Salve os que nos consagram!
No último dia 30, um artigo da Fantasy Flight Games, chamado A Word From the Developer, chamou minha atenção. O artigo fala de expansão de regras, conceitos para personagens, dicas para narrativas, aprimoramentos e outros caminhos. O que me levou a escrever este texto não foi o assunto do artigo, mas o artigo “abriu mais uma janela” para algo que tenho tentado acompanhar há algum tempo, mas nunca havia falado abertamente sobre o assunto, até hoje. Logo após lançar o playtest, a caixa introdutória, o core rulebook, a editora já lançou e lançará – como vem anunciando – muitos suplementos para Star Wars: Edge of the Empire.
Desde que entrei para o blog sonaopodetirarum.com.br, este para que vos escrevo, tenho vivido a minha era de ouro do RPG. Venho adquirindo materiais – muito bem escritos por sinal – e jogado grandes aventuras, algumas até compartilho via blog.
Jamais direi que as editoras estejam produzindo demais ou de menos, e nem chamarei de caça-níquel. Mas o que chama atenção é o vasto público que absorve todo esse material, tenho livros de RPG na estante que tenho a certeza de que nunca jogarei, e mesmo assim continuo comprando o que acho interessante. A pergunta é “para quê adquirir tanto material se não será usado?”
Fico feliz com o aquecimento do mercado e estou aqui para ajudar no que for preciso, inclusive na compra e divulgação de material. Sou um leitor compulsivo – se é que serve para responder a pergunta –, mas e aqueles que não usam essa mesma desculpa? O público absorve todo material produzido pela Paizo, por exemplo, que chega a lançar quatro suplementos por mês?
Outras perguntas podem ser feitas e também podemos usar o nosso Tormenta RPG como exemplo para não ficarmos apenas “na gringa”. Manual do Arcano, TRPG Edição Revisada e Manual do Combate estão entre os últimos lançamentos, para não se estender muito. Os mais fanáticos adquirem todo material produzido pela Jambô Editora? E a pré-venda, ela funciona? Sim, pois as editoras descobriram que a pré-venda é o grande termômetro do sucesso do produto e aproveitam para premiar aqueles que acreditam no projeto. Ou esse termômetro seria o financiamento coletivo?
Pelo que sei, a maior crítica a editora Devir – tida como a maior do Brasil se tratando de RPG – é o abandono as suas publicações. Resumindo: baixa produção de suplementos para os seus jogos. Se esses materiais tivessem uma produção contínua de livros e acessórios, eles seriam consumidos?
Partindo para qualidade, recentemente a editora Redbox lançou o Bestiário Old Dragon. Concordo quando dizem que “esse é o livro de RPG mais bonito já produzido no Brasil”. Concordo também quando a companheira Luiza Melki fala que “a Paizo e a Fantasy Flight Games tratam seus jogos como itens de colecionador”. Toda essa qualidade (um bom papel, páginas coloridas, belas ilustrações e etc) é somada a sua vontade na hora de comprar o RPG? Pagaria um pouco mais para ter um livro de excelente qualidade?
Então é isso, pessoal. Deixo aqui essas perguntas para que sejam avaliadas e respondidas (nos comentários). Este não um artigo gerador de polêmica com o objetivo de ter muitos cliques, quero apenas estabelecer uma discussão e tirar algumas dúvidas que pairam a cabeça deste paladino.
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