Dragões Arquivo

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“Os Biscoitos da Sorte Abençoados de Tamu-ra”

Que levante a mão aquele que nunca leu “Holy Avenger“, nunca pegou numa das antigas aventuras da Dragão Brasil falando sobre templos de homens-serpente, labirintos de guerreiros minotauros ou ameaças de exércitos globinóides e ainda aquele que nunca sonhou empunhar Rhumnam, a sagrada espada do avatar do deus da Justiça…

Ok, agora abaixe a mão… Você está atraindo a vergonha sobre si…

Brincadeiras a parte, você gostando ou não, não pode negar a importância do famoso cenário de campanha Tormenta para o RPG no brasil.

Como pude compartilhar no meu primeiro post no blog (que por sinal já pede uma parte 2), meu primeiro contato com o RPG foi em um livro-jogo, mas a compreensão do potencial desta coisa maravilhosa só veio mesmo com a DB 50.

Eis que recentemente em um súbito ataque de oportunidade, a paixão por este cenário voltou com tudo, e estou amando as novidades do TormentaRPG.

Chorei, chorei e consegui que meu querido mestre Antunes (@Old_Paladin) iniciasse uma campanha no cenário, e consegui ainda que eu pudesse testar um antigo sonho: Jogar com um Dragão!

Calma, peraí, não começarei com todos os poderes, mas evoluirei aos poucos, conforme avanço de nível. Um trabalho primoroso de criação de um talentoso RPGista, confira:

Fórum Jambô: Raça/Classe Krestlar para TormentaRPG

Encontrei este excelente material enquanto fuçava no fórum da Jambô, e deixo aqui para vocês o background de Hideaki Shirou (significado: Brilho Esplêndido da Pureza), um dragão do vácuo tamuriano que vivia a eternidade em Sora (plano celestial de Lin-Wu) mas veio a Arton por amor a seu Nobre Senhor Imperador Dragão.

O mestre adorou o background, então incentivado por ele, está aí a lenda da origem dos “Biscoitos da Sorte Abençoados de Tamu-ra“.

 

- Papai, você trouxe, você trouxe?
-Sim, meu pequeno guerreiro… Assim como você sempre deseja, eu trouxe…
-Obaaa!  Obaaa!  Papai, esta é a melhor parte do meu dia, quando o senhor volta de suas obrigações…
- Fico feliz em ouvir isso… E mais feliz ainda pelo fato de você gostar tanto especialmente disto. Diga-me, já lhe contei a lenda sobre a origem dos famosos “Biscoitos da Sorte Abençoados de Tamu-ra”?

 

O clima estava ameno ali. Sempre era naquela época do ano. E as pétalas rosadas das flores brilhantes dançavam ao vento. Elas sempre dançam nesta época do ano.
Sora, o Plano Divino do Imperador Dragão Lin-Wu era o espelho perfeito de sua divindade: Beleza, Perfeição e Equilíbrio.

Mas aquele não era um dia comum, ao menos para um de seus habitantes. Seu nome fora perdido no tempo por aqueles que poderiam lembrar, e às vezes até mesmo entre alguns dos habitantes da Fortaleza Takayama, um colossal palácio onde seu topo investia contra as nuvens e singrava o céu.
Ele vivia, assim como os outros habitantes, simplesmente para servir ao Imperador Dragão e não era uma criatura comum, mas sim um imponente e poderoso Dragão do Vácuo, a semelhança de seu próprio mestre.

No entanto, seu status não era tão alto quanto poderia ser, e na verdade isto não importava muito, tanto para ele quanto para qualquer outro, pois servir ao Senhor era a única coisa que era importante. E no fim, mesmo nas mais baixas castas, mesmo a espera durando milhares de anos, chegaria o dia que um dos servos poderia realizar a cerimônia do chá frente ao próprio Lin-Wu. Apesar das noções de tempo e espaço serem totalmente diferentes do plano material, de tempos em tempos Lin-Wu separava um leal servo e passaria uma tarde agradável em sua companhia, e o serviria em respeito e reconhecimento a seu valor.

