Fala galera, recentemente recebemos O Reino de Bundhamidão, proximo lançamento da Retropunk, para análise e venho agora compartilhar algumas impressões com vocês.
O Reino de Bundhamidão é um jogo medieval, porém com um humor bem ácido de autoria de Marcelo Bueno de Bueno Funfas e Andre Luis Mousinho da Costa e Silva. O lançamento do livro está marcado para outubro, durante a RPGCON, em São Paulo o livro está em pré-venda até o dia 15/11, quando a a editora está planejando fazer o bundhamiday, um evento que tem um propósito simples, reunir grupos, micro eventos e eventos para jogar uma partida de O Reino de Bundhamidão. Fique ligado no site da Retropunk para saber mais do evento, mas vamos ao livro:
o livro começa explicando o cenário. características do mundo, da sociedade e etc. Nesse começo já é possivel notar bastante do humor do cenário, seja pela estrutura triangular do continente que só possui leste, oeste e sul, seja pela sua hiper-população de 19871974 habitantes.
após essas explicações básicas são apresentados os distritos do reino e algumas de suas localidades de destaque, como o Anuncie Aqui! (uma estatua gigante coberta de anúncios dos mais diversos tipos, o pete chope (lugar onde é possível equipamentos dos mais variados para animais, bestas e outras criaturas, bem como montarias especiais e bestas de guarda. Então seguimos para apresentação de alguns personagens de destaque do cenário e alguns grupos e organizações. Aqui destaco os Impostores cobradores de taxas oficiais do reino, que serem à Ordem dos Leões-de-Rena.
Partimos então para a explicação do sistema. Como de prache em muitos sistemas novos, e para a minha infelicidade, o sistema utiliza apenas dados D6. Os testes seguem métricas básicas de dado+modificador de graduação do personagem+bônus qualquer.
Vamos falar um pouco da criação/evolução dos personagens. No Reino de Bundhamidão os personagens ganham Pontos Descritivos Positivos e Negativos, que são usados tanto na criação quanto na evolução dos personagens, de forma meio semelhante ao antigo Storyteller. Uma sacada interessante do sistema de criação de personagens é a utilização de prefixos e sufixos, e são eles que modificam suas rolagens. Os prefixos aumentam a quantidade de dados rolados, e os sufixos os modificadores, por exemplo:
Um personagem forte faz seus testes com 1D. Já um muito forte faria com 2D, e um muito fortão com 2D+1. No livro temos tabelas com prefixos e sufixos e explicações mais detalhadas de como funciona esse sistema.
Em vez de atributos, os personagens possuem três características básicas: traço de personalidade ofensivo, traço de personalidade defensivo, traço de personalidade social, traço de personalidade social, traço de personalidade comportamental e traço de personalidade mental. Todos eles são dados por características e sempre cada um será mais e menos efetivo contra outros dois traços. ex: Lerdo é forte contra Prolixo e fraco contra Grosso.
Quanto às raças temos todas as padrões de cenários medievais, mesmo que modificadas, caso dos halflings, que aqui são canibais, e também 4 raças novas: energúmenos (criaturas com imensa falta de discernimento e bom-senso), fardas (pequeninas criaturas irritadiças e porradeiras), meio-energúmenos (ao contrario dos energumenos, estes são extremamente elétricos e fazem de tudo para ser bem aceitos na sociedade) e os Troll-ha (gigantes sociáveis e inconvenientes).
Só pra não passar direto pelas perícias, vale aqui um comentário de uma perícia nunca vista em outros jogos: trollar!!!! rsrsrs
Quanto às classes o livro da apenas uma breve explicação do que é cada uma no cenário, pois mecânicamente cada um customizará seu personagem como quiser usando as peculiaridades, que nada mais são do que características que vão dar bônus ou características ímpares ao seu personagem, assim como os talentos em d&d e as qualidades em storyteller. Uma sacada muuuuito maneiro dos autores foi a de incluir no jogo peculiaridades meta jogo, que são peculiaridades que afetam ou são afetadas por situações “off game”, ex:
advogado de regras:toda vez que o mestre ou um jogador entra em contradição com você a respeito de uma regra você pode consultar o manual pertinente como uma ação livre. Caso seja bem sucedido em sua colocação você recebe um “bônus de regras” de +1 em todos os seus traços de personalidade pelo resto da cena.
E pra completar a parte das peculiaridades, temos as negativas, que você compra com os pontos descritivos negativos que acumula durante o jogo.
O livro
no geral o livro tem uma leitura bem leve e divertida. A versão que recebi não tinha ilustrações, mas se seguirem o texto, as mesmas devem vir bem legais.
Uma consideração negativa sobre o livro é que achei a divisão dos capitulos meio estranha. Tem coisas que tratam do mesmo assunto que estão separadas, enquanto outras que falam de coisas distintas estão juntas, mas nada que comprometa o material.
visão geral
ainda há mais coisa legal no livro, mas acho que com o que foi abordado aqui já é possível ter uma boa ideia de como é o jogo.
O reino de Bundhamidão chega para movimentar um nicho muito pobre no cenário rpgista, que é o de humor. Dos rpgs de humor que fizeram sucesso me lembro rapidamente apenas de Toon e Paranoia, e mesmo assim foram casos de “sucesso”, se é que me entendem. Apesar de eu mesmo nunca ter jogado nenhum rpg de humor, acho que o Reino de Bundhamidão tem o que é preciso para se tornar um jogo regular em qualquee mesa, e não apenas mais um livro pra ficar guardado na estante. Assim que fizer um playtest com ele posto aqui algumas impressões de como funcionam o cenário e o sistema na prática.
abraços galera, e até a proxima!
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