Filosofias e opiniões Arquivo

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Primeira vez no blog, coloque com jeitinho.

Com muito prazer eu apresento Mamãe quer… Ops… Digo… Felipe Balboa!!

Olá meu povo e minha pova, cá estou eu nervoso, pois esta é a primeira vez que escrevo em um site de sucesso na internet (E certamente vocês pensaram “e começou bem demais hein, Zé Ruela, já começou babando ovo???”). Claro que se você pensou isso, obviamente que eu desejo que vossa senhoria faleça, não, sacanagem, começar xingando leitores também não é o ideal. Enfim, eu preciso começar de alguma forma né, eu sei que você pensou “começa se apresentando né, otário?”. E eu te digo “putz, você é sagaz pra cacete hein, mas é sério que você achou que eu não sabia isso?”. Enfim, sem mais delongas apresento-lhes a minha pessoa, o internacionalmente desconhecido, ex-gordo (agora eu sou enorme) e ex-tremamente babaca FELIPE BALBOA (muito obrigado pelos aplausos, que eu sei que você fez ao ler o meu nome).

Muito bem, o que você precisa saber sobre a minha pessoa:

  • DCnauta!! (e como tal, gostaria de dar uma porrada no meio dos córnos de Ryan Reynolds e Brandon Routh – percebam, inclusive, que nem em negrito eles estão… Pelo que eles fizeram com Lanterna Verde e Superman, eles não merecem o negrito) Leio quase tudo que a DC lança;
  • Fã de Sylvester Stallone (embora ache que, cada vez mais, ele está parecido com o Frangolino dos Looney Tunes);
  • Viciado em PS3;
  • Fã de cinema e seriados;
  • Nerd (Achava que não precisava citar isso, mas vou citar pra deixar claro para aquele mesmo indivíduo que achou que eu não sabia que eu tinha que me apresentar).

Bem, o que mais posso falar, talvez sobre minha vida pessoal: Nasci em Melmac, mas minha nave foi enviada para uma cidadezinha no Kansas, e meus pais adotivos Martha e Jonathan me criaram. Minha vida era boa, até o momento que um cidadão, todo vestido de preto, uma respiração forte, falando que era meu pai verdadeiro, veio me procurar. Mas aí ele cortou minha mão e eu parei de falar com ele (tentei fazer aquele gesto dos dedos indicadores um encostando a ponta no outro e falar “corta aqui”, mas sem uma das mãos estava um pouquinho complicado fazer isso). Sem mão, eu estava conseguindo viver bem, até o momento em que um anel verde detectou que eu poderia ingressar em sua tropa, mas veio na direção da mão cortada, então não tendo dedo para se encaixar, o anel acusou “esse programa executou uma operação ilegal e será fechado”, e assim toda a tropa dos Lanternas Verdes deu pane por minha causa e a Tropa Sinestro venceu (os quadrinhos escondem essa verdade). Sem poder viver com essa culpa, eu resolvi me punir e fazer Matemática na faculdade. E cá estou eu, hoje, com uma mão artificial implantada, formado, convivendo melhor com a culpa da Tropa Sinestro ter vencido e escrevendo neste belíssimo site.

E é isso, espero que gostem dos meus textos, não criem expectativas demais sobre eles, apenas aproveitem, mas acho que isso não preciso dizer, afinal, todos vimos os remakes de “Fúria de Titãs” e de “Vingador do Futuro” então sabemos muito bem a decepção que a expectativa pode nos trazer né… Ou então, se ainda não aprenderam isso, aprendam com o meu erro, pois desde criança quando ouvi a música “Fera Neném” do Trem da Alegria, eu tive a expectativa de ver Juninho Bill presidente do Brasil até o ano de 2010, mas isso não aconteceu e gerou uma frustração tão grande que passei a me chicotear tal qual o gigante albino do “Código da Vinci” e certamente você não quer isso para você.

Aproveitem e será uma honra estar na companhia de vocês. Na verdade, não será, mas eu digo para agradar a todos, então não fique se gabando, NO SOUP FOR YOU!!

Felipe Balboa

Consegui escrever minha primeira postagem… YO ADRIAN, I DID IT!!!