E aquele era o dia dele, e ele se aprontou o melhor que pôde, e quando foi convocado à presença do Imperador, pôs-se a contemplá-lo com todo o seu poder, beleza, honra e perfeição.
Mas uma coisa especial estava reservada para aquele dia. Nada escapa aos aguçados sentidos de uma divindade, e exatamente naquele momento, em paralelo à cerimônia do chá com seu servo, Lin-Wu percebeu que algo importante demais estava acontecendo.

Longe dali, em Arton uma comitiva chegava a seu destino, após muitos e muitos quilômetros de viagem.
Alec Danaghar, Embaixador Real d’O Reinado chegava com a primeira comitiva (mais parecendo uma missão) à ilha de Tamu-ra. Era o primeiro contato com aqueles estranhos humanos que viviam na outra parte do continente.
Lin-Wu sabia e compreendia a importância daquele momento, e subitamente então, todos os seus servos celestiais também sabiam, porque ele quis assim. Foi ali que seu servo, a sua frente, soube que possivelmente sempre estaria na memória de seu Senhor, por motivo de estar presente em um momento tão importante.

Mas inesperadamente uma coisa aconteceu. Alec Danaghar se apaixonou. Apaixonou-se por Tamu-ra, sua cultura, seus costumes, seu povo, seu deus. Passou ali três semanas inteiras tecendo seus relatórios para seu rei, e neles, descreveu-os com tanta admiração e paixão que tocou até mesmo o próprio Imperador Dragão Lin-Wu.

Rapidamente era à tarde anterior ao dia da partida de Alec, mas em Sora, servo e senhor ainda contemplavam tal amor e admiração. E tristeza.

Alec não queria ir embora, e havia também contagiado seus conterrâneos. O Imperador de Jade de Tamu-ra também percebeu a aflição no rosto daquele gaijin que aprendeu a respeitar. E então, do fundo de seu coração, agradeceu a Lin-Wu por existir Honra, Amor e Devoção nas terras além mar.

O servo celestial olhou para seu Imperador Dragão. E então contemplou Arton novamente naquela que era a última noite em conjunto de pessoas que aprenderam a se respeitar e a se honrar. Tomou uma decisão.

O leal Dragão do Vácuo pediu a seu Senhor Dragão que de alguma maneira o permitisse servir a ele proporcionando ao jovem Alec a percepção verdadeira de que mesmo fora de Tamu-ra aquele povo, todo o seu modo de vida e o próprio Lin-Wu ainda estariam com ele.

Tal pedido agradou Lin-Wu. Agradou de tal forma que mesmo sabendo que não possuía poder fora de Tamu-ra, foi até o reino de Wynna, a deusa da magia e com ela forjou um trato, onde através de seu poder, permitiria de alguma forma manter sua proteção a Alec.

Wynna por sua vez, analisou a situação e se compadeceu, e viu ali uma boa oportunidade de criar algo inteiramente novo através da Magia, e mesmo sabendo que não poderia ir contra este impulso criativo que a tomava por completo e a definia (o que por conseqüência denotava que Lin-Wu a estava manipulando em favor próprio) testou o servo do Imperador Dragão.

Disse a ele que poderia sim proporcionar tal acontecimento, se ele estivesse disposto a abdicar de tudo, em favor de servir ao seu Senhor, pois ela deveria usar no processo toda a centelha celestial de vida que residia nele.

Prontamente, o servo ajoelhou-se, e com rosto em terra, entregou-se ao seu destino, fosse ele qual fosse.

Ele mesmo não viu, mas a sempre alegre e exuberante Wynna olhou para Lin-Wu com uma solitária e teimosa lágrima em seu rosto inesquecível, emocionada frente a tanta e dedicação, sabendo que dificilmente receberia tal lealdade da maioria de seus adoradores (ela mesma uma caótica divindade).

Ajoelhado ali, ele ouviu a sentença definitiva de seu futuro:

- Por tua Honra e Lealdade, servirás ao teu propósito entre os mortais, e serás tu mesmo um mortal. Mas pelo amor que demonstrou, terás em ti a capacidade de retornar ao teu status atual, liberando em ti a herança maior do poderoso Lin-Wu, assim como meu supremo dom, a prodigiosa Magia.

- Serás daqui por diante e para sempre guardião da família Danaghar, sua descendência e posteridade. Encerrarás em ti eternamente as bênçãos de Lin-Wu e o reconhecimento de Wynna.

