Série Arquivo

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Vikings

Saudações guerreiros! Venho hoje resenhar uma serie que esta literalmente (bom não tão literalmente assim) a minha cabeça!

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Vikings é uma serie criada pela History Channel em parceria com a MGM que estreou dia 3 de março nas telinhas norte americanas. O canal conhecido por seus ótimos documentários não deixou nada a desejar nesta nova serie.

A serie conta a historia de Ragnar Lothbrok, um guerreiro real que marcou a historia e destino de seu povo. Ragnar acreditava ser descendente direto de Odin e estava crente que teria um destino grandioso o aguardando, isso sempre o fazia bater de frente com Earl Haraldson, o líder do seu Clã. A historia começa quando Ragnar tenta convencer Earl de que conhece um meio de chegar as lendárias terras do oeste, onde dizem as lendas estarem cheias de ouro e fortuna prontas para serem pilhadas. Claro que Ragnar não é bem sucedido em convencer Earl a rumar com suas embarcações para Oeste, então ele mesmo decide ir contra as vontades do líder e ir em busca da gloria.

Veja o Trailer da Serie :

 

Serie x Documentário

Apesar de ser uma serie a History Channel respeitou o máximo possível a historia real por traz dos Vikings. A todo o momento é mostrado o costume dos povos da época, como seus ritos de passagem, sua crença nos deuses, costumes e tecnologia da época.

Não espere ver coisas místicas dentro da serie, a única alegoria a tal coisa é quando Ragnar tem presságios que o faz ver manifestações dos espíritos dos deuses, do resto mesmo as feiticeiras/oráculos do povo é mostrado do jeito mais real possível.

Alias uma boa coisa para ser mencionada á o modo dos personagens enxergarem os deuses no seu cotidiano, como os trovões de uma tempestade ser os martelos de Thor saudando os guerreiros.

Vale a pena assistir ?

Vale e muito! Os diálogos são bem construídos, as cenas de batalhas são boas, o roteiro parece bem encaixado e principalmente a preocupação do History Channel nos detalhes fazem do Vikings uma serie que promete e muito!

Os personagens são algo a parte, são muito bem interpretados e os atores (diferentes de outras series) encaixam perfeitamente com o papel. Você acredita realmente que eles fazem parte daquele mundo e se conhece um pouco sobre a mitologia Nordica, consegue facilmente reconhecer os estereótipos de personagem.

 

Dica de RPG

Para pessoas que gostam de RPG’s históricos e/ou narrar aventurais mais fieis as culturas antigas eu aconselho adquirir o livro Vikings da editora Daemon escrito pelo Antônio Augusto Shaftiel. No livro é apresentando toda a cultura dos Viking, como seus costumes, seus deuses e principalmente sua mitologia e lendas. Contem as raças sobrenaturais das lendas e seus poderes especiais, kits/classes de todos os tipos de personagem mais marcantes da cultura, desde o guerreiro Berserker até os servos de Loki assim como toda uma apresentação de como eram os reinos Nórdicos e como seria a provável situação atual dos Deuses Nórdicos atualmente, claro dentro do contexto do cenário de Trevas da Daemon.

 

 


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Face Off

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Saudações roladores de dados!

Venho hoje depois de um hiato forçado escrever sobre algo bem legal: Um reality show de maquiagem!
Como assim? Você esta doido Lobo? Maquiagem? BBB?
Calma pessoal! Não é um reality show comum, muito menos sobre maquiagem comum.

O programa se chama Face Off e é exibido pelo canal gringo SYFY e a maquiagem a qual me refiro é aquela usada em efeitos especiais para filmes e series! Esqueça a sua visão comum de “maquiador” o pessoal da serie é expert na criação de todo tipo de personagem, sabe os anões de Senhor dos anéis? Então, tudo aquilo é feito por maquiadores!

