Coluna do Homem Percevejo: Os últimos dias de Krypton

Olá povo e pova. Semana passada não tivemos a nossa coluna, pois eu estava completamente sem cabeça pra pensar em um texto para a coluna. Eu estava chateadíssimo com os acontecimentos de sábado à noite no Centro do Rio (que se repetiram na terça-feira, no mesmo local) quando professores foram covardemente agredidos pela polícia, que seguia ordens de governantes. Como sou professor, aquilo mexeu muito comigo e não estava em condições de escrever algo. Mas, vida que segue, presto aqui todas as homenagens do mundo aos meus colegas professores que estão na luta por uma educação pública de qualidade, estamos juntos nessa luta. E vamos a nossa coluna:

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Essa semana terminei de ler o ótimo livro “Os últimos dias de Krypton” de Kevin Anderson. O livro, como o título sugere, conta como foram os meses que antecederam a explosão do planeta natal do nosso querido Homem de Aço. Tentarei resumir sem soltar muitos spoilers importantes.

Krypton era um planeta governado por um Conselho que tomava todas as decisões importantes. Este Conselho era formado por pessoas com uma cabeça extremamente arcaica, que não aceitava ou tinha medo do que as descobertas tecnológicas poderiam fazer (e devido a um passado de guerras vivido no planeta). Isso tornava a sociedade de Krypton inteiramente estagnada. Apesar de claramente ser um planeta mais avançado que a Terra, o potencial de avanço do planeta era muito maior do que seu avanço real.

Dentre aqueles que tentavam explorar esse potencial de avanço tecnológico do planeta, temos Jor-El, um cientista respeitadíssimo em seu planeta, mas que suas descobertas sempre eram vistas com muito medo pelos membros do Conselho (novamente por conta do passado de guerras, eles tinham medo que os erros se repetissem). Todas as descobertas e invenções de Jor-El, deveriam passar pela aprovação do Conselho e pelo Comissário Zod (já viu onde isso vai dar, né?), líder da Comissão de Aceitação da Tecnologia, e geralmente Jor-El não obtinha essa aprovação e suas invenções eram confiscadas.

O Conselho, além de rejeitar as invenções de Jor-El, também não acreditou na descoberta de Jor-El (junto com seu irmão Zor-El) de que Krypton estava condenado, pois o núcleo do planeta estava aumentando sua pressão o que ocasionaria na explosão de Krypton.

Muito bem, vamos parar por aqui esse resumo, do contrário, acabarei entregando detalhes da história que estragariam a leitura, pois a partir daí acontece uma sucessão de eventos que deixam a leitura cada vez mais interessante e surpreendente.

O livro é de leitura fácil. No início, achei que ficaria perdido com o excesso de nomes bizarros pra decorar e os termos científicos que sou pouco familiarizado. Mas não, em nenhum momento fiquei perdido ou sem entender algo. O autor consegue abordar assuntos que poucos são especialistas, de maneira que todos consigam entender.

michael-shannon-brand-new-zodSeus personagens são bem explorados com boa dosagem de profundidade em cada um dos personagens principais. Depois de “Man of Steel“, eu já estava maravilhado com o excelente General Zod que colocaram no filme, devido a excelente atuação do ator Michael Shannon, e lendo esse livro eu conseguia visualizar claramente o Zod do filme inserido nesse universo do livro, o que me leva ao meu próximo argumento: O livro, apesar de não ter aquela história do Códex, a zona fantasma como uma nave e outros pequenos detalhes mostrados no início do filme, ele funciona como uma excelente “prequel” para o filme, para você entender a política e a sociedade de Krypton, assim como entender a cabeça dos personagens principais. Calma, você não vai ficar perdido se não ler o livro antes de ver o filme, não é necessário. Eu digo apenas que funciona como um ótimo complemento.

Um ponto que é interessantíssimo no livro é que, muito pior do que o destino do planeta, era o destino da sociedade de Krypton, cada vez mais fadada ao fracasso e ao caos. Assim como nós podemos ver, claramente, o quanto a política pode ser uma arma que destrói uma sociedade se não for feita por pessoas de bem.

Em resumo: uma ótima leitura, que te deixa com vontade de ler cada vez mais, à medida que cada capítulo termina (capítulos estes que são bem curtos). Diversão garantida. Recomendo a todos. O único ponto negativo é que excluíram um personagem importante do universo do Superman. Mas não ofusca a boa história que é contada. Trata-se de uma excelente introdução para a história do herói mais influente de todos os tempos.

Bem, é isso. Até semana que vem, pessoal.


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Author:Felipe Balboa

O Homem Percevejo, o maior super-herói inútil da história.