 

De repente tudo escureceu, e de alguma forma o servo fiel sabia que não possuía mais seu serpenteante corpo, patas ou até mesmo suas presas. Era em si mesmo só consciência, mas em si carregava as sementes de duas divindades.

Contemplou-se caindo eternamente por nuvens douradas de um avançado entardecer tamuriano, viu os fogos das festividades, e as luzes das casas, e contemplou um grande palácio, e então atravessou telhados e paredes, e móveis e pessoas, e caiu…   Em uma mesa de cozinha, cheia de massas de bolos e biscoitos.

Naquela noite, o imperador tamuriano fez um respeitável discurso, ausente de emoção como um bom tamuriano, mas assim mesmo inflado de admiração. Todos sentiram o clima de amizade verdadeira enquanto ele declarava abertas as portas para novas comitivas, e declarava também missões diplomáticas e acordos futuros a serem feitos com Deheon.

Como sinal de uma derradeira honra, ordenou que trouxessem os alimentos, e que Alec Danaghar fosse o primeiro a ser servido, o que por si só já seria uma quebra incomum do protocolo tamuriano.

Alec sabia que não conseguiria se alimentar, mas decidiu que seria ruim se não o fizesse. Hesitantemente declarou a todos que gostaria de nunca partir, mas havia sua família para rever e seus deveres para cumprir, mas gostaria que pudesse levar consigo um pedaço de Tamu-ra.

Olhou para a mesa e o formato encravado na superfície de um biscoito chamou sua atenção. Nele, estava incrustada uma forma de dragão prateada semelhante ao seu recém descoberto Lin-Wu, e nenhum outro biscoito possuía aquele entalhe.

Ao pegá-lo, quebrou um pedaço e descobriu que aquele entalhe na verdade era um medalhão com as seguintes palavras entalhadas no seu verso: “Todas as Proteções ao que é Honrado

 

Ninguém havia colocado aquele medalhão ali. Pois tentaram em vão por horas descobrir sua origem. O caso se tornou famoso, pois o imperador deu aquele medalhão de prata de presente para o gaijin, e declarou que agora, inegavelmente uma parte de Tamu-ra iria acompanhá-lo.

No dia seguinte, um sacerdote abençoou a partida da missão diplomática e contou a Alec que sonhou que aquele amuleto possuía a força de Lin-Wu, e que quando precisasse de proteção, orasse com fervor olhando em direção a ele que assim seria respondido.

Com o passar do tempo, os biscoitos se tornaram uma tradição, e as palavras entalhadas se tornaram pequenos bilhetes colocados em seu interior.

Mas em qualquer lugar que alguém comesse um “Biscoito da Sorte Abençoado”, saberia que Lin-Wu está sempre disposto a reconhecer a honra de qualquer um que a possua.

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Alec Danaghar se tornou o primeiro devoto de Lin-Wu fora de Tamu-ra, e com o passar do tempo seu fervor se espalhou por sua família. Os acordos com Tamu-ra foram estabelecidos e fortalecidos, e depois de anos, uma pequena comunidade se estabeleceu dentro do Reinado, mais especificamente em Valkaria.

O próprio Alec nunca voltou a Tamu-ra, mas aquele item de inestimável valor sentimental e religioso sempre ocupou posição de destaque em sua família, e admiração de seus vizinhos, amigos e familiares. Ao passar dos anos, Lin-Wu começou a ser venerado também em Deheon (mesmo que pouco influente) e a família Danaghar se tornou próspera e poderosa dentro da aristocracia do reinado.

Todos os Danaghar sabiam que o medalhão “sagrado” de seu antepassado não era um item mundano e comum, mas ninguém sabia realmente o que ele fazia. Até recentemente.

 

Alethus Danaghar é o atual patriarca, e segue fielmente o código de conduta da família, que é por conseqüência os preceitos de Lin-Wu. Suas relações com Nitamu-ra são estreitas e fortes, e ele é um dos poucos que gozavam de relativa abertura nos momentos antes da libertação de Tamu-ra da área de Tormenta que lá havia, e agora ele possui ainda mais contatos.

O problema é que há três anos sua filha Eliana foi prometida a um duque de um reino vizinho, e viajou para se encontrar com seu futuro senhor e marido, para passar uma temporada com seus futuros familiares. No meio da viagem, desapareceu sem deixar rastros, deixando como pista apenas uma palavra escrita com sangue na empoeirada estrada de terra batida por um de seus muitos guardas moribundos: Enclave Herege.

