Mestre: Vocês veem um humanoide encapuzado e misterioso. Depois de alguns degraus a sua frente ele deixa cair uma pena grande e ne…
Jogador 1: Uma pena grande e preta?!
Jogador 2: Hm… Um homem-galinha!
Todos os jogadores: Kkkkkk!!!
Jogador 1: Muito boa, muito boa…
Olá mestres! Abordaremos, neste primeiro de muitos artigos, um assunto que já deve ter fritado sua paciência e aumentado a sua vontade de dar um fim em todos seus jogadores de uma vez só. Caso você não seja mestre, saberá aqui o que você NÃO deve fazer depois de uma descrição de cena na mesa de jogo. Pois bem, compartilharemos aqui a experiência do humor exagerado na sua mesa.
Você já deve ter imaginado ou lido algo sobre divertir e se divertir durante as sessões de RPG certo?! Sim, mas vamos deixar bem claro que qualquer coisa em demasia atrapalha! Talvez você, ainda quando no inicio da árdua caminhada da vida de mestre, possa ter caído em algumas situações embaraçosas que só o tempo pôde deixa-lo pronto, mas quem disse que a vida de mestre seria fácil?! Imagine então a vida de mestre no seu princípio. No meu caso acho que foi do melhor jeito que poderia acontecer, pois éramos todos iniciantes e pouco sabíamos sobre tudo, a improvisação tomava conta da mesa e nos levava, às vezes, para situações inexplicáveis.
Até certo ponto tudo é compreensível, mas com o passar do tempo a ingenuidade da parte de alguns jogadores vira abuso, e aquele jogador em especial que sempre tem a atenção de metade da mesa se torna um fardo na sua “séria” campanha criada com tanto amor e carinho.
No começo foi difícil lidar com esse tipo de situação, pois nessa ocasião um dos meus jogadores tinha total desprendimento de seus personagens e preferia morrer para não perder a piada. Primeiro tentei convencê-lo com uma boa e velha conversa, mas vendo que não estava dando certo comecei a impor a lei da regra para ele, e ele aprendeu da pior maneira possível. À medida em que a campanha, “baleada” (por ele), avançava o grupo ficava desequilibrado, pois ele sempre estava um passo atrás dos demais. Na sequência percebeu que as divertidas gargalhadas não tinham futuro nenhum e os outros iam evoluindo, chegando ao ponto de torná-lo inútil para o grupo. Minha obrigação como condutor da historia era equilibrar as coisas, porem deixei tudo correr solto e em certa sessão ele percebeu a verdade, quando todos avançaram mais uma vez e ele, novamente, ficou para trás.
Outro caso interessante que também ocorreu comigo, foi que ao longo de algumas descrições de cena era que um jogador sempre fazia piada de tudo, tipo: “Eu não sei pra quê tanta caixa aqui!” e “mas e este entulho? Ninguém limpa isso?”. Neste tipo de situação deixei a história correr, dei chances para ele, que cismava de opinar em tudo ou tentava adivinhar o que vinha pela frente. Fora isso ainda alertava a todos sobre possíveis poderes e manobras executadas por monstros e PDM´s, por mais que o seu personagem não tivesse esse tipo de informação. Uma boa saída é que no final da aventura a distribuição do XP pelo roleplay foi bem diferente entre eles, e dessa forma até os mais engraçadinhos aprendem a lição.
Não estou dizendo aqui para que você se torne um chato e faça da sua mesa o terror dos jogadores, mas repito: tudo demais atrapalha!
Piadas são sempre boas e melhoram o ambiente, mas como tudo na vida tem sua hora, é bom esperar que ela chegue. Não deixe que o Lorde das Trevas vire motivo de piada, mas se virar crie outro!
Bons dados!
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