 


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A Leveza do Ser

Olá, companheiros de estrada! Já debatemos sobre muitos temas, como medo e cansaço, , heroísmo e muito mais. Hoje, quero falar sobre algo comum a quase todas as pessoas, e consequentemente, aos personagens: felicidade!

Sempre nos lembramos das dificuldades, perdas e tristezas que nossos protagonistas enfrentam, mas nos esquecemos de que cada um também possui suas doses de alegrias, amores, prazeres e motivações. Em geral, os personagens que vejo nas mesas de RPG são taciturnos, vingativos e amargos. Quantos já viram algum PC se apaixonar por alguém? Ou retirar prazer de pequenas coisas? Quantos demonstram ter um hobbie?

Falo isso por que, em nossa mesa, temos experimentado representar mais nuances do que comumente é feito, obtendo ótimas cenas. Um bárbaro pode ser violento e taciturno, mas também pode adorar banquetear-se, beber e conquistar o coração (e as roupas de baixo) das mulheres. Depois de uma missão extremamente difícil, em que perderam um companheiro, o grupo pode ficar de luto, mas também pode ir beber em homenagem ao morto.

 

“What is love?”

E o que falar sobre o amor? A maioria dos jogadores já elimina a sua família no próprio background, ninguém quer possuir laços afetivos, imagina se interessar por alguém… Pessoas amam e odeiam na mesma medida, quem vive apenas de sentimentos ruins está doente. Digamos que seu personagem é órfão, ainda assim, ele vai transferir seu afeto para outros, ele vai desejar uma família, alguém que o ame. É normal as pessoas se apaixonarem entre si num grupo que convive muito e que sua vida depende do outro. Aquela feiticeira acaba chamando a atenção do guerreiro e vice-versa. Às vezes, é problemático, afinal, a jogadora da feiticeira pode ser a namorada do mestre. Ai é melhor evitar!

Cara, se o seu personagem só gosta de matar, tem algo muito errado com ele. Ele não é um herói, no máximo, ele pode ser considerado um anti-herói. Ele pode gostar de caçar, pescar, observar as estrelas, entalhar na madeira, cantar, ir a tavernas… Qualquer coisa para torna-lo mais real, por favor, né? Gostaria de lembrar que um personagem que fez parte da infância e adolescência de muitos. Ele era um grande guerreiro e adorava lutar, mas ele também gostava de comer, estar com seus amigos. Ele conquistou uma mulher, teve filhos e viu sua descendência seguir com seu legado. É, o Goku fez tudo isso!

Em suma, as pessoas também tem prazer em viver e retiram prazer da vida. Não seja mais um jogador monocromático na mesa. Deixe seu personagem viver e morrer decentemente! Só Não Pode Tirar Um!


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Personagens além de letras e números no papel

Olá galera! Alguém aqui já leu a série do Matador do Rei – O Nome do Vento e O Temor do Sábio? Lembro de há algum tempo namorar este livro quando ia numa livraria. Mas sempre tão caro. Até que uma promoção surgiu, comprei e poft! Apaixonei-me. É surpreendente.


É contada a história de Kvothe um jovem super inteligente, membro de uma trupe de andarilhos, que em suas andanças conhece um Arcanista (não gostam de chamar Mago, porque dizem ser muito fantasioso…) que o instrui aos primeiros passos da magia verdadeira. Eis que o ainda menino, Kvothe passa por um trauma brutal, passa fome e frio mendingando nas ruas de uma grande cidade e por fim, segue para a Universidade (a Hogwarts da história… e não é brincadeira, a história se assemelha MUITO a um Harry Potter para maiores de 18 anos.) Não pretendo falar mais para não estragar as surpresas. Pois o que quero tratar mesmo aqui é o grande ponto forte do livro: seus personagens.

