Tomb Raider Arquivo

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Coluna do Homem Percevejo – 25/03/2013

Tema em pauta: A noite das Corujas e a volta aos bons tempos dos quadrinhos

corujas

No tema dessa semana, eu queria falar sobre uma saudosa época dos quadrinhos: quando tínhamos histórias que poderiam virar edições de capa dura no futuro. Eram histórias com tramas muito bem interligadas, que nós ficávamos ansiosos pelo mês seguinte para saber o que aconteceria. Histórias que influenciavam inclusive a participação daquele personagem em outras revistas, ou ainda os fatos daquela saga influenciavam os fatos de outras revistas.

Hoje em dia, isso está cada vez mais difícil de acontecer. Cada vez menos temos histórias com essas características. Não que tenhamos histórias ruins, não foi isso que eu falei. Eu digo que as histórias estão menos grandiosas. E era justamente a grandiosidade da história (junto com a qualidade, claro) que fazia ela, no futuro, virar uma edição definitiva em capa dura.

Esse ano estamos sendo presenteados com a saga “A noite das Corujas” dentro do universo Batman. Trata-se de uma seita que, desde sempre, “dava as cartas” em Gotham, e enviavam assassinos para acabar com aqueles que eles julgavam impróprios de permanecerem vivos. Uma saga que nos trouxe a Gotham de antigamente que, aliás, foi uma nostalgia que eu poderia ficar lendo durante dias, pois é muito agradável a leitura.

Mês que vem, a saga terá sua conclusão. Vamos ver como será o desfecho. Se o final for ruim, engana-se quem acha que iria por terra essa minha ideia de que seria uma saga para virar edição capa dura no futuro. Até porque, mesmo que o final seja bom, é possível que ela acabe não virando, o que eu quis dizer é que, nesta saga, os roteiristas voltaram a pensar grande. Não tivemos uma história pra “encher linguiça” e ser mais uma história no mês. Os roteiristas não apostaram simplesmente na fama do personagem, mas apostaram na grandiosidade que ele traz para uma saga de qualidade. E que voltemos aos áureos tempos em que os roteiristas pensavam grande. Que os quadrinhos voltem a ter inúmeras sagas com potencial para virar edição definitiva!

mestres do universoHollywood em foco: Começamos falando que o próximo filme da franquia James Bond será lançado em 3 anos e que o roteirista John Logan (do aclamado “A invenção de Hugo Cabret“) deve ser contratado. A baixa fica por conta do diretor Sam Mendes que não continua. É, a escolha do roteirista foi excelente, quem sabe o filme não supera Skyfall, vamos aguardar.
Uma notícia bizarra é que Jon Chu, que dirigirá o remake de “Os Mestres do Universo” quer Dolph Lundgreen novamente no papel de He-Man. Olha, uma parte sensata de mim quer que o diretor abandone essa sandice que ele chamou de ideia e dê a vaga de He-Man para alguém que tenha condição de interpretá-lo, se fosse a 20 anos atrás, era o Dolph Lundgreen fácil, mas hoje não, hoje se ele quiser pode tentar uma vaga de Mentor… E lamba os beiços. Mas tem uma outra parte minha, essa mais galhofeira, que quer Dolph no papel, justamente pela galhofa da coisa, pelo bizarro que o filme viraria.
Falando em galhofa, Jean Claude Van Damme deu uma declaração de que gostaria de estar em Vingadores 2. É… Nem preciso falar muito né? Tá, eu acordei meio zé galhofa hoje, então a minha parte galhofeira quer que ele esteja no filme, mas só se for interpretando a si mesmo, tipo Vingadores & Van Damme vs Thanos.

Dica da semana: A dica dessa semana fica por conta do bom jogo “Tomb Raider Trilogy” para PS3. O jogo não é nenhuma maravilha, mas é nostálgico, principalmente para os fãs de Lara Croft desde a Dark Age dos videogames. Confesso que estou me divertindo bastante desvendando os enigmas, explorando cavernas, me defendendo de ataques de onças e outras situações comuns de Tomb Raider. Pode ir sem medo no jogo que você terá várias horas de diversão.

É isso aí, galera. Até semana que vem com a nossa coluna.


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Uma Sobrevivente Nasce: Tomb Raider (2013)

Lara_arcoÉ com esta bravata que a Eidos e Cristal Dynamics junto a Square Enix tentam envolver os jogadores novos e veteranos da franquia de Tomb Raider que já tem 17 anos. Muitos nem eram nascidos quando uma Lara Croft testuda, com peito triangular e suas inseparáveis pistolas gêmeas começava a saquear tumbas.