Depois de dois anos lutando para descobrir o paradeiro de sua filha, com dor e sofrimento, gastando somas incontáveis de dinheiro com mercenários, investigadores e aventureiros, Alethus desistiu de acreditar que Eliana pudesse estar viva. Mas mesmo assim, queria vingança.

Uma noite, seu ex-futuro genro veio visitá-lo, como costumava fazer, para compartilhar de suas lamentações e saber as últimas notícias sobre sua amada desaparecida.
Em uma conversa bem tardia frente à lareira em uma noite friorenta, ele contemplou o altar bem alto incrustado na parede onde residia o antigo amuleto sagrado da família Danaghar.

Após uma breve explicação sobre sua origem, Alethus ia se retirando com lágrimas nos olhos quando subitamente ouviu as seguintes palavras saírem da boca de seu convidado:

 - Não sei se você pode me ouvir… À bem da verdade, não o conheço muito bem. Mas se você está me ouvindo, ó Nobre Dragão de Tamu-ra, traga minha amada Eliana de volta, ou despeje desolação e destruição sobre seus algozes em nome de sua HONRA e em JUSTIÇA.

 

Um estrondo enorme se seguiu, e luzes brilhantes misturadas as mais densas trevas saltaram violentamente do medalhão, acompanhadas do mais alto e aterrorizante rugido que qualquer um naquela mansão jamais havia presenciado em seu mais perturbador pesadelo, mas ao invés de pavor e desespero, aqueles que ali residiam sentiram fulgir esperança e poder dentro de si.

Alethus pensou que talvez aquela figura serpenteante que trespassava aquele pequeno item e se tornava um dragão alongado e poderoso pudesse ser o próprio Lin-Wu, mas assim que terminou de sair seja lá de onde estivesse saindo, sua voz trovejante se identificou como “O” protetor dos Danaghar, servo fiel do Imperador Dragão Lin-Wu, e responsável eternamente por descobrir o paradeiro de Eliana Danaghar.

Contou a eles que há séculos estava encerrado dentro do medalhão, e repousava adormecido enquanto sua existência ali irradiava Sorte (Wynna) e Proteção (Lin-Wu) para os Danaghar enquanto fossem fiéis aos preceitos de Lin-Wu.

Estava adormecido até o momento do sequestro, dois anos antes, quando despertou e não pôde cumprir seu dever, pois era necessário assim como foi dito a Alec Danaghar que “quando algum Danaghar estivesse em necessidade de proteção ou auxílio, alguém orasse com fervor olhando em direção ao amuleto que assim seria respondido…

Agora ele estava livre, e iria seguir seu destino: Cumprir seu dever.
Recusou terminantemente o auxílio de Alethus e do jovem prometido de Eliana, e mesmo enfraquecido partiu em busca de informações sobre o Enclave Herege.

Passou o último ano em sua busca, e no início estava apenas em sua forma dracônica, mas muito enfraquecido e diminuto. Foi perseguido, tratado com espanto e admiração, e alguns magos estudiosos até o consideraram um raro espécime a ser estudado.

Evoluiu, adquiriu poder, se tornou influente e aprendeu que o mundo mudou nestes séculos. Descobriu coisas sobre sua raça, que era agora um Krestlar, uma raça dracônica que nascia muito mais fraca que os dragões normais, mas poderia evoluir muito mais rápido que seus iguais. Por isso, agradeceu a Wynna, de coração. Com o passar do tempo, começou a fazer muito isso. Tanto que passou um bom tempo tentando reunir informações em templos da deusa pelo Reinado, tendo contato com seus clérigos.

Lin-Wu é seu Eterno Senhor, mas ele não poderia servi-lo fielmente da forma que queria se não fosse Wynna. Ela acabou proporcionando que a fé de Lin-Wu se espalhasse de Tamu-ra até Deheon e por todo Arton.

Possivelmente por causa disto que o Imperador Takametsu pôde transferir uma parte da corte real e alguns sobreviventes de Tamu-ra para o que depois veio a ser Nitamu-ra quando a Tormenta atacou.

E ele foi à ferramenta para que a fé se espalhasse.