Criando personagens
Quando vocês criam seus personagens, partem de onde? Qual o primeiro rascunho deles? É uma inspiração em algum filme/ livro/ jogo? Não digo quanto de força ele terá, qual talento ou quantas bolinhas disponibilizará para a disciplina X ou Y. Mas o background em si. Quem ele é? Quais suas vontades, desejos. O que o faz ser alguém “vivo”? Algo mais que uma folha de papel repleta de números/ bolinhas pintadas?
Voltando a Crônica do Matador do Rei, tanto Kvothe, como os demais personagens e a relação deles entre si é muito dinâmica e bem aproveitada. E isto por que? Não sei qual foi a abordagem feita pelo autor, mas como também escrevo acredito ter alguma ideia, pelo menos de chegar ao mesmo objetivo. Os personagens no livro têm todo um cuidado. Um passado que os motiva a algo pro futuro e que transparece em reações no presente. E o seu personagem?
Ontem joguei GURPS com alguns amigos e foi sensacional. Inclusive estava com a história na cabeça e resolvi montar um personagem inspirado no Kvothe. Saberia um pouco de música e teria uma sobrevivência como um ladrão de rua. Mas sobre tudo, seria muito bem instruído devido a sua inteligência acima da média. Certo, não pude colocar tuuuudo, mas a inspiração me serviu a criar um personagem que adorei interpretar. Os outros caras também criaram personagens com motivações, códigos de conduta, honra, agressividade, defeitos e outros pontos que às vezes se esquece na hora de montar um personagem.
Um personagem de RPG não é um super-herói (ou é, se jogar mutantes & malfeitores, gurps supers e outros), mas mesmo estes tem seus defeitos, implicações e coisas que os fazem humanos, algo que os faça frágeis. Não é mesmo?

Interpretação
Tendo criado o personagem, com um background bem elaborado, desejos, vontades, medos, motivações, traços de personalidade… tudo bonitinho e já combinado e aceito pelo mestre… E na hora de colocar isso em prática? Afinal defeitos e coisas do tipo geralmente dão pontos extras na hora da construção do personagem, talentos ou de alguma forma experiência em caso de ser bem empregado durante a sessão. Portanto ele DEVE ser utilizado e interpretado. Ok, não precisa ficar falando o tempo inteiro que seu personagem irá dominar o mundo só porque ele é megalomaníaco, nem outra coisa que torne a coisa chata. Tem que ser legal, tanto para você, como para todos.
Chegou aquele momento do acampamento? Ao invés de ficar folheando o livro para ver qual a habilidade do próximo nível, porque não interpretar isso? Seu mago estuda ao redor de uma fogueira? O guerreiro treina? O lutador se exercita? O policial averigua o noticiário após uma janta feita no microondas?
O importante é utilizar os pontos fortes e fracos do personagem na hora certa. E saber que, às vezes, seu personagem se colocará em situações difíceis devido a alguma característica dele. O que normalmente não ocorreria sem ela. Um personagem impulsivo e impaciente dificilmente ficaria planejando e aguardando em tocaia, no máximo daria uma opinião rápida e entra em ação logo que surgir sua oportunidade. Então faça-o! Por mais que isso vá prejudicá-lo ou prejudicar o grupo. Situações engraçadíssimas surgem com estas interpretações bem aplicadas. E lembre-se, RPG é uma história contada na hora, mas seus personagens também a contam. Não são meros espectadores e sim contadores de história. A aventura fluirá muito mais ágil e agradável não ficando tudo à cargo do narrador.

 

Quem desejar ler a fantática história de Kvothe, clique aqui e aproveite!

Bom, espero que tenham sido proveitosos os pontos que levantei. Qualquer bobagem que tenha dito, vamos conversando e acertando. Construir personagem é uma dádiva e todos conseguem fazê-lo. A melhor forma de construir bons personagens é lendo bastante, assistindo a bons filmes de referência. Games também ajudam.


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Com que idade começar a jogar?

Quem disse que RPG não é coisa de criança? “Mas é um jogo que só mata monstros, dá tiro e tem sanguinolência.” Diriam algumas pessoas. Será somente isso?

Certo, assim como na literatura e no cinema, no RPG existem gêneros. E mesmo dentro desses gêneros (em especial terror e fantasia medieval), temos diversas formas de aplicá-los. Vamos lá: O Caverna do Dragão, aclamado desenho dos anos 90 foi lançado para tirar esta visão perigosa que o RPG passava já naquela época. Por isso os personagens não possuem armas de corte ou que causem danos significativos (Eric não carece de uma espada a toa). Foi a maneira que os produtores encontraram para aproximar sua criação de todos os públicos. Mostrar que o Dungeons & Dragons tinha boas histórias: companheirismo, aventura, amizade, amor… para contar.