O jogo é um remake do remake. Quando a Core Design perdeu os direitos de produção, a Cristal Dynamics assumiu e reformulou a história e seguiu com 3 títulos (Legend, Anniversary e Underworld) – todos da “Nova Safra”, jogos rápidos, lineares e, ditos “fáceis”, acessível a todo estilo de gamer.

TR_caçaTomb Raider (2013) é um survivor/ terror/ aventura/ ação. Ele captou a essência do TR clássico e se apoderou de jogos de sucesso da atualidade (tais como God of War, Assassin’s Creed, Darksiders e, obviamente… Uncharted, um bebendo bastante da fonte do outro). Porém, onde Nathan Drake ganhou por personagens carismáticos e enredos cinematográficos. TR tem protagonistas descartáveis e um enredo bobo. É um game bonito, fácil e divertido. Digno de sessão da tarde.

Calma, não me apedrejem. Eu gostei do jogo. Vamos lá:

Lara_tochaA abertura é bem produzida, com efeitos de cair o queixo. Temos uma Lara mais jovem do que estamos acostumados ver, talvez uns 10 anos a menos. Mas mantiveram o foco da origem da personagem. Após um acidente, Lara sobrevive e se dedica a busca por artefatos antigos em locais misteriosos.

Logo no início, podemos acompanhar como é a personalidade de Lara e como, pouco a pouco, ela vai ganhando mais vida e assumindo a personalidade forte e durona que é mais conhecida. Mas é interessantíssimo de se ver o trabalho que foi feito, as reações da jovem em lidar com a morte; tanto de conhecidos, como dos próprios inimigos. O desespero em ter de matar para sobreviver.

Lara_sangueSe o jogo é bonito e Lara está linda e maravilhosa, então por que eu não disse que o jogo é demais? Bom, volto à tecla do enredo. É fraco. Às vezes sentia-me jogando Resident Evil, Silent Hill e tudo isso numa ilha de Lost. Quando me encontrava numa tumba, com tocha na mão e abrindo um baú, aí me lembrava “ah, é… é Tomb Raider”. Faltou um pouco mais de ruínas antigas, armadilhas, criaturas sobrenaturais… e menos tiroteio com homens armados até os dentes. Deixe os durões com Nate e sua turma. A vida de Lara é mais solitária: ela, sua mochilinha “cabe-tudo”, as pistolas ao lado dos quadris e dezenas de relíquias a serem encontradas.

laraxloboOutro aspecto que os novos games vêm assumindo é o da aproximação com o cinema. O que antes levávamos sozinhos (digo sozinhos, no caso de controlar apenas Lara por uma masmorra subterrânea perdida) horas e mais horas, algumas fases eu levava dias para completar… Neste (e nos 3 anteriores) conclui-se em minutos. E há sempre coadjuvantes para a personagem interagir. Ou seja, o game se tornou um filme. Aonde a história se coloca na frente do jogo. Passa-se mais tempo assistindo os personagens interagindo para mover a história, do que interagindo, de fato.

Mas e os pontos fortes do jogo?

TRcaçadaO sistema de melhoramento das armas ficou bem interessante. Os apetrechos de ferramentas e melhorias que é possível fazer com cada uma das armas. O que começa sendo um arco improvisado e um pedaço de pau com lâmina, tornam-se quase armas high-tech, e tudo dentro do limite das possibilidade do improviso de Lara.

E é bacana de se ver como Lara fica com cicatrizes, suja e sua roupa vai, aos poucos, ficando puída, aos farrapos.

A linearidade dele é o que é vista em outros games similares. O que é uma pena. E não fosse o bastante, ainda há o Instinto de Sobrevivência, muito similar a Visão de Águia de Assassin’s Creed, que indica locais para interagir, itens e demarca inimigos e coisas afins. Ótimo para quem não gosta de ficar perdido e xingar o videogame. E Lara até dá umas dicas em alguns momentos.

A humanização de Lara está longe de ser verdadeira. Mas sim, está mais enfraquecida. Sem piruetas e horas em ações subaquáticas (o que estranhei, ela mal sabe nadar). Tomb Raider 2013 tem momentos similares ao Batman, aonde exterminar os inimigos na surdina é menos perigoso do que enfrentá-los no meio do fogo cruzado.