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A parte de ele ser um reality show é o mais divertido. Esqueça aqueles dramas e vulgarização dos reality shows comuns, aqui o programa é focado na dificuldade da  elaboração dos projetos. Toda semana é lançado um novo episodio com um tema diferente. Ao longo do programa (que já esta na sua quarta temporada) já houve temas como raças para Star Wars, Cyborgs, Bruxas, Ogros, para jogos como Dishonored, monstros de doce, personagens do Tim Burton e é claro Zumbis!

workingNo decorrer do programa é mostrada todas as etapas de fabricação como os participantes fazendo os  sketchs, esculpindo os moldes, fabricando as peças e aplicando elas nos modelos, pintura e finalmente a apresentação para os jurados que são mestres em efeitos especiais, todos eles são conhecidos e renomados na área e são eles:

Glen Hetrick: O líder dos jurados extremamente mal humorado e difícil de impressionar que tem no currículo títulos como Buffy, Heroes, The Hunger Games, Babylon 5 e Arquivo X

Ve Neil: A carismática maquiadora ganhadora de três oscars e responsável por trabalhos como Edward Mãos de Tesoura, BeatleJuice e toda a franquia do piratas do Caribe

Patrick Tatopoulos: O tranquilo jurado responsável por trabalhos como Indenpence Day, Drácula de Bram Stoker, Star Gate, Spawn, Eu sou a Lenda,Eu Robo e Anjos da Noite.

Neville Page: Substituiu Patrick da 3° temporada em diante, é o responsável por trabalhos como Avatar, Star Trek, Super 8, Tron legacy e X-men.

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Alem dos jurados em vários episódios temos a presença de convidados importantes, desde outros maquiadores a atores como John  Rhys-Davies, o Gimli do Senhor dos Anéis.

No final de cada episodio todos os trabalhos são mostrados e avaliados, é eleito o melhor e o pior, sendo que o responsável pela pior execução é eliminado até restar três deles, que disputam a final.

Confiram 3 dos muitos desafios que ocorreram no programa:

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Episodio 3 da 4° Temporada, o desafio era fazerem Demônios de clima gélido

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Episodio 5 da 4° Temporada, desafio de fazer gigantes com mais de 1 cabeça!

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Episodio 6 da 3° Temporada, desafio de fazer um personagem baseado no jogo Dishonored

 

E uma especial transição dos modelos nos personagens em uma competição especial do Magico de Oz :

O que mais dizer sobre o programa?

Bom, ele é realmente viciante, para nós roladores de dados e Nerds é incrível ver como é feito a maioria daqueles personagens que amamos e odiamos nas series e filmes.

Vale realmente a pena conferir Face Off!


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Arrow – O Arqueiro Verde

Nova série para os nerd-geeks – Arrow. Para o grande público – O Arqueiro Verde. Tendo sua estreia no dia 22 de outubro de 2012, contará com 23 episódios para a 1ª temporada. A história narra a origem de Oliver Queen ao se tornar o arqueiro.
Oliver é um playboy de família conceituada que, após um violento acidente de navio que o deixa isolado numa ilha por 5 anos, ao retornar se torna o justiceiro encapuzado armado com arco e flecha. O Arqueiro Verde na série tem uma proximidade muito grande com o que foi demonstrado na nova saga de filmes de Batman. Um justiceiro extremamente bem treinado, com ambientes escuros e precisão infalível.
O elenco conta com boas interpretações e corpos esculturais (até a empregada da casa dos Queen parece modelo. E diga-se de passagem que o endeusamento ao corpo sarado de Stephen, tal como foi em Smallville). Além de aparições que surpreenderão os fãs de quadrinhos. E a interação entre eles flui boa e aos poucos vamos sendo entrelaçados entre trama e subtramas que os seriados gringos adoram fazer.

A seguir possíveis spoilers, caso não tenha assistido ignore-os.

Adorei ter visto o Pistoleiro. Ele é um vilão bem legal. Sua forma de agir e técnicas de caça são incríveis. Adorei mais ainda quando ele apareceu com a mira no olho, ficou igualzinho ao da HQ!!! Só achei desnecessária a forma como teve seu fim. Vacilo.
Dinah “Laurel” Lance está muito bem em seu papel. Espero que Canário apareça logo! Bem melhor do que foi mostrada em Birds of Prey. E por falar nas Aves de Rapina, espero que Helena – Caçadora, apareça logo! (acho que será no eps 8…)

Guia de Episódios: Apenas os pisódios 1,2,3 e 4 fjá oram exibidos no Brasil.