O que difere o RPG de um desenho (atualmente animação em computação gráfica) da Disney, por exemplo? Existe o herói, o mocinho, a princesa ou seja lá qual o personagem for encabeçar o protagonista. Entendamos estas figuras como sendo os personagens dos jogadores. Em contrapartida teremos os vilões, bruxas, magos megalomaníacos, criaturas malvadas dispostas a atrapalhar o caminho dos protagonistas. E o que acontece? Eles se confrontam. Os objetivos são diversos: seja salvar um reino, a princesa, ou mesmo a própria pele.

Agora que expliquei que o RPG não é nenhuma adoração ao cramunhão, mas sim uma brincadeira bem próxima da realidade infantil. Preciso expor que deve existir sim uma atenção às crianças que decidirem jogar.

A primeira delas é qual jogo? Vampiro, Lobisomem e Mago são jogos mais pesados, com temática mais adulta. “Aaaah, mas minha filha adora o Edward. Ele é um vampiro vegetariano…” Pro Inferno com Edward e sua turma, não são vampiros! Nem os Changelling os aceitariam como fadas! – brincadeiras a parte, a linha Storytelling tem uma pegada adulta, envolvendo sexo, assassinatos e horror pessoal que nem sempre agradará crianças e mexe diretamente com o psicológico; pois então não é saudável para uma criança jogá-lo. Espere os 15, 16 anos… aí sim vá distribuir bolinhas, por enquanto contente-se em explorar masmorras e combater dragões.

Outra preocupação é o vício. Sempre que jogo com meus amigos, jogam conosco agora os sobrinhos de um deles (huguinho, 15, zezinho, 14 e luizinho, 12 hehehe), enfim. São muito novos? Estes três meninos cresceram vendo-nos jogar e aprenderam aos poucos a jogar e se interessaram. No entanto o vício (tal como por games, futibol e qualquer outra atividade) também existirá no RPG. E deverá ser contido civilizadamente. As notas caíram na escola? O RPG é o culpado? Será mesmo? Lembro de muitos amigos, inclusive eu, melhorar na escola devido a aproximação maior com a leitura. Mas sim, o RPG pode causar problemas. O jeito é sentar e conversar.

Quando mais novo e comecei a jogar cheguei a ser proibido de falar em RPG. Pois só falava nisso. Era um mundo mágico que estava desvendando e queria compartilhar em casa. Soube de casos dos três jovens que jogam com a gente muito engraçados: de não querer ir para praia com a família, arrebentar a linha (da pipa) no dente e sair correndo e dizer “ufa, não teve jogo, não perdi nada”… tudo por causa do RPG.

A última preocupação seria a atenção dada aos novos jogadores infantes. Não adianta querer exigir de uma criança de 12 anos a interação e interpretação do seu amigo que joga há 10 anos! Alguns até surpreendem e têm falas e raciocínio lógico melhor do que deste amigo rpgísta de uma década, mas nem sempre será assim. Portanto, ajude o infante. Criar situações aonde ele se identificará e colocará suas habilidades em prática é uma boa saída. Caso contrário, lembre-o do que pode fazer: “Você é um mago, sua magia de sono pode colocar todos para dormir e assim vocês fogem…” é um empurrãozinho. Daí em diante ele aprenderá e não será mais necessário dar esta “cola”.


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The Road So Far: No Princípio… (Parte 2)

Estamos na Semana da Criança, no SNPT1 e que maneira melhor de expressar esta semana, do que voltando lá ao meu primeiro post no blog, que se chamava “The Road So Far: No Princípio… (Parte 1)“. Nele, eu contava um pouco do meu primeiro contato com este mundo mágico feito de portais para muitos mundos, que todos amamos e chamamos RPG.

Como prometi voltar naqueles bons anos e contar para vocês mais algumas coisas, voltemos então para esta parte 2!

Como falei anteriormente, alguns anos de escuridão vieram e eu não encontrei mais nenhum exemplar como aquele livro-jogo. Mas ele havia feito uma grande diferença na minha vida.

Mesmo criança, eu sempre andei em bibliotecas e passei a procurar livros como aquele. Ao não encontrar, ao menos pude mergulhar nos livros ficcionais. Aquele livro jogo de RPG foi à porta para meus saudáveis hábitos de leitura, e colaborou para o fortalecimento de minha Imaginação e também de meu senso crítico, visão de mundo e interpretação das coisas.

