Hey aventureiros, como vão vocês essa semana?
Hoje eu resolvi comentar um caso que rolou numa mesa da qual participei não faz muito tempo (e na verdade a campanha ainda ta rolando), como lidar quando o RPG cai na vida pessoal?
Por que em um grupo sempre tem alguém pra fazer o mimimi…. Foto: Reprodução.
-Mas você não podia bater no meu persona só porque eu matei o npc importante…mimimi-
player chorão que leva coisas pro pessoal na mesa de jogo
Acho que pelo menos a maioria já teve algum tipo de disputa saudável dentro da campanha entre amigos, e principalmente, entre personagens. Acontece as vezes, de algum player não conseguir separar o personagem do pessoal, e levar a coisa mais a sério, a ponto de gerar intriga dentro da mesa de jogo. Quando o RPG invade dessa forma a vida pessoal, a coisa complica um pouco mais, e não só o player que se sentiu atingido (ou decidiu atingir pessoalmente alguém) se prejudica, como a mesa toda se ferra graças a situação tensa que aparece.
Muitas vezes, em caso de grupos que jogam uma ou duas campanhas paralelas, com certa frequência, é normal que os players acabem se apegando mais ao persona, ainda mais se a historia for longa e render diversas sessões. O que pode acontecer é o player se sentir tão ligado ao personagem, que não consiga mais separar o que rola na mesa do que é pessoal, do que é implicância de player e do que é roleplay. Lidar com isso é um pouco mais tenso do que parece, e voltando a citar o caso, o player disse que sairia do grupo por questões de um mal entendido, coisa que ninguém queria, afinal, não só o player em questão é um grande amigo de todo mundo, como o personagem tinha um grande papel dentro da campanha, o que prejudicaria a turma in game e fora tmb.
A maior questão é como lidar com esse tipo de situação? Por mais difícil que seja, existem algumas possibilidades, a primeira, e que a gente adotou, foi todo mundo sentar pra conversar (no caso, no face, onde a gente mantem um grupo fechado pra discussões de campanhas) e tentar resolver a situação, como o “personagem” (e que fique bem claro, que é o persona e não o player) fez muita besteira no jogo, todo o grupo tinha uma certa rivalidade, o que gerou uma pressão em cima do player. A gente conversou, e após um longo dramalhão, e todo mundo tentando fazer o player entender o que rolou e não desistir da campanha, a gente conseguiu superar a situação e voltar ao normal tranquilamente.
Mas isso por que o player era muito amigo, e se não for? Bom, no caso, se o player em si já for um problema, ou se não for muito amigo do grupo, talvez deixar de lado seja uma boa solução, por mais que a situação seja chata, é ainda pior estragar o entrosamento do resto da turma por causa de uma única pessoa que nem esta tão envolvida. Amigos amigos, RPG a parte? Sim, nem todos os amigos são bons para jogar, e nem todos os jogadores são bons amigos, e isso é normal, é como no trabalho, só que menos chato.
-O papel do mestre-
Cabe ao grupo todo entender a situação e contorna-la, mas o mestre tem um papel um pouco mais importante. Ele é quem ve a mesa de fora, e entende o que acontece melhor que todo mundo, e principalmente, ele ve os motivos da intriga por outro ângulo, pois não esta diretamente envolvido com ela. O ideal é que o mestre esteja sempre alerta a este tipo de situação, e manter locais como redes sociais e mesmo troca de e-mails entre o grupo ajuda bastante na hora de detectar e solucionar este problema. Chamar todo mundo pra resolver e apontar os problemas e defeitos de cada um dentro da situação também ajuda, assim cada um entende como influencia de algum modo esse player que acabou sendo prejudicado/está prejudicando.
E acho que a minha dica pessoal, eu jogo RPG a tempo suficiente para já ter tido personagens pelos quais fui completamente apaixonada e apegada, mas sempre tentei manter a cabeça no lugar para não levar nada para o pessoal, o que rola ingame não é o mesmo que fora, procurem sempre se policiar para evitar intrigas e desconfortos, porque nada é mais chato do que player que fica de mimimi depois da sessão pq não entendeu o xp, pq não entendeu X ou Y atitudes do grupo ou pq ferrou com tudo e o pessoal virou as costas. Isso acontece, e quando acaba a sessão o persona tem que entrar em stand by.
Parece que o texto foi meio obvio, mas acontece com mais frequência do que vocês imaginam, essa situação que citei foi uma entre muitas que já vi rolar, inclusive ciúmes por que um persona namorava outra personagem na mesa e não a da namorada na vida real.
Até semana que vem, aventureiros
Bye bye
Fique ligado na nossa Fanpage, adicione nosso Feed e siga nosso Twitter @sonaopodeitirar1 que você terá todas as atualizações do Só não pode tirar um!.
Não é só por que o jogador quer matar pessoas e fazer killcount que ele é um jogador ruim, ele esta acostumado e pode ser o estilo dele jogar, se o mestre o forçar a fazer algo diferente ele pode achar aquilo chato e acabar parrando de jogar. Como mestre eu incentivo os jogadores a pensar fora da caixa, a sempre usar os seus dons (mesmo que sejam bélicos) para o bem do grupo. O Sniper do grupo não interpreta quase nada, mas aprendeu a sua posição no jogo, ele fica pacientemente esperando as oportunidades de agir, me pergunta coisas sobre locais, pessoas em volta, faz uma ronda na área e acha o melhor ponto pra auxiliar o resto do grupo e quando precisa, começa a proteger os mesmos de longe, no melhor estilo cinematográfico.