Entendeu que servi-la não iria interferir sua adoração pelo seu Daymio Celestial, e se tornou também devoto dela. Depois de um tempo e algumas aventuras, adquiriu poder para se metamorfosear em uma criatura menos chamativa, e descobriu que a sua forma alternativa era um Qareen, um descendente de gênios nativos do plano de Wynna.

Mesmo ali, depois de tanto tempo ela ainda o ajudava a cumprir seu dever. A raça de sua forma alternativa era um sinal de Wynna, que agora também era parte de sua essência. Ele por si só exalava magia. E também exalava honra.

Adotou o nome de Hideoki Shirou, que em tamuriano arcaico quer dizer “Brilho Esplêndido da Pureza”, uma alusão a Lin-Wu e seu aspecto dracônico do Vácuo, simbolizando a união entre o positivo e o negativo, o Equilíbrio Eterno.

Assim, desbrava seu destino em busca de cumprir seu dever, honrando a seu Senhor decretando o equilíbrio em Arton e honrando também à deusa da Magia, expressando a ela aquela devoção e lealdade de um modo que ela nunca esperaria de um fiel, mas mesmo assim que tem um sabor tão agradável.

E é claro, trazendo a fúria ancestral de duas divindades sobre uma suposta organização secreta que ousou atravessar seu caminho.

Créditos de Imagem:

01  garun ( http://bit.ly/PiysSp )
02  PepperComics ( http://bit.ly/RDFqxs )
03  6nailbomb9 ( http://bit.ly/RNTXex )
04  foowahu-etsy ( http://bit.ly/Piz0HZ )
05  akyra ( http://bit.ly/U4FaJS )
06  yuumei ( http://bit.ly/OltXrJ )
07  yuumei ( http://bit.ly/RDETLY )
08  VampirePrincess007 ( http://bit.ly/RxvjQs )


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Dragões em World of Darkness – Plots


Como nos posts anteriores da séria Dragões Em World of Darkness (aqui e aqui) minha proposta foi baseada principalmente no livro Mago: A Ascensão (3ª edição), mas em vez de propor estrutura de plots foi postar um plot que eu já narrei e foi muito divertidos segundos os jogadores na mesa.

As crônicas do ciclo dos tempos

Esta história se passa em uma pequena cidade e todo o enredo principal, que pode ser permeado por dezenas de enredos paralelos associados a quaisquer criaturas, portanto pode ser uma crônica crossover onde criaturas que tenha conexão com o mundo espiritual (até mesmo Vampiros, se aptos) participarão, privilegia o cenário de Mago.
A muito tempo um Dragão muito antigo teve que abandonar a realidade por causa do paradoxo, mas antes dele se refugiar na umbra ele criou um artefato que tinha o poder de neutralizar o temporariamente o paradoxo e é um artefato ao qual ele não quer abrir mão…
O grupo(s) se envolve na trama ao encontrando o artefato e sendo responsável pela destruição da ferramenta. Enquanto os jogadores estiverem com o artefato eles tem uma parada de 5 dados para rebater encantos de espíritos e 8 dados contra o espírito do paradoxo da esfera tempo, pois o artefato foi especialmente feito na forma de um relógio para rebater esse espírito. A história se passa com o Dragão puxando a cidade inteira para seu reino na Umbra Profunda (a crônica se passa entra a década de 50 e 80, onde a realidade era levemente mais flexível) e os jogadores devem residir na cidade ou terem alguma ligação com ela para a cônica ser interessante.