Ep. 1 – Piloto
Oliver (Stephen Amell) ainda não descobriu como voltar nas graças de Laurel (Katie Cassidy), mas uma ligação tarde da noite com Thea (Willa Holland) dá-lhe a inspiração que precisa dela. Olhando em um caso de um assassinato suspeito, Oliver encontra um homem inocente, Peter Declan, que foi enquadrado por um dos alvos da sua lista. Como arqueiro, ele pede a Laurel para ajudar a provar a inocência de Declan. Enquanto isso, Walter pede um de seus empregados, Felicity Smoak, a investigar uma retirada de 2,6 milhões de dólares que Moira (Susanna Thompson) fez sem o seu conhecimento.

Ep. 2 – Honor Thy Father
Oliver (Stephen Amell) vai para o tribunal para obter a sua certidão de óbito revogado e está agradavelmente surpreso ao encontrar Laurel (Katie Cassidy), que está lá processando Martin Somers, um criminoso com laços com a Tríade chinesa. Oliver reconhece nome de Martin do livro de seu pai e planeja derrubá-lo. a Tríada dá a ordem para Martin para “cuidar” de Laurel assim que enviar o seu mercenário – China White – depois dela, um ato que culmina em uma batalha entre o Arqueiro e China White. Enquanto isso, Moira (Susanna Thompson) e Walter pedem para Oliver para assumir a empresa.

Ep. 3 – Lone Gunmen
Oliver (Stephen Amell) se surpreende quando alguém atira e mata um de seus alvos. Como seu plano é trazer as pessoas à justiça e não matá-los, Oliver não aprecia a ajuda e procura o atirador. Ele logo descobre que o homem, Deadshot (o Pistoleiro), está tirando os empresários que estão programados para lance em um leilão em uma empresa de energia e Walter (Colin Salmon) é um dos licitantes. Percebendo que ele não pode proteger a sua família e parar Deadshot, ao mesmo tempo, Oliver pede ajuda ao detetive Lance (Paul Blackthorne), mas seu plano tem consequências terríveis. Enquanto isso, Laurel (Katie Cassidy) e Tommy (Colin Donnell) são pegos em uma situação embaraçosa com Oliver.

Ep. 4 – An Innocent Man
Oliver (Stephen Amell) ainda não descobriu como voltar nas graças de Laurel (Katie Cassidy), mas uma conversa tarde da noite com Thea (Willa Holland) dá-lhe a inspiração de que precisa dela. Olhando em um caso de um assassinato suspeito, Oliver encontra um homem inocente, Peter Declan, que foi enquadrado por um dos alvos da sua lista. Como arqueiro, ele pede a Laurel para ajudar a provar a inocência de Declan. Enquanto isso, Walter pede a um de seus empregados, Felicity Smoak, a investigar uma retirada de 2,6 milhões de dólares que Moira (Susanna Thompson) fez sem o seu conhecimento.

Ep. 5 – Damaged
Após o detetive Lance (Paul Blackthorne) prender Oliver (Stephen Amell) por assassinato, Oliver diz a Moira (Susanna Thompson) o único advogado que ele vai permitir para representá-lo é Laurel (Katie Cassidy ). Laurel pega o caso que a coloca em conflito com seu pai. Oliver se oferece para por um polígrafo , mas as coisas ficam tensas quando Lance pergunta se havia mais alguém na ilha com ele. Oliver lembra de quando ele conseguiu sua primeira cicatriz, cortesia do Exterminador

Ep. 6 – Legacies
Uma gangue de ladrões de banco, chamada “The Royal Flush Gang”, roubam um banco local e ferem gravemente um policial fora de serviço durante um assalto. Diggle (David Ramsey) diz a Oliver (Stephen Amell), que ele precisa desfocar da lista de seu pai e começar a ajudar os cidadãos de Starling City. Enquanto isso, Tommy (Colin Donnell) pede a Thea (Willa Holland) um conselho sobre relacionamentos, mas as coisas ficam estranho quando ela percebe que ele estava perguntando sobre Laurel (Katie Cassidy). Moira (Susanna Thompson) reclama dos desaparecimentos recentes de Oliver no meio de funções da família.

Ep. 7 – Muse of Fire
(episódio inédito)

Ep. 8 – Vendetta
(episódio inédito)

Ep 9. – Year’s End
(episódio inédito)

Ep. 10 – Burned
(episódio inédito)


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Por que mulheres só vestem um “boizinho”?

Boizinho? ‘pera aí, que droga de “boizinho” é esta?

Calma, eu explico.

