Saudações roladores de dados multifacetados!
Hoje venho descrever a minha jornada em um mundo fascinante, sombrio e bem humorado que atende pelo nome de “The Cave”.
A ideia de The Cave teve inicio a mais de 20 anos atrás pelo seu criador Ron Gilbert. Ron é conhecido por seus trabalhos na LucasArt como criador e desenvolvedor de adventure games, tendo títulos famosos na bagagem como Maniac Mansion e Monkey Island. The Cave surgiu através da seguinte metáfora:
“As pessoas tem segredos realmente sombrios, tão quanto uma caverna que é escura e profunda…”
E isto ecoou por anos na mente de Ron Gilbert, ele teve então a ideia de fazer uma caverna atemporal onde o jogador exploraria os mais sombrios segredos escondidos dentro da alma dos personagens e em 2010 quando assumiu uma posição de prestigio dentro da Double Fine Productions conseguiu dar andamento ao projeto.
Mas vamos ao jogo!
The Cave é um Adventure Game em plataforma onde o jogador controla três entre sete personagens para entrar na caverna em busca dos seus mais sombrios desejos. Cada personagem tem um poder especial e uma motivação própria que é bem explorada durante o jogo. E são eles:
The Monk é um monge em busca de iluminação para conseguir derrotar o seu mestre e se tornar o maior de todos, ele consegue trazer objetos para si com o poder da mente.
The Adventurer é uma exploradora em busca de um tesouro perdido e todo o credito pela descoberta dele ela possui um gancho que possibilita o acesso a lugares difíceis.
The Hillbilly é um caipira em busca de vingança pelo desprezo do seu verdadeiro amor, ele tem a capacidade de respirar em baixo da agua por tempo indeterminado.
The Scientist é uma cientista atrás de verba para terminar as suas pesquisas, nem que isso tenha resultados catastróficos, tem a capacidade de hackear computadores.
The Twins são um casal de gêmeos que buscam a liberdade de sua família, seu poder é reproduzir uma forma fantasma de si e conseguir estar em dois lugares ao mesmo tempo.
The Knight é um cavaleiro em busca da espada lendária, seu lugar na corte e conquistar o coração da princesa e o reconhecimento do rei, ele consegue se tornar invulnerável a qualquer tipo de dano, seja ataques ou quedas.
The Time Traveler é uma viajante do tempo descontente com sua vida, ela retorna para o passado a fim de mudar os acontecimentos históricos e conseguir ser prestigiada no futuro, tem a capacidade de se teleportar a curta distancia.
A caverna merece um destaque especial como personagem de fundo, ela é a narradora da historia e sempre esta tecendo comentários bem humorados e não rara às vezes muito maldosos sobre as ações dos personagens. O jogo se passa dentro da própria caverna que é dividida em diversas áreas temáticas, os cenários ricos em detalhes podem variar desde a obvia mina no começo da caverna até um parque de diversões ou uma ilha perdida em um oceano dentro dela mesma!
Cada personagem que compõe o time escolhido possui uma área especial somente acessível quando o mesmo está no grupo. Isso faz o jogador querer concluir o jogo mais de uma vez, para desbloquear as áreas de cada personagem e saber a historia de cada um, que em grande parte é contada durante o jogo. Mesmo as áreas comuns do jogo não se tornam tão repetitivas, pois dependendo do time o jogador é forçado a descobrir outros meios para passar o puzzle e continuar a jornada.
Gráficos, Som e Jogabilidade
Os gráficos do jogo são bem caricatos e bem definidos, o jogo segue a plataforma 2D, onde os personagens se movimentam para os lados explorando o cenário, mas toda a construção de personagens e objetos são em 3D, como alguns jogos atuais. Um ponto alto é a animação do movimento dos personagens, cada um é animado de um jeito a refletir a sua personalidade, o jeito que ele anda e o barulho que ele faz combina muito com o seu estereotipo.
A trilha sonora é muito boa para os padrões do jogo e ajuda a criar a atmosfera sombria, ponto negativo dela é que não rara as vezes ela da uma espécie de bug e simplesmente para de tocar no fundo.
Sobre a Jogabilidade entramos em um ponto delicado, tem altos e baixos. Primeiro de tudo joguei na versão de PC, isso pode ser menos ou mais perceptível em outras plataformas. O ponto alto é que o controle permite que o jogo flua bem, sem comandos complexos e difíceis. Cada personagem pode ser controlado individualmente e posicionado em partes independentes de uma determinada área, alias grande parte dos puzzles são baseados nisso. Ao contrario do que é como em Adventure Games o jogador não possui um inventario, isso força o jogador a pensa que item carregar e com que personagem, deixando mais desafiador algumas partes do jogo.
O ponto ruim é que por diversas vezes o controle é “duro” ocasionando diversas mortes consecutivas (alias, não ha morte dentro da caverna, o personagem simplesmente retorna a um ponto anterior), varias vezes o controle não obedece o pulo realizado ou quando o personagem vai se jogar de uma plataforma e o mesmo automaticamente segura na mesma, evitando a queda.
Existem alguns bug’s sobre a movimentação mais de uma vez meus personagens ficaram presos entre objetos móveis em uma espécie de “looping eterno”, mas nada que ocasionasse muita frustração.
O jogo tem um sistema de Achieviments e alguns deles são desbloqueados somente por combinações especificas de personagens, o que motiva a exploração e mistura de diversos times. Possui um modo multiplayer para até três jogadores simultâneos, pena que este modo não divide a tela e sim força os jogadores a ficar na mesma tela, caso um personagem tenha que se afastar do grupo ( o que acontece com frequência) os outros jogadores vão ser somente observadores pelo resto da ação.
Considerações finais
The Cave é um jogo muito bom, extremamente divertido e gostoso se jogar, mas infelizmente é muito curto. Se você não ficar travado em algum puzzle o jogo pode ser terminado em poucas horas, o que balanceia esse fator é que para terminar o mesmo com todos os personagens é preciso no mínimo terminá-lo 3 vezes, o que pode resultar em um dia inteiro de diversão, claro se você quiser saber de apenas um final do jogo, pois pra cada personagem existe um final “bom” e um “ruim”, mas não no sentido costumeiro em um final pobre e outro rico em detalhes e sim um final “sombrio” e um final de “redenção” para os nosso personagens.
Todos os personagens são carismáticos, não somente os controláveis mas também os NPC’s. O enredo do jogo é incrível e te faz querer concluir a cruzada pessoal de cada personagem. O jogo pode ser comprado pela STEAM e vale muito o custo beneficio, pois pode ser adquirido por apenas R$19,99
De 0 a 10 a minha nota é 7.5, altamente recomendável!
Confiram um trailer do jogo > aqui <
Mas lembre-se aventureiros:
Nem sempre o que mais desejamos é o que é realmente certo para nós.
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