Dica de Mestre Arquivo

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Onde estão os jogadores novos?

Olá, mestres e jogadores! Para começarmos, respondam a seguinte pergunta: em algum momento da sua vida, um amigo/conhecido/whatever resolveu explicar pra você como funcionada aquele jogo esquisito com dados e papeis, certo? Posso estar enganado, mas, se não foi assim, deve ter sido uma variação bem parecida.

Bem, eu me interessei por RPG de uma maneira diferente. Antes dos 10 anos, eu comprei a antiga Dragão Brasil. Mas, além das aventuras-jogos que eles publicavam, só rolei meu primeiro dado com mais de 6 lados quando um amigo me convidou para jogar. Vocês já devem estar imaginando aonde quero chegar.

Aventureiro à vista

Ultimamente, tenho notado (deixando claro que essa é uma percepção sem nenhum embasamento estatístico) poucos jogadores novos. Alguns vão alegar que com a facilidade dos vídeo games e MMO’s, o público debandou. Bem, se você pensa assim, pare agora mesmo de ler e vá ouvir o nosso primeiro TavernaCast. Sem me estender muito, eu vejo que existe e continuará existindo espaço para o RPG, independente das outras opções disponíveis.

Afinal, atualmente se tornou mais fácil jogar do que antes. Na cultura pop mundial, as referências nerds estão estabelecidas e fazendo muito sucesso, Vingadores, Batman e Big Bang Theory só podem confirmar. Se antes eu precisava de livros xerocados e da Dragão Brasil, hoje há gama gigantesca de canais de divulgação do hobby, como o Só Não Pode Tirar Um e muitos outros sites. E além da facilidade de acesso aos jogos antigos e aos lançamentos, a cada ano aumenta a quantidade de eventos de RPG.

“Não vamos conquistar suas mentes, conquistaremos seus corações”

Ninguém começa a jogar para estimular a capacidade intelectual, melhorar a leitura ou com a matemática… As pessoas jogam por que é divertido! Eu não estou negando esses benefícios, eles realmente existem e são os grandes diferenciais das outras formas de entretenimento. Eu tenho orgulho de quase sempre ter novatos na mesa quando mestrava. O meu grupo sempre teve paciência e interesse em ter novas pessoas para jogar, foi assim até que encontrei meu melhor amigo. No último Natal, presenteie um amiguinho de 13 anos com um antigo Manual 3d&T e há alguns meses atrás ele disse que já estava jogando com um grupo.

Então, chame o irmão mais novo da sua namorada para jogar com o seu grupo. Ele gosta de jogos e animes? Leva ele em algum evento perto, você pode até descobrir uns jogadores na sua cidade. Se esta sem ninguém para jogar, fale para ele chamar os amigos que se interessam e monte uma mesa com eles (não se esqueça de pesquisar quais as referências preferidas deles, isso é muito importante! rs). Quem sabe seus filhos embarquem em aventuras com você, como relatou o Antunes Rocha. Eu sei que o RPG é uma cultura de nicho e não vai competir com várias outras indústrias de entretenimento, mas sempre vai ter alguém querendo rolar uns bons dados. Só não pode tirar um!


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Por que mulheres só vestem um “boizinho”?

Boizinho? ‘pera aí, que droga de “boizinho” é esta?

Calma, eu explico.

Boizinho: Uma vez, láaaaaa em 2001… 2002, nos primórdios de eu começando a jogar RPG, havia um livro onde uma mulher vestia uma calcinha e sutiã. E esta calcinha era feita com a cabeça de um ser com chifres, daí o termo “boizinho”; ela só veste um boizinho.

 

Pois bem, vamos abrir agora uma discussão interessante a respeito. Por que este universo machista (talvez) da mulher apenas vestir o tal do boizinho?

Veja bem, desde She-ra, em toda sua feminilidade, usava uma espada tão grande quanto a do seu irmãozinho machão, e lá estava ela com apenas um vestidinho branco, botas de couro, capa vermelha, espartilho e tiara dourada. Combatendo diversos tipos de inimigos semre em batalhas corpo a corpo. Ela não se machucava? Ok, sua espada virava escudo, corda, patins, pipoqueira, vibrad…. err.. então o que ela desejasse. Mas nunca uma armadura? Seria algo meio Witchblade, mas por que não?

