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Coluna do Homem Percevejo – 04/03/2013

Pessoal, essa semana a coluna do Homem Percevejo voltou ao normal, mas o texto do tema da semana ficou tão grande que se eu colocasse os outros tópicos, ficaria enorme de se ler, então, essa semana, falarei apenas sobre o tema da semana.

Tema em pauta: Minhas impressões sobre “Smallville”

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Galera, acabei de assistir “Smallville” (só agora, mané? Todo mundo já viu!) e gostaria de escrever as minhas impressões sobre a série (é possível que tenha algum spoiler que eu acabe soltando, se não viu a série, na dúvida, pare agora). Não esperem uma crítica rebuscada igual a de um crítico de cinema, falando detalhes técnicos e tal, se vocês estão esperando isso, ficarão frustrados. Não tenho vocação nenhuma pra jornalista, e nem tenho pretensão de ser. Vou escrever sobre algo que gostei, talvez muito mais com emoção do que com a razão. Sabe quando você está batendo papo com seus amigos e você está defendendo algo que você gostou? Então, vai ser igualzinho, é como se eu tivesse batendo papo com vocês e vou falar sobre algo que eu gostei, e vocês têm o direito de concordar ou não com o que eu falo, é como se fosse um bate-papo informal com amigos, e essa sempre foi a minha ideia para essa coluna. Sem mais enrolação, vamos a “Smallville”:

Os super-heróis são assuntos fascinantes de acompanhar. Ali naquele mundo paralelo, eu posso tudo: ter super-força, voar e outras coisas. Quem não gosta, realmente não entende esse pensamento, deve achar que somos crianças grandes, que não somos adultos e por aí vai. Mas como eu não ligo a mínima para esse tipo de pensamento, eu continuo acompanhando tudo relacionado a eles. Para mim, eles são uma fuga do mundo real, como todas as pessoas têm a sua fuga: na música, no cinema ou em qualquer outro meio. Eu sempre achei o Superman um personagem fascinante de acompanhar. Sempre foi meu favorito. Desde sempre, acompanho tudo de Superman. Eis que surgiu “Smallville”. Comecei a assistir, mas tive que parar no meio por conta dos compromissos do cotidiano, cada vez maiores. Eis que em meados do ano passado, com o fim da faculdade, pude arranjar tempo para pôr em dia minhas séries, e “Smallville” foi a primeira da lista. Comprei todos os dvds e assisti, novamente desde o início, até o fim. Terminei essa semana.

Smallville” foi uma série que nos trouxe a juventude de Clark Kent, desde a escola até seu emprego de repórter no Planeta Diário e defendendo as ruas de Metrópolis como um herói misterioso. Antes de ver a série, uma coisa eu tinha certeza: como toda adaptação pra TV, seria muito difícil a série mostrar fidelidade a trama geral do Superman. Mas, se eu assistisse a série com esse pensamento, eu já estaria assistindo pré-disposto a não gostar (e acreditem quando eu digo: nesse ponto é muito mais legal ser fanboy, porque o fanboy já chega pré-disposto a gostar, e certamente se diverte mais do que os outros ao assistir séries ou filmes de uma mitologia já existente). Então, abri minha mente e assisti “Smallville” como se não conhecesse a mitologia do Superman. E, realmente, é muito mais legal assistir algo assim. Os produtores, diretores e roteiristas da série pegaram os elementos existentes na mitologia do Superman e criaram uma mitologia própria, e o resultado foi uma série com muitos erros e acertos (a meu ver, mais acertos), mas os erros não foram suficientes para tirar o brilho dos acertos da série, e da grandiosidade do final da série.

clark e lexPrimeiro, a série se chama “Smallville”, mas em boa parte dela, já vemos Clark em Metrópolis. Eu ficava pensando “porque não colocaram o nome da série de ‘Clark’ ou algo assim”, mas hoje eu entendo, principalmente depois de ver o último episódio. Mesmo quando Clark estava atuando em outro lugar ou quando o episódio se passava longe de Smallville, ela nunca saiu de cena. Ela sempre está em cena quando Clark está na tela. A genética dele fez com que ele tivesse poderes, mas Smallville representa tudo aquilo que fez ele virar um herói. O amor de seus pais, seus amigos, sua vida na fazenda, seus valores, tudo isso fez dele um herói, e não seus poderes! Os poderes apenas fizeram com que ele tivesse em um outro nível de heroísmo, mas se ele não tivesse os poderes ele ainda estaria sendo um herói. Como? Sendo um bom filho, um bom pai, um bom marido, um bom amigo, um bom profissional, ajudando o próximo etc. Todos podemos ser heróis, essa é a principal lição que podemos tirar, não apenas de “Smallville”, mas das histórias de super-heróis em si, que eles são, acima de tudo, símbolos de um bem maior.