Boizinho: Uma vez, láaaaaa em 2001… 2002, nos primórdios de eu começando a jogar RPG, havia um livro onde uma mulher vestia uma calcinha e sutiã. E esta calcinha era feita com a cabeça de um ser com chifres, daí o termo “boizinho”; ela só veste um boizinho.

 

Pois bem, vamos abrir agora uma discussão interessante a respeito. Por que este universo machista (talvez) da mulher apenas vestir o tal do boizinho?

Veja bem, desde She-ra, em toda sua feminilidade, usava uma espada tão grande quanto a do seu irmãozinho machão, e lá estava ela com apenas um vestidinho branco, botas de couro, capa vermelha, espartilho e tiara dourada. Combatendo diversos tipos de inimigos semre em batalhas corpo a corpo. Ela não se machucava? Ok, sua espada virava escudo, corda, patins, pipoqueira, vibrad…. err.. então o que ela desejasse. Mas nunca uma armadura? Seria algo meio Witchblade, mas por que não?

 

Talvez isso pelas antigas amazonas. As grandes guerreiras da antigudade que rivalizavam em peso os maiores guerreiros. E nunca utilizavam armaduras. Suas proteções se davam por túnicas e no máximo elmos. Embora já tenha sido visto amazona sim utilizar armadura.

Afinal, proteção para quê?

O sexo frágil parece utilizar de sua beleza, corpo e demais artimanhas do “girl power” (vulgo cartão de crédito ilimitado entre as pernas) para obter vantagem com o sexo oposto. E em algumas vezes com o mesmo sexo. Vide Xena e Gabriele.

Desejo deixar bem claro que não sou a favor do machismo, não sou e nem nunca fui em momento algum machista. Estou apenas expondo alguns fatos curiosos acerca do que já venho observando ao longo de todos esses anos.

Um jogo recente me chamou a atenção hoje. Meu pai jogava “Blades of Time” aonde a personagem Ayumi, uma adolescente bem estilo “Sucker Punch” em que ela utiliza duas grandes espadas e armas de fogo de grosso calibre. Metralha os inimigos e ainda desferes velozes golpes com suas lâminas assassinas. Mas e a vestimenta?

Roupa para quê?

Quando divaguei sobre este tema, me foi ressaltado que minha amada Lara Croft também só usava um colant e short. Meu contra-argumento foi: Mas ela não se envolvia em combates corpo a corpo. Era só tiro e à distância. Por isso a não necessidade de uma roupa que protegesse mais. E, nas origens, Ela apenas enfrentava animais e umas criaturas… ela foi se tornando uma “Alice de Resident Evil” ao passar dos anos e escrotização da série. Enfim, divaguei longe demais. Voltando…

Este “Blades of Time” me fez recordar de um antigo game “Heavenly Sword” onde a temática era da protagonista, Nariko ir “perdendo” peças de roupa conforme fosse ficando mais poderosa. Ou seja, mais uma vez o machismo entrando em ação. Certo que existem outros games e animes, HQs e afins. Sailor Moon, Mulher Maravilha, Britney Spears, Shakira, Madonna… enfim, a exposição do corpo sempre existiu.

Mas e no universo de RPG? Uma mulher com armadura de batalha seria considerada uma aberração? Lésbica? Quais os tipos de preconceitos enfrentaria?

Brienne de Tarth (Game of Thrones) que o diga. Certo, ela não é só uma mulher de armadura. Ela é uma mulher de dois metros de altura, com dentes de cavalo e ainda vestindo armadura. Ao menos está protegida para os infortúnios que vier a enfrentar.

No RPG as mulheres precisam se proteger de alguma forma, certo? Afinal os mesmos males que afetam os homens também irão afetá-las. A falta de armadura ou outro meio de proteção não vai lhe dar maiores vantagens. Correto? ERRADO! Quem conhece o gênero “Mulheres Machonas Armas até os Dentes” saberá do que estou falando.

Num sistema onde as perícias envolvem: correr de salto alto, acertar coisas com outras coisas, saltitar, seduzir criaturas e voar em coisas. Podemos ter uma idéia do que estamos falando.

O jogo é o cúmulo desta discussão que levantei. Mulheres armadas literalmente até os dentes digno de um filme de Tarantino, estilo “Planeta Terror“.

