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GdTRPG (GOTrpg) #1: Sobre Casas e Construção de Personagem

GdTRPG (GOTrpg) #1: Sobre Casas e Construção de Personagem

Lannister Archers

 

Bem, como todo mundo (ou não) sabe a Jambô lançou dia 18 passado o aclamado GOT RPG – ou como traduziram: GdTRPG – e como já recebi minha cópia, lá vem as primeiras impressões do sistema.

Deixo claro que o conteúdo desse post é mero achismo e que não entrarei em detalhes sobre a qualidade da tradução – como a grande Metalgeisha já aborda neste post aqui – ou sobre a diagramação do livro, que tá dando um bafafá pela internet a fora. A proposta é falar do SISTEMA.

Farei uma série de postagens sobre o assunto e nessa primeira abordagem falarei sobre o sistema de casas e construção de personagem. A saber:

Sobre o so primeiro assunto do tópico, posso dizer que o GdTRPG traz um “quê” do RPG Narrativo, pois como os jogadores criam a casa em conjunto, há uma grande colaboração entre os jogadores antes mesmo do início do jogo. “Comacim”? Explico: o sistema aconselha que todos os jogadores sirvam o mesmo brasão – que podem ser irmãos ou apenas serviçais da casa – e na sua criação o pessoal da mesa rola os “atributos” dela e em conjunto decidem onde colocar cada dado rolado. Eles também montam a história da casa – com o narrador – e vão anotando sua fundação, eventos notáveis em sua existência e outros contos interessantes.

Não se engane pois o livro tá em preto e branco!

Não se engane pois o livro tá em preto e branco!

O diferencial então é que ao invés do grupo sentar e ficar “eu faço o guerreiro, o beltrano falou que vai de mago, ciclano tá de ranger, então tu sobrou o healer” e cada um vai pro teu cantinho fazer a ficha, aqui os jogadores debatem – às vezes por horas – e constroem AQUELE background em conjunto que todo mestre ama. Sinceramente achei perfeito, pois baseado naquilo eu pude criar um fundo pro ambiente que agradasse os jogadores com muita facilidade. Os jogadores também estavam sentindo mais importantes no mundo e na história criados. Sem contar que com as casas você não precisa ficar naquele clichê de “vocês estão na taverna”, rsrs. Ponto para as casas.

Contudo é o que já foi adiantado: Esse processo pode ser cansativo e demorado, além de ainda pouco entendido pela maioria dos jogadores de RPG que tão acostumados com o geralmente atribuído “cada um por si”.

Concluindo sobre as casas, elas propõem uma união pouco vista nas mesas tradicionais de RPG. Pode ser até cansativa, mas vale muito a pena já que todos criam a história do mundo, função antes apenas do narrador ou dos jogos narrativos onde todos mestram.

Em relação a criação dos personagens o jogo basicamente não foge muito do que já conhecemos – sendo uma construção baseada em pontos, como por exemplo GURPS – contudo tem suas peculiaridades, como idade, status e as tais casas.

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A idade vai influenciar em diversos pontos da ficha, contudo o mais “relevante” é que ela informa quantos pontos o personagem terá e o custo de cada parte da ficha. Por exemplo: uma criança aumenta os atributos de forma mais fácil que um adulto, porém um adulto pode chegar a níveis de atributo mais altos, assim como comprar certos conhecimentos para os jogadores mais idosos é mais barato.

O status do personagem será baseado em qual é o seu papel na casa: você é um septão? é o primogênito da família ou um mero espada juramentada? Resumindo: quanto maior o seu status, maior será sua influência sobre a sua e as outras casas.

As casas influenciam no status máximo do jogador, na sua história e na sua riqueza. Aliás, Riqueza e Equipamento é um assunto ainda capcioso.

Os jogadores começam com um equipamento básico e ganham mais uns trocados dependendo da riqueza tanto deles quanto da casa. Porém o que me preocupa no jogo é a forma deles explicarem e dividirem os atributos das armas e armaduras. Ao invés das informações estarem na mesma página ou tabela, elas estão espalhadas pelo livro; o preço num local, o que a armadura dá noutro, e alguns jogadores tiveram dificuldades para criar o personagem.

Bem, apesar de ser apenas um post inicial e que outros relatos virão, eu aconselho SIM a comprar o sistema, pois vai ampliar a forma do seu grupo de enxergar o RPG. Apesar de truncado, recomendo.


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