E foi isso que a série nos trouxe, todo o processo que Clark passou para virar esse símbolo de um bem maior. E mostra, acima de tudo, o lado humano do Superman, nós vimos o lado frágil do Superman a todo momento, o que é muito legal de ver, um cara com os poderes que ele tem, sofrendo por amor aos pais, aos amigos, a Lana, a Lois, sofrendo por, apesar de todos os poderes, não poder ajudar todos que precisam de ajuda, e esse processo de amadurecimento pessoal todo é mostrado na série. É legal dizer, que este processo de crescimento pessoal de Clark foi se dando paralelamente ao crescimento profissional de seu ator, Tom Welling, que durante a série, ele chegou a dirigir alguns episódios, foi co-produtor executivo na nona temporada e terminou a série como produtor executivo. Aliás, que ótima escolha foi o Tom Welling! Eu consigo enxergar nele o Superman, ele consegue passar aquele ar de, ao mesmo tempo, ter cara de bonzão e de Zé ruela, não à toa pediram por ele no filme do Bryan Singer e no próximo filme.

Smallville_lex_lionelMichael Rosembaum foi, na minha humilde opinião, o melhor Lex Luthor já mostrado na TV ou no cinema (a série perdeu muito quando ele saiu, mas em compensação, a saída dele possibilitou a entrada de outros elementos do universo DC, mas ainda assim caiu bastante). Os outros atores também me pareceram bons e escolhas adequadas

Como falei antes, a série trouxe elementos da mitologia do Superman, mas todos incluídos em uma mitologia própria da série. E a inclusão de personagens não existentes nos quadrinhos, como Chloe Sullivan e Lionel Luthor, caiu como uma luva para a história. O Lionel, assim como o Lex, era sensacional, eu adorei todas as cenas da dupla pai e filho Luthor.

E assim, “Smallville” foi se desenvolvendo. Me fez rir, me emocionou, me empolgou, me deu raiva (em vários momentos, pensei “po, porque não fez de tal jeito nessa parte”), enfim, me provocou todo tipo de reação. Mas, no geral, adorei cada momento. Cada ensinamento de Martha e Jonathan para Clark, eu sentia que eram para mim também. Cada kriptonita que lhe causava dor, me causava também. Eu, mais do que assistir, respirei a série nos últimos meses, esqueci tudo o que eu sabia da mitologia Superman e abracei a série. Estava receoso se o final da série corresponderia minhas expectativas, mas eu digo com muita alegria que correspondeu. Um final grandioso, com direito a volta de grandes personagens, Lex e Lionel, citações maravilhosas aos filmes antigos, trilha sonora de John Williams, um final exatamente do jeito que eu queria que fosse. “Smallville” entra para o meu hall particular de grandes séries que assisti. As pessoas podem até não concordar com a minha opinião, mas podem, e devem, respeitá-la, pelo fato de que não é uma análise técnica (e nem tem a intenção de ser) e consciente de que a série está longe de ter sido perfeita, mas teve seus grandes momentos e seus méritos de desenvolver uma mitologia própria que, se tivesse vindo antes da mitologia existente nos quadrinhos, teria feito tanto sucesso quanto a mitologia original.

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Coluna do Homem Percevejo – 21/01/2013

Olá povo e pova, como vocês já devem ter percebido, a coluna do Homem Percevejo mudou para as segundas-feiras agora. Sem mais delongas, vamos a ela:

Tema em pauta: Entendendo a mente dos vilões
Vilão especialmente convidado: Lex Luthor

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Para fazer um resumo do que se passa na mente de Lex, basta você ler a revista “Lex Luthor – Man of Steel“. Que o Lex é o vilão mais inteligente e um dos mais ambiciosos, isso não é preciso nem comentar. A grande motivação dele contra o Superman é que é o “x da questão” aqui. Segundo ele, hoje o Superman é o herói da Terra, aquele que salva as pessoas, que não deixa que nada aconteça com elas, fazendo uso de todos os seus super-poderes. Mas, e se por acaso, o Superman começa a enxergar que o ser humano é egoísta, o ser humano promove guerras, violência, rouba, mata etc. Ou seja, e se o ser humano perde a fé na humanidade, quem vai pará-lo de um extermínio em massa?