TRcapaÉ possível revisitar os locais para caçar relíquias e outras recompensas colecionáveis em acampamentos. Quando joguei fui catando o que vinha pela frente e o que era possível localizar. Mas não fiz muita questão de ficar fuçando cada canto. Prefiro jogar novamente e ir debulhando tudo. Enfim, em menos de 15h fechei o jogo com 83%. Não é nenhum mistério conseguir todos os colecionáveis.

Dou uma nota 8 a esta nova tentativa da Cristal Dynamics. Não conseguiu trazer ainda os bons tempos da era de ouro de Tomb Raider, mas é bem superior aos três primeiros. Embora a linearidade e facilidade do jogo (aonde a maior dificuldade é ter que apertar o botãozinho indicado no momento certo) ainda me incomodem. Aguardo a continuação.


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Novo gameplay de Tomb Raider 2013

Sai novo gameplay de Tomb Raider com comentários. Infelizmente não possui legendas, mas é possível perceber como Lara Croft estará em constante movimento para sobreviver. Além de ter de usar estratégia e agilidade para vencer os inimigos. Pouco da trama foi revelado, o que sabemos é que a heroína sofrerá um naufrágio e chegará a esta ilha misteriosa. Talvez a galera de Lost e até Oliver Queen, o Arqueiro Verde estejam por lá – só que não.

O novo Tomb Raider será lançado em março deste ano.

Oremos.


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Tomb Raider o antes, o agora e o que virá?

Lara em diversas épocas

 

O primeiro game foi inovador, ousado e super revolucionário. Lembro-me como se fosse hoje quando ganhei o psOne e o jogo que veio com ele, algo que já havia assistido num antigo programa “Stargame” que eu chamava de “jogo da mulher que corre na neve” – péra lá, eu tinha apenas 10 anos! – E foi aí que começou o meu grande fascínio (e de muita gente, acredito eu), por Tomb Raider e Lara Croft.
O jogo tinha um roteiro elaborado. Lara era uma arqueóloga britânica que se aventurava pelos confins do planeta em busca de relíquias perdidas. E não era apenas isso, ela ainda relatava seus feitos e publicava em alguns livros. Numa dessas ela chamou a atenção de Jaqueline Natla, uma das antagonistas mais famosas da série, apenas superada por Von Croy, seu rival e tutor; mas falaremos de Croy mais a frente.
Lara tinha grande liberdade de movimentos: corria, saltava, nadava, escalava, atirava, dava cambalhotas. Além de enfrentar diversos inimigos, como: lobos, leões, dinossauros e seres superiores, que a princípio entendem-se por extra-terrestre, mas que com uma compreensão maior, sabe-se que são atlantes. Mesmo com gráficos (que hoje chamamos de quadrados e pontudos) fora uma revolução em sua época.

Na Toca dos Leões

Tomb Raider Anniversary

Tomb Raider (1996) foi um marco na história do videogame e seria o pontapé inicial para diversas aventuras. Lara saqueou tumbas no Novo México, arriscou-se em ruínas na Grécia e espremeu-se por pirâmides egípcias. Ao fim combatendo e apenas derrotando, mas não destruindo, sua grande inimiga – Natla, uma antiga rainha atlante.
Tomb Raider 2 (1997) foi um sucesso ainda maior. Embora eu não seja o meu favorito é para muitos. Com gráficos melhorados, inclusive Lara passou a ter uma trança a serpentear por suas costas (onde até então ela só aparecia em cutscenes e fotos). O jogo inovou em veículos. Lara podia guiar um barco e um snowbobile (espécie de jetski do gelo). Desta vez a aventura a levou para a China, em busca da Adaga de Xian que, de acordo com a lenda, transformava pessoas em dragão. Lara aventurou-se pela China, Tibet e algum lugar do oceano. Chegando a ter a sua mansão invadida! (inspiração para o filme? Quase nada…) Este game ganhou o prêmio Origins Awards (melhor jogo de ação do ano).
Tomb Raider 3 The Adventures of Lara Croft (1998) trouxe mais inovações gráficas e mobilidades. Lara agora agachava-se e rastejava por espaços menores. Buscando artefatos vindos do espaço, Lara invade a Área 51, tumbas indianas, vilarejo no pacífico sul, combate nas alturas de arranha-céus em Londres e termina a aventura combatendo um ser mutante-aracnídeo junto ao meteorito que caíra na Antártida.
Neste meio tempo tivemos os Tomb Raider Gold, que foram expansões dos já lançados anteriormente mas com aventuras extras e complemento de história. Uma pena terem saído apenas para Pc.