Não tenho medo de afirmar que a Literatura, associado ao ato de analisar e pesar decisões que aprendi a exercer naquele livro me ajudaram a me tornar um dos melhores alunos das turmas em que eu assistia às minhas aulas.

E então veio a adolescência, e o final do antigo “primário”. Mudança de escola, mudança de amigos, muitas matérias a mais.

O ano era 1998, e eu me lembro como hoje, todos os alunos se entreolhando um tanto quanto receosos, sem saber como se aproximar uns dos outros.

Todos buscavam, alguns conhecidos perdidos na multidão, e enquanto um ou outro se ajuntava, comecei a observar o pessoal da minha turma.

Hoje, lembrando daquele dia, além da Nostalgia, me vêm até um pouco de Felicidade mesmo… E me faz rir também.

O que eu não sabia, é que praticamente todos que gostavam de Rock, Games, Filmes e principalmente RPG estavam na mesma turma!

Não demorou nem uma ou duas semanas para no meio de uma conversa com meus novos amigos, ser convidado para participar de algo chamado RPG, onde vejam só eu poderia interpretar um dos heróis do SUPER SUCESSO DA ÉPOCA POKÉMON!!!

Sim, eu coloquei tudo em caixa alta, pois se você viveu sua adolescência ali por 1998, sabe a loucura e o frenesi que foi.  O anime nem havia sido lançado ainda, mas os emuladores haviam chegado com tudo, e aqueles que não tinham grana para um caríssimo Game Boy puderam usufruir desta maravilha que TODO jovem queria jogar.

O jogo era como uma modificação de 3D&T bem caseira, onde o mestre decidia ali mesmo como seriam as características dos monstrinhos que eram capturados.

Eram mais de dez amigos curiosos que queriam descobrir o que era aquele negócio esquisito que se jogava com dados.

Foi ali. Foi ali que tudo começou. Com um jogo de Pokémon.

Já vi gente falando mal e reclamando da franquia. Eu sou tão grato por esta ter sido a porta para o RPG na minha vida, que vejo o anime (apesar de ter sérias restrições ao comédia do Ash) e jogo todos os jogos que saem, até hoje.

Aquela experiência que relatei no último post veio toda de uma vez só, enquanto eu observava.

A partida selou um grupo de uns dez ou doze amigos que nunca mais se separaram, ao menos naquela época de escola.

Todos jogávamos RPG, e eventualmente as coisas se desenvolvem, e vejam só, naturalmente fui me tornando O mestre. Eu digo “O”, pois não sei se eles estavam me enrolando para só jogar ou se era verdade, mas eu era constantemente elogiado por minhas aventuras, e alunos de outras turmas se ajuntam à nossa volta no recreio para nos observar. Até a galera mais “esportista” e “futeboleira” parava para assistir!

Era meio assustador mestrar para seis amigos, tendo umas trinta pessoas (dentre elas, várias gatinhas) observando e tentando entender porque todos ali me chamavam de mestre e reagiam a tudo que eu dizia.

Como sempre fui inventivo e obcecado por tudo que gostava (coisa de TDAH), tenho a honra de escrever que ainda no colégio (e até hoje) comecei a arrebanhar novos adeptos ao RPG, sejam eles do perfil ou não, gostando de leitura e interpretação ou não, seja do pessoal da educação física, ou aos mais nerds… Todos se rendiam à maravilha que era o RPG.

Criava novos sistemas, comprei outros dados além dos D6 e admito fiquei com muita raiva quando saiu a Terceira Edição de D&D, pois praticamente tudo que eu lia ali era como eu havia criado para jogar com meus amigos… E não tinha essa de internet ou livros para isso, no máximo uma Dragão Brasil e olhe lá…

Tinha certeza que estes caras haviam me copiado!!! Rsrsrsrsrs

Com o passar dos anos é muito bom entrar no Facebook e ler uma mensagem de um amigo daquela época dizendo que o pessoal que ainda mora perto dele quer demais que eu mestre uma aventura para eles, ou uma amiga que não tinha o perfil de jogadora e eu mestrei para ela e ela adorava (a primeira menina numa mesa de jogo que eu participei), se casou com um RPGista, tem filhos e hoje é muito feliz, e dizer que isso é por ter jogado RPG comigo.

