro a Sarah Kerrigan e os Zergs. E apesar de assistir um bocado de campeonato, não me interesso em jogar o multiplayer porque sou a jogadora de RTS mais lerda que vocês devem conhecer. Acredito que tenha muito jogador que, como eu, tá nessa porque foi envolvido pela história do jogo.
Sendo assim, eu até entenderia se a jogabilidade estivesse bem refinada e a história tivesse ficado um pouco, só um pouquinho de lado (não TÃO de lado como ficou em Diablo 3, porque né, Blizzard…), porque afinal esse é o foco do jogo. Mas… nhé. Nenhum dos dois estava satisfatório. Você sente que o Single Player foi completamente abandonado. Virou tapa buraco. O que é um bocado irônico, pois Wings of Liberty teve muitas críticas ao multiplayer, enquanto o single player foi bem animado e interessante.
Kerrigan não tem carisma nenhum, e os outros personagens principais somem a maior parte do jogo. Nada na história te anima, te faz querer ver o resto. Você só vai passando pelas fases, acumulando níveis e pegando evoluções novas pro seu exército. E no fim das contas, customizar seu exército acaba sendo a única graça.
E que fases mal desenvolvidas! Eu joguei na dificuldade Normal, e como sou meio lerda, esperava-se que eu tivesse alguma dificuldade, ou no mínimo fosse obrigada a refinar meu estilo de jogo pra conseguir resultados melhores. Mas passei grande parte das fases usando só uma unidade, junto com a Sarah, e sem nem precisar fazer pesquisas para melhorar armas ou escudos. Não haviam desafios suficientes que fizessem eu me mexer.
Outro problema é que Kerrigan é muito, MUITO forte. E ao contrário de Jim Raynor no jogo anterior, que não aparecia tanto assim, ela está presente em quase todas as fases. Muitas vantagens, uma única desvantagem: andar em passinho de Drone. Jim podia ser um pouco mais forte que outras unidades, mas morria rápido, e quando morria, acabava o jogo. Kerrigan pode simplesmente renascer na base mais próxima.
Então, pra que eu vou querer fazer um exército completo com Zerglings, Hydralisks, Mutalisks, se eu posso simplesmente pegar Kerrigan e um Leviathan e matar a fase inteira? Vocês podem argumentar que em níveis mais difíceis deve ser diferente, mas eu estava jogando no Normal, não na dificuldade Ostra. O problema é que a Kerrigan desbalanceia tudo. Seu ataque é alto, ela se cura com um cooldown muito baixo…
O jogo tem vários modos novos, além de algumas novas características. Infelizmente, trouxeram do D3 aquela história de ter que jogar conectado na internet. Com ele, vieram alguns archievements, que nem de longe anulam a chatice. Pelo menos a campanha não é em servidor compartilhado, então você não irá experienciar lags. Imagino que esse tipo de coisa só sirva pra combater pirataria.
Heart of Swarm é um jogo que se concentra completamente no multiplayer, deixando história, personagens e jogabilidade da campanha single player de lado. É triste ver uma personagem tão linda e badass como a Sarah reduzida a uma coisa chata desbalanceada de dar raiva. Você joga, tá tudo muito bonito, adá pra divertir, muita gente vai gostar, mas fiquei com esse sentimento de “nhé” no final. É um jogo incompleto, que podia ser muito mais, ainda mais se tratando da Blizzard.
A próxima expansão, e a última, será Legacy of the Void, centrada nos Protoss. Esperamos que a Blizzard finalmente acerte a mão e crie um final digno pra essa série épica, dando amor igualmente pra campanha e pro multiplayer. Chega dessa de dar uma de empresa de games vacilona que essa história já deu, hein!
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