 

Espero que tenham entendido a moral da discussão. Repitindo apenas para que as gamers e rpgístas não venham com paus e pedras para me trucidarem: NÃO SOU MACHISTA, nem à favor. Apenas levanto um argumento para que possamos entender melhor sobre o mesmo. Todos (as) de acordo?

Peguem seu batom, salto alto, cinta-liga e o “boizinho” e partam para as grandes aventuras que a mente insana de seu mestre/ narrador é capaz de criar. Mas lembre-se: Só não pode tirar Um!!!

 


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Mutantes e Malfeitores: Flertando com Robôs Gigantes

 

Eu admito, não sou muito de variar nos meus jogos de RPG. Não que eu seja contra jogar outros sistemas, eu experimento suas temáticas e mecânicas mas elas simplesmente não me atraem como o bom e velho D&D (TODAS as versões desde a 2ª Edição). Pra poder falar, preciso saber como são.

Experimentei os vários cenários do World of Darkness; percorri a Terra Média com CODA; lutei contra Supers poderosos, combati como um bom Cavaleiro de Atena, fui um Anjo estrategísta e até lutei como um bom Street Fighter em Daemon (Que sistema ruim, meu Deus), tive experiências de jogo pobres com 3D&T e vejam só, arrisquei até algumas aventuras com Tagmar… Depois do bom e velho D&D só mesmo o grandioso e multi-utilizável GURPS me cativava, seja pela mesa de jogo mais constante, seja pela temática do GURPS Supers, que para mim era a melhor experiência deste tipo de cenário em RPG.

Eu realmente gostava das possibilidades do sistema que me permitia criar um personagem com poderes diversos, seja meu personagem um adolescente residente em um Instituto Xavier alternativo ou “rolar” uma aventura ao estilo “cobaia fugindo de uma super organização secreta”.

Mas já se vão vários anos sem jogar o bom e velho GURPS, e seu sistema Supers e eu acreditava que ele não me levaria a mais uma sessão de jogo, a não ser que eu estivesse com muita vontade de jogar.

Mas a vontade apareceu…

E ela apareceu com força, na forma de uma das minhas maiores e mais fortes preferências do mundo dos animes: A série Gundam. Eu poderia ficar milhares de posts falando da qualidade e importância desta série criada em 1979, mas não irei porque uma rápida pesquisa no Google proporcionará infinitas fontes afixionadas desta série que continua se renovando e trazendo boas histórias envolvendo presença de: Alta Tecnologia, Disputas Políticas, MECHAS, Drama, Biotecnologia, Terrorismo, Xenofobia, Militarismo e muita ação em batalhas épicas e excelentemente animadas, quer em máquinas de combate incríveis ou diretamente entre os personagens. Eu realmente gosto de Gundam, pois não costuma ser uma série infantilóide, e possui boa regularidade. E então brotou como uma semente prodigiosa em minha mente um cenário e uma história a ser jogada por um punhado de personagens principais neste estilo.

Primeiro passo: Buscar referências, anotar idéias, definir pontos principais do cenário e como não sou bom desenhista (ainda), recolher na internet material que possa ser usado.
Mãos à obra, encontrei diversos animes com temática semelhante ou não (alguns de semelhante só mesmo a presença de MECHAS) bem interessantes e isto expandiu minhas perspectivas. Após tive diversas idéias à incorporar, o que me deixou bem contente. Isso me ajudou a definir meus objetivos na criação deste cenário, mas faltava o principal: Como jogar?

Pensei em voltar para o GURPS Supers, mas sinceramente não acredito que ele tenha apelo para este tipo de aventura. ele possui regras para dispositivos especiais e super armaduras tecnológicas, mas elas são até certo ponto limitadas.

Foi aí que tive uma das maiores surpresas dos últimos tempos: Mutantes e Malfeitores.

Um RPG com foco em histórias em quadrinhos em toda a sua grandiosidade, que permite aventuras de diversos e incríveis focos diferentes e que não se preocupa em nada em ser apenas um produto para vender dinheiro (você pode perceber isso pelo prefácio da edição). Não é um RPG de Super Heróis, pois você pode jogar qualquer tipo de aventuras com ele, seja Realista ou Fantasiosa, Medieval ou Futurista. As possibilidades são mesmo imensas. Ele possui muito daquilo que nós RPGistas chamamos de “Fluff” ou seja material que não é regra propriamente dita, que nos ajuda a sermos jogadores e mestres melhores, nos apresentando conceitos e perspectivas que muitos de nós (principalmente eu, de muitas formas) normalmente não teríamos. É muito focado na Construção de uma boa aventura ou personagem, em todos os seus níveis de complexidades. Baseado no sistema D20, que acredito eu, a imensa maioria dos jogadores de RPG já experimentou, Mutantes e Malfeitores é uma maravilha de livro, seja para quem pretende ou não jogar com ele. Vale muito a pena.