Há de se convir que Lex, de fato, tem um ponto de vista da situação. Nós sabemos que não aconteceria, pois o lado humano do Superman ficou muito forte devido a excelente criação de Martha e Jonathan Kent, então ele defende a humanidade por acreditar que dentro de cada um existe uma bondade igual a de seus pais. Mas como Lex não sabe que ele e Clark são a mesma pessoa, então ele busca explicações baseado no que ele vê, e usando a lógica ele chegou a esta dedução. Uma dedução que, se pararmos para pensar, é típica do ser humano, de confiar desconfiando. De querer ter o controle sobre a situação. E, mais ainda, de invejar o que o outro faz melhor que você. Por ser tão ganancioso e querer ter o controle sobre todos, é preferível impedir aquela pessoa de fazer o bem ao invés de aceitar alguém com mais poder do que você. Isso é a cara do ser humano.

Em resumo, Lex, apesar de ultra-inteligente, é um ser humano, com todos os defeitos de ganância, inveja e necessidade de ter o controle da situação. E você, qual sua opinião sobre Lex Luthor?

Hollywood em foco: Falando no universo Superman, David Goyer, roteirista do filme “Man of Steel” mostrou uma grande empolgação ao falar sobre o filme para o Access Hollywood, confira:
“Eu acredito que seja o tipo de filme que o mundo precisa neste momento. Eu nunca imaginei que faria um filme do Superman. Ele é mais difícil de trabalhar. É muito mais fácil fazer um filme de herói sombrio, que não tem super-poderes, como o Batman. Mal posso esperar para que as pessoas assistam ao filme.”
Wolverine-Imortal-poster-615x903Saiu também um cartaz do próximo filme do Wolverine, entitulado “Wolverine – Imortal“, como podem ver ao lado. É outro filme que aguardo com bastante expectativa, especialmente para que seja melhor que o anterior, que achei incrivelmente chato.

Saindo de um X-Men para outro, James McAvoy (o Prof. Xavier em “X-Men: First Class“) disse que gostaria de viver o Gandalf em “O Silmarillion“. Seria legal ver Gandalf jovem nas telas, porém, os direitos do livro são do filho de Tolkien, que já falou que enquanto ele tiver vivo não libera os direitos, devido a história do livro estar ligada à vida pessoal de seu pai.

Falando no universo Tolkien, segundo a revista Entertaintment Weekly, está confirmada a presença de Legolas em “A desolação de Smaug“, segundo filme da trilogia “O Hobbit“.

O roteirista Seth Lochhead foi contratado para escrever o roteiro do excelente jogo Shadow of the Colossus. Mais um que gera grande expectativa sobre este que vos fala, tendo em vista que acho o jogo espetacular.

E, por fim, o Oscar irá fazer uma homenagem aos 50 anos da franquia de James Bond. Bom, eu particularmente adoro a franquia, mas acho que a maior homenagem que poderiam fazer era dar um Oscar honorário para “Cassino Royale” que foi, para mim, o melhor filme da franquia e, na época, não foi indicado em nenhuma categoria.

Dica da semana: a dica dessa semana fica por conta dos dvds da peça “Comédia em pé“. Para você que gosta de stand up comedy, essa é uma excelente pedida. São dois dvds. O primeiro é com o quarteto de comediantes que fundou o grupo, Claudio Torres Gonzaga, Paulo Carvalho, Fernando Caruso e Fabio Porchat. O segundo dvd, é com este quarteto mais um quinto elemento que passou a integrar o grupo, o excelente Leo Lins. É um humor muito inteligente, pegando situações do nosso cotidiano, programas de tv, filmes e por aí vai. Eu destaco no segundo dvd, Fernando Caruso (nerd assumido como todos nós) fazendo seu número engraçadíssimo sobre carnaval. E destaque também, no segundo dvd, para Leo Lins, que pelo seu texto, a gente vê claramente o quanto ele é nerd igual a todos nós. Essa é a dica dessa semana, dê muita risada com estes dois dvds.

Crossover da semana: Batman vs Homem de Ferro

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Que duelo! Dois bilionários, sem super-poderes, usando cada um sua própria tecnologia. Meu voto vai para o Batman, pois o morcego é, antes de tudo, um detetive, ele certamente se prepararia para um combate com o Homem de Ferro, estudando todas as habilidades, pontos positivos e fraquezas dele, o Batman estaria preparado para qualquer situação que enfrentasse com o Homem de Ferro, meu voto vai para o Batman.

Bem, é isso galera. Até semana que vem com a minha, a sua, a nossa, coluna do homem percevejo.


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