 

Talvez isso pelas antigas amazonas. As grandes guerreiras da antigudade que rivalizavam em peso os maiores guerreiros. E nunca utilizavam armaduras. Suas proteções se davam por túnicas e no máximo elmos. Embora já tenha sido visto amazona sim utilizar armadura.

Afinal, proteção para quê?

O sexo frágil parece utilizar de sua beleza, corpo e demais artimanhas do “girl power” (vulgo cartão de crédito ilimitado entre as pernas) para obter vantagem com o sexo oposto. E em algumas vezes com o mesmo sexo. Vide Xena e Gabriele.

Desejo deixar bem claro que não sou a favor do machismo, não sou e nem nunca fui em momento algum machista. Estou apenas expondo alguns fatos curiosos acerca do que já venho observando ao longo de todos esses anos.

Um jogo recente me chamou a atenção hoje. Meu pai jogava “Blades of Time” aonde a personagem Ayumi, uma adolescente bem estilo “Sucker Punch” em que ela utiliza duas grandes espadas e armas de fogo de grosso calibre. Metralha os inimigos e ainda desferes velozes golpes com suas lâminas assassinas. Mas e a vestimenta?

Roupa para quê?

Quando divaguei sobre este tema, me foi ressaltado que minha amada Lara Croft também só usava um colant e short. Meu contra-argumento foi: Mas ela não se envolvia em combates corpo a corpo. Era só tiro e à distância. Por isso a não necessidade de uma roupa que protegesse mais. E, nas origens, Ela apenas enfrentava animais e umas criaturas… ela foi se tornando uma “Alice de Resident Evil” ao passar dos anos e escrotização da série. Enfim, divaguei longe demais. Voltando…

Este “Blades of Time” me fez recordar de um antigo game “Heavenly Sword” onde a temática era da protagonista, Nariko ir “perdendo” peças de roupa conforme fosse ficando mais poderosa. Ou seja, mais uma vez o machismo entrando em ação. Certo que existem outros games e animes, HQs e afins. Sailor Moon, Mulher Maravilha, Britney Spears, Shakira, Madonna… enfim, a exposição do corpo sempre existiu.

Mas e no universo de RPG? Uma mulher com armadura de batalha seria considerada uma aberração? Lésbica? Quais os tipos de preconceitos enfrentaria?

Brienne de Tarth (Game of Thrones) que o diga. Certo, ela não é só uma mulher de armadura. Ela é uma mulher de dois metros de altura, com dentes de cavalo e ainda vestindo armadura. Ao menos está protegida para os infortúnios que vier a enfrentar.

No RPG as mulheres precisam se proteger de alguma forma, certo? Afinal os mesmos males que afetam os homens também irão afetá-las. A falta de armadura ou outro meio de proteção não vai lhe dar maiores vantagens. Correto? ERRADO! Quem conhece o gênero “Mulheres Machonas Armas até os Dentes” saberá do que estou falando.

Num sistema onde as perícias envolvem: correr de salto alto, acertar coisas com outras coisas, saltitar, seduzir criaturas e voar em coisas. Podemos ter uma idéia do que estamos falando.

O jogo é o cúmulo desta discussão que levantei. Mulheres armadas literalmente até os dentes digno de um filme de Tarantino, estilo “Planeta Terror“.

 

Espero que tenham entendido a moral da discussão. Repitindo apenas para que as gamers e rpgístas não venham com paus e pedras para me trucidarem: NÃO SOU MACHISTA, nem à favor. Apenas levanto um argumento para que possamos entender melhor sobre o mesmo. Todos (as) de acordo?

Peguem seu batom, salto alto, cinta-liga e o “boizinho” e partam para as grandes aventuras que a mente insana de seu mestre/ narrador é capaz de criar. Mas lembre-se: Só não pode tirar Um!!!