Nada acontece rápido envolvendo um efeito tão complexo, então a história se desenrola por alguns meses antes do efeito estar completo. E os jogadores serão “acessados” por várias criaturas diferentes nesse prazo de tempo, tanto pacificamente como agressivamente. Espíritos tentarão entrar em contato, pois o mundo das sombras (Umbra Rasa) pode ser irrevogavelmente danificada com o efeito e eles “sentem” o que está para acontecer e até mesmo espíritos elementais mais focados (como terra, arranhas padrão e água) podem entrar caso a crônica envolva lobisomens. Os magos sentirão um grande efeito envolvendo a cidade inteira ligada a esfera tempo, mas é algo complexo até para mestres… Então eles terão dificuldade em interpretar o que está havendo.
O efeito é baseado em tempo, porque o Dragão Umbral quer puxar o que aconteceu no passado, então existem 2 linhas de história paralelas. Um antes de o artefato ser destruído e outra após ele ser destruído. A crônica pode se tornar bem complexa tendo isso em mente, ou pode ser simplificada para simplesmente impedir o feito de acontecer. Os espíritos e elementais que tentaram acessar os jogadores, os alertam da existência de um “Guardião” que será responsável pelo “Fim do Ciclo do Tempo”. Esse guardião é um dos jogadores e ele assumirá o papel de “Guardião” quando o efeito se completar, nesse instante o espírito do Paradoxo do Tempo se manifestará e dialogará com os jogadores, mas esse será um raro caso em que os jogadores estão de igual para igual com ele. E ele tentará explicar ao jogadores os danos que estão prestes a serem causados e ao mesmo tempo o Dragão usará um encanto para se manifestar como uma bela jovem mulher explicando que o espírito do tempo está tentando “tomar” o artefato que por direito é dos jogadores e ele (o portador do artefato) tem o direito de ficar com ele, pois ele é o Guardião.

O desfecho da história pode ser bem variado, mas em todas as hipóteses as hipóteses dos jogadores sobreviverem é alta e para dar um toque a mais, um laboratório com um HIT pode ter sido instalado na cidade… Mas em ambos os casos o artefato será tragado da realidade, seja pelo espírito do Paradoxo do Tempo (aos jogadores concordarem com ele) ou pelo Dragão (caso os jogadores sejam gananciosos).

No caso da mesa que eu narrei o final foi o seguinte: O grupo adentrou na Umbra em busca de um espírito ancestral, eles haviam recebido um enigma de como encontra-lo. Após alguns desencontros, eles encontraram um espírito Esfinge, que propôs um enigma ou a vida de todos. O grupo estava perdido e a magia estava causando vários danos à cidade, além de todos os despertos terem encontrado um motivo racional para sair da cidade, então no desespero aceitaram, mas tinham uma carta na manga… e conseguiram fugir com o enigma sem ter que desvendá-lo na frente do grande e poderoso espírito. Quando já estavam para abandonar seus nodos e a capela do grupo, um sábio Shaman (um dos jogadores) desvendou o mistério e quando foram falar com o Espírito do Paradoxo o ajudaram de bom grado. Fim! :)

É isso, estou aberto a sugestões!


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Skylanders

Game que mistura miniaturas, rpg e game de ação da Blizzard está indisponível antes do natal. O anuncio foi feito pelo presidente executivo da Activision Blizzard, Bobby Kotick.

Essa notícia chegou no mesmo momento que a blizzard perdeu 800 mil assinantes. Será que vai rolar alguma reviravolta no mercado financeiro envolvendo a empresa novamente?

Economia a parte, o game Skylanders traz como personagem principal um dragãozinho bem conhecido, que fez muito sucesso em games de plataforma: Spyro. O carismático e heróico dragão se junta a uma galera bem diversificada, com criaturas dos mais diversos tipos e com as mais diversas habilidades. Skylanders é uma boa promessa para a nova geração de gamers que vem ai.

Referência G1.

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Dragões em World of Darkness – Ficha

Como seria a ficha de uma dragão de WoD?

Bom, aqui não existe muito parâmetro, mas lembra da parada de dados que representava o arete? Então… o valor que você escolher ali é o valor máximo para Atributos e o valor máximo para Habilidades eu recomendo manter em 5 (pois existem descrições detalhadas para os nível de 1 a 5). Para atributos vamos considerar que o atributo primário tenha o dobro da “Parada de Poder” do dragão, que o atributo secundário tenha uma vez e meia(1,5) a “Parada de Poder” e o atributo terciário é igual a “Parada de Poder” do dragão. Já para habilidades proponho para primário, secundário e terciário respeticitvamente “Parada de Poder”, vezes 10, vezes 5 e vezes 2.

Vamos fazer uma ficha de exemplo, um dragão no estilo do da mitologia europeia:

Iamarokshift é um dragão com pouca influencia espiritual que construiu um reino chamado Ignos nos Reinos do Horizonte (também chamados de Umbra Média) e instituiu que essa realidade seria baseada em milhares de quilometros de vulcões ativos e magma fluindo por toda parte. Iamarokshift se afastou da realidade e criou Ignos na época que os primeiros filhos de Caim andavam pela Terra e caiu em um profundo sono desde aquela época. Hoje ele ainda repousa em uma montanha gigantesca repleta das mais preciosas jóias já imaginadas com sua couraça vermelha como magma, com garras e presas escondidas ele sonha com chamas e seus sonhos tomam forma a sua volta em seu mundo.