FacesTomb Raider 4 The Last Revelation (1999) se passou inteiramente no Egito e contamos com uma jovem e inexperiente Lara. Conhecemos como ela tornou-se a aventureira de então. E eis que surge o seu tutor, amigo, vilão e rival: Werner Von Croy. O jogo é imenso, o maior de todos até então. Lara desperta acidentalmente o deus Seth e tenta desesperadamente aprisioná-lo novamente, e acaba soterrada ao fim do game junto a ele. Este seria o desfecho do game. Muitos fãs (eu me incluo) ficaram desesperados e cobrando um próximo jogo. (para que fizemos isto?)
Tomb Raider Chronicles (2000) foi um jogo medíocre, que velhos amigos de Lara se reúnem para saudar as antigas aventuras de Lady Croft. Mas algo tinha que valer a pena no jogo: a cena final, mostra Von Croy num sítio arqueológico onde encontra a velha companheira de aventuras de Lara: sua mochila (infinity plus!!!).
Em Tomb Raider The Angel of Darkness (2003), após tanto tempo, o último jogo produzido pela Core Design, sofrera algumas alterações drásticas no estilo do jogo. Lara estava mais dura e com movimentos lentos. Ela precisava realizar feitos para “feel strong now” o que deixou MUITOS jogadores irritados.

O visual ficou demais

A Core sai do jogo e entra a Crystal Dynamics, oferecendo nova engine, novo enredo, nova biografia, novo tudo! Para muitos foi a grande revolução. Para mim, nem tanto. Modificaram demais a protagonista. A começar pelo visual, alteraram o traje original; retiraram a trança que ela sempre utilizara; os comandos básicos se perderam; Lara agora usava granadas e destruía antigas relíquias arqueológicas para obter itens!
Tomb Raider Legend (2006) teve boa aceitação, principalmente dos novos jogadores. Afinal era um jogo linear e sem muitas dificuldades. Acabaram-se os puzzles que marcavam a série. Nunca mais o jogador perder-se-ia pela fase e xingaria os programadores do game. Esta aventura reconta a origem de Lara e apresenta a história de sua mãe. Lara junta pedaços de artefatos que tornam-se na mítica Excallibur. Que ela descobre ser uma chave. Tentaram criar uma antagonista digna de Natla, mas pouco foi feito. Ainda tentaram retomá-la em Underworld, mas aos meus olhos foi um grande fracasso. Ainda assim este jogo levou o prêmio de Melhor Jogo do Ano.

Lara Croft - remodelada

Tomb Raider Anniversary (2007) edição comemorativa de 10 anos de Tomb Raider fez o remake do primeiro jogo. Mas com os gráficos (e simplicidade) do Legend, infelizmente. Ele perdeu muito do jogo original. Diferente de outros remakes, como posso citar o Resident Evil (para Gamecube que é, senão O, um dos melhores da série). O game pecou em muitos aspectos. O que antes representavam desafios, atualmente o jogador tornou-se mero expectador. Ok, se quero assistir Lara Croft se movimentando sozinha, prefiro fazê-lo com Angelina Jolie no papel (Lara Croft: Tomb Raider – 2001, Lara Croft: Tomb Raider – A Origem da Vida – 2003).
Tomb Raider Underworld (2008) prometeu muito com seus trailers e levantar a série. Mas prometeu mais do que cumpriu. No jogo, que une o Legend com o Anniversary, Lara busca o Martelo Mjolnir, sim o do Deus do Trovão Thor, para matar um deus, no caso: uma deusa, Natla. Belos gráficos, boa movimentação… mas ainda assim muito restrito à nova geração de gamers. Não há como negar a qualidade gráfica do jogo. A reação à água, lama e luminosidade ficou impressionante.

Para novos gamers

Chegando ao fim, mas não ainda… ou seria o recomeço? Em Tomb Raider (a ser lançado ainda em 2012), decidiram jogar tudo para o alto, esqueçam tudo que já existiu. Lara agora é uma jovem que ouve Ipod e viaja sozinha nos mares do Japão junto a uma equipe de navegadores. Seu navio naufraga e ela se encontra numa ilha isolada, amarrada, ferida. Onde irá sofrer os piores pesadelos. Tirando os elementos de Lost e Silent Hill… a série promete dar um reboot na saga. Trazer uma Lara mais humana. Embora games da mesma época consigam causar isto sem precisar reestruturar toda a série. Oremos.


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