Se fosse só isso, já seria bom, mas então tropecei em algo que fez meus olhos brilharem igual aquele Meme da internet… Mutantes e Malfeitores possui diversos suplementos, e um deles é o ótimo “Mecha e Mangá”. Eu comprei sem nem piscar pois atendia a minha necessidade e no mínimo iria abrir minha mente para este universo. Quão grande foi minha supresa com a qualidade da obra, e a forma magnífica com que expande o livro básico nos proporcionando e embasando em cenários de Animes de Mecha e Alta Tecnologia (Yeah!), Artes Marciais ( Street Fighter, Dragom Ball Z e The king of Fighters!) e até mesmo o gênero que ficou conhecido como “Monstrinhos de Bolso” (Charizard eu escolho você!).

Pokemon foi o primeiro RPG “de mesa” que eu joguei na vida, lá no longínquo ano de 1998 e sinceramente, apesar de ser um fã da série e jogar até hoje todos os games que saem, nunca pensei que ficaria com vontade de experimentar um RPG deste tipo novamente, até ver a forma como é apresentado no Mecha e Mangá, seja estilo Pokemon ou seus derivados que mechem com invocações e cards afins.

Minha tristeza mesmo foi perceber que este sistema não possui uma comunidade desenvolvida em nosso país (fora o fórum específico da Jambô), e é difícil até mesmo encontrar certos tipos de material em inglês (especialmente Mecha e Mangá). Deve ser o fato dele não utilizar pontos de vida… rsrsrsrs

Aqueles que travam contato com o sistema se apaixonam tanto pela sua qualidade e cuidado com o RPG em si quanto pela dinâmica e abrangência de seu sistema.

Por estes motivos, decidi que a partir de agora, e periodicamente irei continuar a desenvolver meu cenário utilizando este sistema, e irei postar aqui tanto backgrounds quanto regras, fichas e personagens do cenário. Como não encontrei referência tanto em português quanto em inglês para a criação de tudo aquilo que planejo além dos exemplos dos livros, tem sido um trabalho árduo iniciar tudo do zero.

Se você gosta de histórias do gênero Sci-Fi, com presença forte de drama, tecnologia, conflitos morais, disputas territoriais e políticas, máquinas de guerra incríveis e alta carga de envolvimento pessoal e profundidade do personagem, venha conferir e principalmente opinar neste cenário que estarei desenvolvendo. Convido todos a me ajudarem nesta empreitada, e principalmente me informarem caso tenham conhecimento de iniciativas ou textos de intenção semelhante dentro do universo Mutantes e Malfeitores, pois será de grande ajuda!

 

Créditos de Imagem:

01 eronzki999 ( http://bit.ly/ISwzG9 )
02 ProgV ( http://bit.ly/JCAlFb )
03 flyingdebris ( http://bit.ly/J5dTGL )

04 Título: Mutantes & Malfeitores
      Autor: Steve Kenson
      Tradutor: Leonel Caldela
      Formato: 21 x 28 cm, 256 páginas, brochura
      Preço: R$ 45,00
     ISBN: 978858913466-8

05 Título: Mecha & Mangá
      Autor: Alejandro Melchor
      Tradutor: Fabiano Silveira
      Formato: 21 x 28 cm, 160 páginas, brochura
      Preço: R$ 39,90
      ISBN: 978858913462-0

06 Shimmering-Sword ( http://bit.ly/JCBpc6 )

 


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A vida em modo HARD: Realismo nos nossos jogos

Um fenômeno na literatura mundial, sem dúvida, um fenômeno de audiência batendo records em vários países, e se tudo der certo, um sucesso inegável vindo por aí no mundo dos games, a série A Song of Ice and Fire, mais conhecida como A Guerra dos Tronos (por causa do seriado homônimo) arrebanhou fãs por todo o mundo, e eu sou um deles.