 


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Dentro da Dungeon #25 – Pulp e Space Dragon

Guardas, vasculhem cada pictocentímetro da nave! ESTAMOS SENDO ATACADOS!

“Essa é a pegada Space Dragon, companheiros. Admito que fui avesso a ideia de um novo jogo e mais um livro para ler, mas fui até o fim, montei uma mesa de urgência e começamos a rolar o ótimo Space Dragon. Quando virei as primeiras páginas li um nome que chamou a atenção e cai para dentro do assunto. Senhoras e senhores, a literatura pulp!”

Nada melhor do que o RPG para representar e dar vida a ficção científica pulp! Mas o que é pulp?

É o nome dado ao papel de baixa qualidade e amarelado das revistas que traziam narrativas sobre ficção científica, fantasia, sobrenatural e outros assuntos no começo dos anos 1900, onde se tornaram populares e expressivas, principalmente nos EUA. E devido ao papel, as revistas foram batizadas junto com a cultura e literatura, tudo pulp!

Dando asas à imaginação, as revistas pulp, trouxe alienígenas e viagens espaciais, aventureiros destemidos e robôs, sem contar com as teorias que foram abordadas na época sobre o futuro da humanidade. Além de tudo, a literatura pulp, também trazia fantasia, histórias de investigações, ação e romances, tudo voltado para o entretenimento.

Igor Moreno e a Redbox Editora acertaram em cheio em trazer esse clima, que tem tudo a ver com RPG, para Space Dragon. Nele você pode reviver aventuras intergalácticas fazendo o papel de heróis para salvar a humanidade dos alienígenas ou ser um deles, claro. E a exemplo das aventuras medievais onde salvamos donzelas em perigo e encaramos dragões, na literatura pulp e no Space Dragon salvamos o mundo, sempre! Algo quer destruir a terra, escravizar a raça humana e dominar a galáxia, mas nós não deixaremos e é o nosso dever tornar os desejos dos vilões mais difíceis!

Já estamos vivendo essas aventuras com Space Dragon, às vezes loucas, mas divertidas. Espero que curtam e futuramente falaremos mais sobre itens, raças alienígenas e tudo que cerca o pulp e o Space Dragon.

Cuidado com os homenzinhos verdes e bons dados!


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Nova Magia para Old Dragon: Praga de Sapos

Jogador: De repente vapores exalam das minhas mãos tomando forma de sapo e destruindo todos os inimigos!

#vidademestreedificil

“A usina de crueldade que é a mente insana da Rainha Aranha Lolth não para um segundo e a doutrina contra os seres da superfície continua… E é isso Mestres do Universo, continuo compartilhando mais da minha campanha de Old Dragon no Underdark de Forgotten Relms e com elementos do game Diablo 3. E já que os jogadores pediram, não tive outra saída a não ser mandar a Praga de Sapos!”

Praga de sapos
Arcana 5
Alcance: Raio de 10 metros + 3 metros/nível
Duração: Instantânea
O mago conjura 1d4 sapos gasosos das mãos. Os sapos causam 1d6 de dano +1 de dano por nível.

Cuidado e bons dados!


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Dentro da Dungeon #24 – RPG para as minhas crianças

Jogador/filho: papai, eu tenho uma espada!
Mestre/pai: certo filho…
Jogador/filho: papai, eu tenho uma espada!
Mestre/pai: está certo filho!
Jogador/filho: papai, eu tenho uma espada!

#vidademestreedificil

“Salve aventureiros! E como aqui nos Charcos Elevados a profissão de mercenário não é bem vista e ultimamente poucos tem tido a coragem de se aventurar, tive que apelar para o meu Carisma e orar por boas rolagens para encontrar novos jogadores e não tive que ir muito longe, eles estavam em minha casa!”

Os corajosos que me acompanham no twitter e no facebook sabem que tenho dois filhos, para ser mais preciso, um casal. E com essa escassez… Não, escassez não. E com esses desencontros da vida, devido ao trabalho e outras obrigações, tem sido complicado reunir os Dragões Púrpura e Rastejantes para a jogatina, então resolvi jogar com meus filhos.