Parada de poder: 11

Atributos:
Físicos (22 pontos), Sociais (11 pontos) e Mentais (16 pontos)
Habilidades:
Talentos (55 pontos), Perícias (22) e Conhecimentos (110)
Antecedentes:
Sinta-se livre para botar qualquer um de QUALQUER livro. Preferência para contatos, aliados e antecedentes sobrenaturais.

Força de Vontade: 11 (igual a Parada de Poder)

Vantagens e Desvantagens: Novamente não existe um critério claro de limite, alem do bom senso, mas considere Vontade de Ferro, qualquer outra relaciona a resistência e a ligação com o sobrenatural. Considere também as que aumentam a Vitalidade para pelo menos uns 15 pontos (em vez dos 7 níveis normais). E desvantagens ligadas a Aparições: O Limbo podem ser bem legais também.

Reservas adicionais de poder como Fúria, Gnose e Quintessencia que aumentam o poder, força e velocidade também poderão ser usadas em proporção a Parada de Poder.

Iamarokshift possui todas as mágikas baseadas no poder destrutivo associado aos vulcões, ele pode lançar chamas que causam dano conforme a tabela de Dano por Forças de Mago: A Ascensão.

por enquanto é isso, no proximo post traremos plots para aventuras e crônicas envolvendo dragões.

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Escala de poder dos dragões em WoD

PARTE I

Qual o melhor crossover para enquadrar dragões?

Existem dois tipos que são mais fáceis de enquadrar: fadas (Changeling: O Sonhar) e mago (Mago: A Ascensão). Mas para esse post vamos utilizar o segundo pois tem um sistema de poderes mais flexível e permite poderes mais épicos se desconsiderarmos o fator limitante do cenário (o paradoxo).

O livro Mago: A Ascensão tem os poderes divididos em 9 Esferas, cada uma responsável por influenciar um grupo de características da realidade e todas juntas representam a construção da própria realidade, metaforicamente falando. Mas existem diversos fatores de intensidade de poder em storyteller como Glamour, Gnose, Arete, Geração e por ai vai. Portanto, qual é o mais indicado ser usado?
Considerando que o dragão que estamos propondo tenha que se enquadrar em qualquer aspecto do World of Darknes, vamos considerar que eles tem o equivalente a Arete e sua parada de dados é de 5 a 20 dados para fazer suas mágicas e isso representa sua Parada de Poder.

Essa parada de dados vai servir para representar o quão poderoso o dragão é. Portanto, se considerarmos que 10 é o poder de um arquimago (tão poderoso que dificilmente haverão mais de 5 no mundo, mesmo se considerarmos os antagonistas de mago, a tecnocracia) e 11 a 19 é o poder um Oráculo. O que seria um ser que possui 20?

Bom, se você como mestre pretende colocar um ser tão poderoso em sua campanha, recomendo que desconsidere esse post e use como parâmetro o post anterior e o próximo apenas.

Qual a aparência de uma dragão em WoD?

No post anterior, Dragões em World of Darkness, discutimos superficialmente sobre dragões, plots e poder. Entretanto uma dúvida ficou no ar: Como eles seriam? Qual a forma deles? Que armas eles possuem?

Um dragão pode ter qualquer aspecto, principalmente se você utilizar o livro dos metamorfos e considerar usar um Mokolé como parâmetro. Os Mokolés são os que mais se aproximam de dragões na realidade de WoD, simplesmente porque eles não tem uma forma, eles sonham com o que eles deveriam ser e assumem essa forma. Isso lembra Changeling: O Sonhar? Muito!

Mas de forma prática, um dragão terá no mínimo garras, presas e um rabo capazes de cortar aço como manteiga e provavelmente terão asas que permitem que eles voem nas mais improváveis condições umbrais. Se o dragão for adulto, considere que seus ataques causam ataque agravado independentemente de seu formato ou material: ossos, aço, etc. No caso de um jovem dragão, considere garras e presas como dano agravado (no mínimo).