Não sou Hipster, mas posso dizer que encontrei um livro preto e azul com uma ilustração MARAVILHOSA encostado em uma das pilastras de uma famosa livraria, muito antes do “Hype” causado pela fama mundial. As primeiras palavras, sim aquelas que vem do prólogo (shame on you se você não lê os prólogos dos livros), estas me convenceram imediatamente de que ali havia um tesouro. Eu li o prólogo inteiro na livraria e meu pé se moveu sozinho para a fila do caixa. E foram 591 páginas (sim, eu leio os apendices e os mapas) de uma coisa indescritível chamada literatura de qualidade. As experiências são diferentes para cada um de nós, mas você não pode negar o apelo da escrita de George R.R. Martin.

E é sobre isso que eu queria conversar aqui, a escrita dele, como uma forma de turbinar nossos jogos. O nível de Realismo na narrativa de George me chamou atenção. É algo como os trabalhos de Bernard Cornwell (um outro expoente do gênero, #SuperIndico) mais rápido e simplificado, mas ainda sim com uma carga de elegância não muito comum por aí. As pessoas cagam, dormem, se relacionam sexualmente, sentem frio, medo e principalmente: É difícil sobreviver.

E então me peguei lembrando de algumas das mesas de jogos onde participei, e o quanto certos detalhes que poderiam fazer toda a diferença eram deixados de lado, algumas vezes em prol da próxima batalha nem tão importante assim:

SONO: Como o sono é usado nas aventuras que você participa? Nas minhas não me lembro da última vez que meu personagem sonhou. SIM sonhou. Digo, não como uma bruxaria tentando envolver a mente dele, nem como um aviso de um mago aliado, ou até mesmo como um gancho para a aventura, eu digo sonhar mesmo. Que dirá as ações/conversas que podem ocorrer entre os personagens que ficaram de vigia. Creio que esta sensação de que o tempo está realmente passando, realmente “sendo gasto” contribui para uma imersão maior dentro do mundo de jogo.

ALIMENTAÇÃO: Não, sério pessoal, estou rindo aqui. Fora as rações gastas quando queríamos fazer viagens longas, ou quando o mestre queria “dificultar” um pouco as coisas para alguns jogadores, meus personagens eram os únicos (ou os primeiros a decidirem, depois os outros lembravam) que diziam: “Estou com um pouco de fome, vou me alimentar de uma ração.” Ou então: “Vou até a taverna/taberna e peço o jantar porque já está na hora.
Imaginem que tipos de conversas ou personalidades podem ser criadas em uma convenção social como essa? Já ouvi falar de culturas onde você não conhece uma pessoa, até fazer uma refeição em conjunto. Fora que sempre foi e é considerado até os dias de hoje uma alta honraria ser convidado para tal ação.

Sempre me peguei pensando: Nos RPG’s está a única realidade onde os homens fazem fotossíntese.

SEXO/RELAÇÃO AMOROSA: Esses dias eu vi um burburinho na internet sobre a quantidade de cenas de sexo na série televisiva dos livros que falei, chamada Game of Thrones (traduzida como Guerra dos Tronos). Sério, estas pessoas com certeza não leram os livros. E não sabem o quanto eles poliram a série. Só a quantidade de violações é algo que beira o absurdo. Existe uma GUERRA varrendo os sete reinos, e as pessoas estão fazendo mimimi pelas cenas no bordéu de mindinho. Os homens naquela realidade praticam sexo. Os homens em nossa realidade praticam sexo. Independente das crenças pessoais, a relação sexual faz parte da vida do ser humano, mas pelo menos nas mesas de jogo onde participei, isto era relegado a: “Vou ali na casa de burlesco me divertir.”

Personagens em relações amorosas geram infinitamente mais ganchos de aventuras do que um sonho profético ou uma determinada conversa ouvida na taverna/taberna, mas por onde passei eram sempre deixados de lado. Motivações INTEIRAS podem ir por água a baixo, frente a uma ameaça a alguem que se ama. Porque existem tantos Romances (literatura) no mundo? Porque o homem ama. Mas minhas experiências no RPG normalmente eram desprovidas de tal aspecto. Sinceramente, para mim os homens desprovidos de envolvimento pessoal, parecem mais com robôs, que continuam suas tarefas e atividades, muitas vezes com objetivos, mas na maioria delas sem propósito. Espero que em suas mesas não tenham sido assim! E se foi, que tenham lutado contra isso como eu.