Certo que não é aquele jogo emocionante, tenso e tudo mais, mas é divertido, sempre rende boas gargalhadas e é isso que importa. Além das dificuldades, outro motivo que me levou a jogar com eles, foi o fato de serem hiperativos, eles não param um minuto, nem dormindo! Ah, e minhas costas estavam precisando de um descanso, não é fácil carregar os dois de uma só vez brincando de cavalinho…

Outros motivos

Além dos motivos citados acima, outro bom motivo que nos levou ao jogo foi uma consulta à pediatra onde foi constatada por ela, pois já sabíamos, uma pequena dificuldade na dicção do meu filho Pedro (4 anos) em unir o “B” e o “R”, “branco” por exemplo, exige muito dele para pronunciar. A pediatra nos sugeriu um exercício fácil para praticar em casa. Ela nos ensinou pequenos exercícios para acostumá-lo e aos poucos diminuir essa dificuldade. Então eu pensei: vamos exercitar com RPG.

Hora de Aventura!


Imagem de Jason Chan

Nada de sistemas, eles só têm quatro e dois anos, então essa parada não rola. Peguei os dados e os bonequinhos, como Pedro chama as minis, e começamos a jogar.

Com uma aventura básica, ela consistia em uma entrega que os dois deveriam fazer. Eles deveriam entregar a tiara forjada pelo Sr. Ferreiro para a princesa usar em seu casamento. Porém no caminho, uma criaturinha verde (goblin) tentaria atrapalhar o casamento.

Claro que Pedro por ter o dobro da idade saiu na frente, tomou as ações e era sempre seguido por Pietra, hora afirmando com a cabeça, hora com o polegar. Deixei bem claro que eles deveriam entregar a tiara apenas à princesa e não nas mãos de outra pessoa. Com o goblin tentei negociar a tiara com algumas comidas gostosas e até funcionou, mas quando disse que eram apenas no jogo eles logo desistiram, após duas horas com a sessão terminada Pietra ainda pedia pelo chocolate… Propus outras trocas através dos guardas da cidade e até mesmo com o pai da noiva, mas não funcionou.

Não coloquei combates, apesar de Pedro insistir com a espada por presenciar os jogos do nosso grupos Preferi não experimentar isso por enquanto. Ele perguntou pelo Rei Gelado (Hora de Aventura) e Pietra pediu para ligar a televisão quando eu disse que havíamos terminado o jogo.

Bem, essa foi a primeira sessão do nosso jogo, vou relatar à pediatra e ainda é muito cedo para diagnosticar uma melhora, mas vou usar o nosso jogo para ajudar na dificuldade e também como desculpa para se divertir.

Espero que tenham curtido o relato e bons dados!


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Nem tudo que reluz é ouro

Mestre: Vocês entram na estalagem…
Mago: Vou detectar magia!
Paladino: Já estou usando detectar o mal! Tem alguém maligno?
Ladino: Tem alguém dando mole com a bolsa de dinheiro?!
Mestre:…

Olá, aventureiros destas paragens! Lendo o texto Lei e Ordem – Crimes e Castigos, do Thiagocroft, acabei lembrando uma prática que era comum na minha mesa e que solução eu encontrei para enfrentá-la. Não sei se é realmente comum, ou eu sou muito azarado, mas eu percebo que muito jogadores sempre querem usar as habilidades de seus personagens a todo o momento e, muitas vezes, sem justificativa condizente. Para mim, aquela máxima de poderes e responsabilidade é corretíssima, aplicando-a para personagens de quaisquer tendências. Afinal, na vida real, você NÃO vê um policial andar de arma em punho e com o dedo no gatilho 24h por dia.

Em D&D, para usar um poder como Detectar o Mal, basta o jogador declarar o uso. Não é necessária nenhuma rolagem para confirmar o acerto, nem o quanto a habilidade é efetiva. Acho que só por isso, ela já é um pouco desbalanceada e combinada com o uso inadvertido… Por isso, decidi que os jogadores deveriam respeitar o poder. Como não gosto de simplesmente vetar alguma coisa no jogo, escolhi uma forma de balanceamento que trouxesse mais elementos narrativos.