Tudo isso, todas estas coisas boas por causa daquelas manhãs e tardes (matando aula ou não rsrsrsrs) dando forma a meus mundos, e inspirando aventuras nos corações dos meus amigos.

Nesta semana quando encontrar com sobrinhos, vizinhos ou primos mais novos, quando olhar para seus filhos e observá-los e desejar a eles uma infância plena e divertida, lembre-se:

RPG é vida, diversão e autoconhecimento. É viajar, interpretar e aprender.
É tudo que alguém precisa para criar laços fortes e duradouros com seus amigos, e mesmo depois de anos lembrar de bons momentos onde sorrisos e zoações eram tão comuns quanto respirar. Proporcione isso a eles. Ensine RPG para uma criança ou adolescente. No futuro, ele vai te agradecer.

As crianças de hoje não matam aula e sentam na grama como nós fazíamos. Não vão para a casa de amigos e sentam na varanda para conversar. Não têm laços fortes, caso Facebook ou Orkut estejam envolvidos. Estando lado a lado, conversam por celular e/ou mensagens…
Deixe o RPG mudar isso.

Porque crianças deveriam jogar RPG!?
Porque isso que é uma infância de verdade.

Créditos de Imagem:

01  Fhotp ( http://bit.ly/Oim7hk )
02  khaamar ( http://bit.ly/RLpoWh )
03  white-rapidash ( hhttp://bit.ly/QMlVFx )
04  javawombat ( http://bit.ly/VFeVik )

 


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A Regra de Ouro


Olá, matadores de Balor! Se vocês ouviram o Tavernacast #9, vocês já devem ter uma ideia do que devo abordar. Se você ainda não ouviu, pare agora mesmo o que está fazendo e dá uma conferida lá. Bem, vamos debater um pouco sobre o poder do mestre?

O Role Playing Game, como o nome já diz, é um jogo de interpretação de papéis, e como todo jogo, possui uma série de regras que ditam a dinâmica das ações dos personagens. Em outro ponto, todos os participantes elaboram e contam a história, mas também existe algo para manter a coesão: o mestre. Ele impede que cada um conte a história a sua maneira e possibilita que existam num mesmo universo.

 

O Papel do Mestre

Todo mundo que se reúne para jogar RPG, o faz por inúmeros motivos, um dos quais é a diversão (se você não considera a diversão importante, tem algo muito errado com você). Portanto, o mestre está ali para se divertir e, como seu “cargo” lhe impõe, também está ali para zelar pela diversão do grupo. Então, é obvio que o mestre tem SIM um papel de destaque na mesa.

O narrador precisa gerenciar a história que cada jogador deseja contar, o que eles esperam da crônica, os desafios, as recompensas… É, dá trabalho mesmo, e não é atoa que quando explicamos o papel do mestre para um novato, costumamos dizer que ele é como o Deus daquele cenário. E como boa “divindade” que é, ele possui o poder!

 

“Quem manda nessa porra sou eu, você tá entendendo?”

Vamos continuar com o exemplo de divindade, mas sem encarar literalmente, okay? Continuando, o narrador mantem todas as regras do jogo, assim como Deus pode ser visualizado como sustentando as leis físicas que permitem a nossa existência. Dessa maneira, o mestre também detém o poder de perverter essas regras. Ele dá a palavra final sobre o desenrolar do jogo.

Eu não estou apoiando que os mestres sejam tiranos e decidam tudo sobre o jogo. É muito proveitoso ouvir os jogadores, assim, todo mundo continua se divertindo. O que quero ressaltar, é que o narrador realmente possui esse poder de decisão, podendo ser usado tanto para prejudicar quanto para beneficiar os jogadores. É uma linha tênue que precisamos estar sempre atentos. Então, quando seu mestre dizer que a sua magia simplesmente não funcionou, pense duas vezes antes de parar o jogo e iniciar uma discussão. Isso atrapalha a sessão, os planos do mestre. Acredite que ele tem algo legal preparado para diverti-los!

Se ele não tiver fazendo isso direito, você tem uma saída muito melhor do que reclamar. Fala para ele parar de tirar falha crítica na narração e mostra as dicas do Só Não Pode Tirar Um!


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