DEFECAR/TOMAR BANHO: “Ah Natan, mas em um mundo medieval, a higiene pessoal era precária...”
Ahnn. Tá. Mas quanto tempo você acredita que um ser humano (ou elfo, ou orc, ou halfling…) pode ficar sem banhar-se, e não adquirir uma doença grave? (tá, talvez Devas, Meio-Elementais e Vampiros consigam…)

E de quanto era a expectativa de vida na idade média? Mais uma vez falando de MINHAS experiências, não me lembro de ter visto um jogador dizer: vou ali tomar banho. Sério, nem os meus (me dei mal nessa).

Pode-se dizer que este por menor pode estar subentendido em uma aventura, para agilizar o tempo ou que isso é algo tão pequeno que não merece importância, mas em minha perspectiva, esta que estou apresentando, um mundo com alto teor de realidade e imersão PRECISA de detalhes.

Estes são detalhes que consagram escritores como Cornwell e Martin. Quantas vezes você leu um livro onde diz que o personagem esvaziou as tripas, ou cagou na floresta. Para mim soou engraçado, interessante e revelador. “Revelador?” Você pode perguntar. “Sim, revelador…“, eu responderei, porque senti que aqueles personagens são tão humanos quanto eu.
Alguns dizem que existem necessidades humanas. Eu posso arriscar a dizer que as nossas necessidades nos tornam humanos. E o fazem também com nossos personagens.

PERSPECTIVAS/EXPECTATIVAS/BACKGROUND: Bem este é um pouco mais delicado. Um bom mestre óbviamente exigirá um background rico e coeso, que possa definir o personagem. Mas as vezes isso para por aí. As vezes, a menos que o personagem insira um oponente digno de nota, e por sinal, de uso, pequenos detalhes da vida anterior ao início das aventuras atuais do personagem servem para definir o que ele foi, e não o que ele é ou espera ser. Creio que por isso que eu tenha visto uma alta taxa de personagens agindo contra sua tendência escolhida. não estavam mais amarrados ao seu passado. Aquilo era o que eles foram, e não o que eles são. É assim conosco? Pelo menos comigo não é. Minhas experiências tem peso real em minhas escolhas atuais, pois elas delineiam e me dão parâmetro para decidir meu futuro. E pensar em meu futuro gera Expectativa.

Vejo muitas mesas de jogo onde os personagens “deixam a vida (leia-se mestre) os levar.” Um personagem com personalidade (não é redundancia), possui pelo menos um plano de ação, planeja chegar em algum lugar, a menos que sua própria personalidade diga que não. O que por sinal não seria muito interessante, mas ainda sim confortável para o mestre. Muito se pensa nos desafios que os MESTRES têm de criar para os JOGADORES, mas nunca vejo ninguém falando dos desafios que os JOGADORES devem trazer aos MESTRES. Bons jogadores fazem seus mestres pensar e interpretar/agir frente a novas circunstâncias, tanto quanto os bons mestres tem de fazer com seus jogadores.

Tudo isso eu vejo nestas obras literárias e percebo que são coisas por demais importantes. Talvez você me diga que em sua mesa estes itens aparecem, ou então que só aparecem os que os envolvidos consideram importante e os outros ficam de lado. Fico feliz por você que está satisfeito com sua mesa de jogo.
Mas minha intenção aqui é trazer certas tendências e apresentar novas possibilidades. O mundo dos games já tem percebido isso, e inserido games que são sucesso de público onde seu personagem tem de comer, descansar e até interagir com circunstâncias onde pessoas podem morrer ou viver segundo suas ações, e suas escolhas REALMENTE modificam seu futuro.

Esses games são um sucesso, e creio que todos queremos que nossas aventuras sejam um sucesso também, então que tal tentar coisas diferentes? Uma aventura em modo HARD onde sobreviver tanto fisica quanto mentalmente possui níveis de desafio nunca enfrentados antes?

 

Créditos de Imagem:

01 agnidevi ( http://bit.ly/IhkjNZ )
02 PatrickMcEvoy ( http://bit.ly/Ij7J2b )
03 Tquickreaver ( http://bit.ly/IAI5JB )
04 b-Worx ( http://bit.ly/IAHKH0 )
05 timwann ( http://bit.ly/Ij8Sqq )

 


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