Quão forte é um dragão e até onde seus poderes podem chegar?

O Livro dos Jogadores para Vampiro e os demais livros dos jogadores (mais raramente encontrados) têm parâmetros para atributos sobre-humanos e uma maravilhosa lista de habilidades que darão a qualquer mestre um grande leque de possibilidades. Mas quão poderoso um dragão pode realmente ser? O que ele é capaz de fazer?

Para respondermos tais questionamentos, vamos voltar para o início do post e considerarmos que Mago: A Ascensão é a resposta.

Mago é um ser iluminado que com sua mente, infundida por seu avatar (uma parte resultante da criação), pode alterar a realidade. Dragões, se enquadram bem nessa descrição e não consigo imaginar um dragão aprendendo um Dom, Disciplina ou mesmo usando as Bênçãos que as demais criaturas das trevas usam.

Portanto entendo que dragões tem Esferas (lembra os 9 aspectos da realidade? São chamados de 9 Esferas) e nesse ponto sem piadinhas com Dragonball por favor!!!

Ok, qual o fator limitante de esferas que tornam os Magikos seres tão insignificantes? O paradoxo, que nada mais é que a força do que a humanidade acredita que seja o real. Mas lembra no post anterior que falamos que dragões abandonam a realidade? Então eles simplesmente controlam a realidade totalmente onde eles estão.

No proximo post veremos um exemplo de ficha para dragão em World of darkness

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Dragões em World of Darkness

Por algum motivo que ainda pretendo descobrir porque dragões são, dentre todas as criaturas mitológicas, as que mais me fascinam. É alucinante a inebriante espiral de poder, atemporalidade e sabedoria que eles possuem. Tudo isso vestido com uma armadura quase intransponível que encontrou diversas justificativas para ser assim em todas as mitologias.

Dragãos tem forma reptiliana (lembrando largartos) em qualquer mitologia que se pesquise, em várias eles voam e em outras tantas eles cospem fogo, mas esse post não é um tratado sobre mitologia é uma adaptação para o “antigo” World of Darkness para se usar dragões em qualquer um dos subcenários (vampiro, magos, lobisomens, fadas, múmias, aparições e até mesmo quem dirá para anjos e demônios). Mas sem enrolação, vamos partir para o gancho narrativo.

Bom, a primeira pergunta é: Porque não vemos dragões por ai? Na lógica do mundo das trevas é muito simples explicar, basta só você adaptar sua perspectiva. Exemplo, em mago eles são forças míticas puras tão poderosos quanto oráculos e tão antigos quanto a própria umbra. Portanto a coerção da realidade destroçaria se qualquer tentasse sequer sair da umbra profunda. A mesma lógica vale para todos, em fadas eles são pesadelos, em lobisomens são incarnações vivas da wyrm, em aparições entidades devoradoras de alvas, em múmias a própria corrupção do caos e em vampiros… bom tzimisses muito loucos ou use a lógica igual ao lobisomem.

Ok, o que são e como existem, se você for um mestre dedicado, já foi respondido. Caso não seja… bom haverão outros posts em breve. Agora um ponto precisa ser levantado: Dragões são bons ou maus? Não querendo ser maniqueista (mas sendo) eles serão ruins em 95% das ocasiões, mas tudo depende do desejo do mestre. Já criei crônicas onde um ser umbrático (nos moldes da realidade de mago – mesmo sendo um crossover) enviava pequenos servos diretamente de seu próprio reino no horizonte para ajudar os jogadores.

O segredo é imaginar a sabedoria, entender que milhares de anos trazem técnicas, macetes e medidas que o próprio mestre não pode sequer imaginar. Por isso tenha sempre em mente: “eu não previ isso, mas um dragão preveria”. Outra dica crucial, se for pensar em um combate abra mão dos dados, use o que o Storyteller tem de melhor: os atributos são parâmetros de limite condizentes com a realidade, tente só narrar e deixar o combate fluir descritivamente. (caso não queria seguir isso, nos próximos posts teremos uma ficha! muahahahaha)

Só depende da sua criatividade! Próximos posts: Escala de poder dos dragões em World of Darkness, sugestão de ficha para dragões em WoD e Sugestões de plots usando dragões em World of Darkness.

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