Huahauhauahua (risada de mestre maligno)

Quando você olha para o Abismo, ele olha de volta para você

Voltando ao caso do Paladino, pois experimentei essa solução no último jogo que mestrei. Como no grupo havia dois guerreiros santos, escolhi um deles e fiz o seguinte: cada vez que ele tentava detectar a maldade, aquela mácula ficava presa à visão dele. Como quando alguém olha para o Sol e a sua vista fica manchada. Essa mudança na apresentação do poder gerou uma série de interpretações interessantes, ele não sabia se a fé dele estava fraquejando, se estava ficando louco ou se tinha sido corrompido, por isso, não contava nada para o seu companheiro.

É fato que nem todos os jogadores vão gostar dessa abordagem, principalmente aqueles apegados ao que é descrito nos livros de regra. Então, o mestre também pode utilizar essa ideia para benefício dos personagens. No mesmo exemplo anterior, dei algumas dicas do enredo através dessa visão maculada do jogador. Você também pode expandir essa abordagem para habilidades de percepção física, ou, por exemplo, para Detectar Magia, fazendo o usuário enxergar cada vez mais a magia que pulsa em todas as coisas, confundindo-o e até fazendo-o compreender um pouco mais dos nuances dessa força.

Como eu sei que o jogador daquele paladino irá ler esse artigo, também já criei uma explicação de background. Afinal, devo voltar a esse jogo em breve!

De novo, Presto?!

Síndrome de Presto

Já vou avisando que esse conceito eu nunca coloquei em prática em jogo, mas considero que vale a pena compartilhar com vocês. É visível que alguns conjuradores adoram utilizar uma ou duas magias apenas do seu repertório mágico. Como mestre, eu odeio quando os jogadores aderem à apenas uma linha de ação para resolver as situações: o combate. Então, vivo gerando situações em que somente poder não poderá ajudá-los. Ainda assim, alguns insistem, principalmente os conjuradores. Pode parecer meio estranho, mas eu vejo muito disso por ai.

Por isso, quando eu noto que um mago só sabe conjurar Bola de Fogo para atacar os adversários, sinto vontade utilizar o conceito de magia selvagem! Basta você entender que a magia não precisa ser uma força que pode ser simplesmente dominada, como o eletromagnetismo ou a gravidade. Ela pode ter personalidade, e uma personalidade muito forte. Voltando ao personagem, aquela Bola de Fogo que ele inadvertidamente sempre utiliza, pode fluir sem que tenha sido usada. Imagine a seguinte cena:

O grupo todo está reunido numa clareira banhada pela tênue luz da Lua. Após sobreviverem à emboscada dos orcs, muito sobrou além dos ferimentos, da fome e do cansaço, os ânimos estão exaltados enquanto o guerreiro e o ladino acusam o paladino de ter sido ingênuo e apressado. Verdades e mágoas são cuspidas para todos os lados e o mago fica quieto olhando para a fogueira fictícia que ele desejaria acender. Toda aquela discussão está deixando-o mais e mais nervoso, ele pode sentir o calor do fogo em sua pele e o frio não é mais um problema. Quando os outros percebem o calor, ele já esta brilhando como uma chama real. Ele corre para longe dos outros, sabendo que há algo de muito errado está acontecendo. Simplesmente, precisa deixar a energia flui, e ele conhece muito bem aquela energia. Quando se prepara para gritar, apenas um som é ouvido.

Alguns quilômetros ao sul, os orcs já haviam perdido a trilha quando escutam aquela explosão e vêem o clarão distante. Então, a caçada recomeça!

Você pode decidir usar essas idéias indiscriminadamente ou não, mas eu sugiro que antes de qualquer coisa, avalie o impacto que essa decisão vai trazer para a sua história. Afinal, você está ali para contá-la junto com seus jogadores, não para derrotá-los. Se você tiver outra solução ou se já experimentou algo parecido na sua mesa, sinta-se a vontade para falar mais nos Comentários.


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