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O último filme da trilogia de Batman (ao menos dirigida por Nolan) ficou excelente, fechou com chave de ouro o que começou láaaaa atrás em 2005 contando toda a origem do morcego, passando pelo grande perigo do Coringa no segundo (magistralmente e para muitos “e me incluo nesses muitos”: o melhor filme do Batman) e agora a conclusão que leva as capacidades do homem morcego ao máximo.
A história se passa oito anos depois do anterior. Batman é acusado pela morte de Harvey Dent, o Duas Caras, e Gotham passa por um período de paz após o trabalho árduo da polícia ao comando do Comissário Gordon auxiliado pelo cavaleiro das trevas. Então tudo muda quando Bane em poderosos ataques terroristas causa grande terror à cidade. Diga-se de passagem as sequências de explosões e destruição ficarão expetaculares!
O filme conta com detalhes interessantes que transmitem informações sutis, mas que ajudam enriquecer a história. Logo no início percebemos como Bane tem seguidores fanáticos que o seguiriam à morte sem pestanejar apenas focando o rosto de um capanga sorrindo à morte; a bandeira dos Estados Unidos esfarrapada tremeluzindo sem vontade; o poço para ser escalado (uma clara menção ao medo de Bruce apresentado no primeiro filme) e outras pequenas informações que são gostosas de serem apreciadas.
Não é NOSSA QUE FILME PERFEITO! Não tanto quanto foi o Cavaleiro das Trevas. Mas acerta em diversos pontos no roteiro e ação. Há quem diga que algumas passagens tenham se tornado cansativas e alongadas demais. Porém está bem contado e com tramas e subtramas enlaçadas de forma com que os personagens novos e antigos se mesclam sem parecerem ter caído de paraquedas apenas para completar o elenco.
A Mulher Gato, ou melhor, Selena Kyle foi o meu maior medo. Desde quando Anne Hathaway foi escalada para o papel eu só conseguia pensar em “Diário da Princesa” e “O Diabo veste Prada”… mas não foi uma decepção, na verdade a construção da personagem no roteiro foi muito melhor que a de “Batman O Retorno” (contudo NINGUÉM superará Michelle Pifeiffer e Halle Berry nem merece ser mencionada, as dos antigos seriados tinham um teor cômico que não vêm ao caso). Quem conhece a Selena em sua essência vai perceber muito dela na personagem. Mesmo que Anne não seja a Mulher Gato ideal, não fez feio e cumpriu bem o seu papel. A voz arrastada e melindrosa e andar rebolativo, sedutor. Só senti falta do chicote.
Quem tanto aguardou pela GRANDE LUTA entre Batman vs Bane vai se decepcionar (vá assistir UFC, ora!). Não acontece naaaaaaaaaaaaaada demais, eles lutam e ponto. Todos meio que já sabem como vai acabar e não existe nada de surpreendente. Só que é bem fiel ao quadrinho. Atentei-me que não tem sangue durante as lutas, talvez até para que possa existir a quantidade de criança que estava na sala de cinema.

SPOILER (quem ainda não assistiu, não leia abaixo)

Estava estranhando no meio da projeção o fato de que, até então, Bane seria o filho de Ra’s al Ghul, me incomodava demais e apenas isso não entrava na minha cabeça. Até que Talia al Ghul é revelada, fazendo todo o sentido.
Que Joseph Gordon-levitt seria o Robin, estava mais que na cara, algo só revelado beeeeeeem no final, um tanto quanto forçado, poderia simplesmente ser dito “Dick Grayson” ou “Jason Todd” sei lá, mas para uma grande maioria seria um pouco nebuloso.

FIM DO SPOILER

O filme está visualmente bonito e harmônico. Quem acompanhou e gostou dos dois primeiros vai curtir o último com certeza. Tem gostinho de quero mais e “pode continuar”, mas se acabar por alí (ao menos para Christopher Nolan e Christian Bale), também não fica devendo nada. Daria uma nota 9,5. E que os próximos diretores que vierem a continuar com a saga do morcegão se inspirem em Nolan e aprendam com os erros das decepções do passado.

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